Saber se expressar, escrever e falar bem vai além de algo limitado a poucas áreas. Ter uma boa comunicação pode ser o fator decisivo para passar em uma prova, ou mesmo conquistar uma vaga de emprego. Entretanto, como dominar essa técnica? Saiba sobre esse assunto e muito mais, ao longo desta matéria.
Nos dias atuais, é fundamental dominar a transmissão de ideias para se relacionar com núcleos distintos, pois, cada um deles tem suas particularidades e isso pode ser desafiador. Afinal, quem nunca se envolveu em uma confusão por conta de um mal-entendido?
A boa notícia é: essa habilidade pode ser desenvolvida. Não sendo necessário ter nascido extrovertido ou eficiente em se pronunciar em público. Na verdade, ter uma clareza de expressão não tem nada a ver com isso. Por esse motivo, separamos informações para guiá-lo nessa trajetória.
O que é, afinal, ter uma boa comunicação?
A definição pode não ser tão simples quanto aparenta, mas essa, tem diversas funções, como: informar, interagir, persuadir, motivar, comandar ou externalizar emoções. Em síntese, todas elas buscam criar um tipo de conexão com o público-alvo, seja ele uma plateia ou mesmo um único indivíduo, estimulando o contato para atingir a mensagem pretendida. Ao alcançar tal intento, considera-se haver uma boa comunicação.
Por exemplo, um telejornal local tem como principal objetivo manter seus conterrâneos atualizados das notícias, incidentes, mudanças e previsões do tempo, para tornar comum a ciência dos acontecimentos e acautelar os espectadores de preocupações. Caso a linguagem empregada pelos jornalistas for incompatível com a realidade de quem assiste, a compreensão dos fatos pode ser comprometida, e, assim, descartada.
Logo, conseguir isso envolve uma série de variáveis. Desde, de fato, o motivo da interação, até as diferentes personalidades envolvidas, o contexto de interação e o vocabulário. Portanto, para tal, é preciso criar uma conexão real, pungente e pessoal com quem te ouve, lê ou assiste.
A comunicação e o mundo corporativo
Dentro do contexto organizacional, essa capacidade pode ser determinante para garantir um bom exemplo de liderança. Para Maytê Carvalho, escritora, comunicóloga e professora, quando se é capaz de transmitir ideias com o time e pares, está apto a engajar, motivar e se tornar um bom gestor.
Na visão da especialista, um bom líder, antes de mais nada, é um comunicador competente. Porque, nas palavras dela, é preciso “‘falar a mesma língua’ para ter um time alinhado em um propósito em comum e estabelecer os objetivos a serem cumpridos”.
Então, independentemente de qual for sua área de atuação, essa aptidão é primordial. Isso porque, tarefas como intermediar negociações, discutir prazos com clientes, fornecedores e fazer apresentações, fundamentam-se nela. Quando você domina a oratória, tem as rédeas da sua carreira nas suas mãos.
Essa competência faz falta no cotidiano corporativo. Demonstra a pesquisa “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho” (fonte: The School of Life), nela, 32% dos entrevistados citaram-a como a prática mais ausente em seus colaboradores.
Como me comunicar de maneira assertiva em uma entrevista?
Em um momento tão determinante quanto esse, alguns indícios de nervosismo podem comumente surgir, como: boca seca, taquicardia e mãos frias. Apesar disso, fique tranquilo, pois pode acontecer até com o mais expert palestrante. Um conselho valoroso é saber lidar com estes sintomas, e não querer acabar com eles. Para ajudá-lo ainda mais com essa missão, enunciaremos a seguir, algumas dicas:
- Não abra mão da sua autenticidade.
Você provavelmente já foi instruído a discursar corretamente e evitar vícios de linguagem durante um processo seletivo. Entretanto, não tente imitar os gestos ou a maneira de falar de outras pessoas, isso pode inclusive aumentar os fenômenos da ansiedade mencionados anteriormente. Nesse momento, é importante ser quem és.
Segundo Camila Paiva, diretora de gente e gestão da Pontaltech, “o segredo é se concentrar na mensagem desejada e sempre buscar os melhores termos de maneira clara, objetiva e empolgante”. Com isso, mantém-se a transparência com o recrutador e se expressa de forma mais orgânica.
- A comunicação não é apenas verbal!
Inclusive, muitos defendem a sua divisão nas dimensões espiritual, emocional, corporal, vocal e intelectual. Consequentemente, seu português precisa estar alinhado, mas do mesmo jeito deve apresentar uma postura adequada, assim como a tonalidade de voz, o olho no olho e a confiança.
Jayane Mariano da Silva, analista de RH na Corello Comercial, revela ser muito comum entrevistar pretendentes brilhantes, mas pouco expressivos. Consoante a ela, “principalmente no bate-papo, quando você vai conversar com o candidato, mesmo tendo um currículo extraordinário e cheio de experiências cruciais para a vaga, alguns não conseguem conversar direito”. Assim, atentar-se a isso é um ponto de destaque.
- Tenha clareza nas suas ideias
Quando for questionado de algo, ter clareza nas ideias se torna parte imprescindível do processo. Para não se enrolar durante alguma pergunta, uma boa sugestão é ensaiar as principais respostas, pois, ao se ouvir, poderá avaliar a coerência das afirmações e fazer os devidos ajustes.
- O autoconhecimento é a chave
Após formulá-lo, reveja o seu currículo, confira se quem você é como profissional está bem representado ali e aproveite para repassar os pontos imprescindíveis da sua caminhada. Quando for indagado sobre algum aspecto negativo, evite clichês como “meu maior defeito é ser perfeccionista”. Ao invés disso, tente refletir com consciência sobre os pontos a melhorar. Isso certamente o aproximará do avaliador.
- Interaja com o recrutador
Para além de um perito em recursos humanos, a pessoa do outro lado da mesa (ou da tela, na modalidade remota) não deve ser interpretada como um questionário ambulante. Portanto, cuidado para não ser muito breve e replicar todas as perguntas apenas com um “sim” ou um "não'', busque demonstrar interesse com respostas completas e esclarecedoras.
- Mantenha a discrição
Apesar da proatividade ser significativa, você não pode deixar a impressão errada de parecer tentar agradar demais o RH ali presente. Por isso, a sensatez e modéstia devem ser índices para guiar o seu comportamento.
Além disso, é muito útil conhecer o perfil da empresa na qual deseja trabalhar. Assim, fatores como vestimentas e penteados adequados não serão incógnitas na “hora H”.
Por fim, se capacite nesse sentido, invista em sua comunicabilidade e se destaque em meio à concorrência. Dessa forma, estará cada vez mais próximo do sucesso.
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