Há alguns meses, iniciou-se no Brasil uma onda de violência em diversas instituições de ensino espalhadas pela nação. Isso despertou um cuidado geral e, ao mesmo tempo, chamou a atenção para o estado de quem anda frequentando tais lugares. Em um contexto como esse, a educação como um todo tende a cumprir certo papel social associada ao bem estar desses talentos. Confira mais agora sobre o tema e a ligação entre ambas questões.
O estado emocional impacta outras esferas da vida
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o Burnout como uma síndrome resultante do estresse emocional no lugar de trabalho. Ele se caracteriza por três componentes principais: a exaustão emocional, a despersonalização e baixa realização profissional. Tudo isso se resume em diversos sentimentos, como: cansaço, esgotamento, cinismo, distanciamento, ineficácia, entre outros. No geral, a escola é o ambiente onde a maioria das crianças e adolescentes estabelece grande parte de suas interações sociais, tornando-a um dos locais mais propícios para identificar eventuais impasses em seu comportamento. Reconhecer essas condições pode reduzir o sofrimento dos estudantes e minimizar o risco de empecilhos mais sérios se desenvolverem.
Nesse sentido, a saúde mental pode ter um impacto significativo no rendimento escolar. Dificuldade de concentração, por exemplo, é um sinal de ansiedade, depressão ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). “O aluno pode ter dificuldade em manter o foco ou seguir as instruções do professor. Baixa motivação, falta de energia ou pouca disposição são outros sintomas os quais tendem a aparecer,levando a um baixo desempenho. Outro ponto relevante é a dificuldade de relacionamento. Questões de saúde mental podem afetar a capacidade de interagir com seus colegas e professores. Dificuldade em fazer amizades e trabalhar em grupo, são um exemplo”, esclarece Virginia Planet, sócia-fundadora da House of Feelings.
Hoje em dia os jovens parecem sofrer ainda mais com esse tipo de frustração e ansiedade "Uma das hipóteses é o período tecnológico onde cresceram, com a velocidade de informação e eficácia é vista como normal e esperada em todas as áreas da vida. Quando o sucesso não acontece na rapidez esperada, a frustração gerada funciona como um estressor ocasionando em adoecimentos", pontua Marcos Mendanha, médico, diretor e professor da Faculdade CENBRAP. "Outra possibilidade, é o momento histórico vivido, com menos escassez de alimentos e uma ampla gama de oportunidades, levando a um aumento nas ambições pessoais e existenciais. No entanto, a vida nem sempre segue nossos planos e propósitos, podendo levar a fadiga. Por isso, é preciso saber viver e encontrar um equilíbrio entre nossas expectativas e a realidade a qual nos rodeia", complementa o especialista.
O poder do aprendizado
A educação está em constante evolução, com a tecnologia assumindo o protagonismo. Assim, pode não só mudar, mas transformar a vida de outras pessoas. Se pensarmos no princípio básico, este jovem vai adquirir habilidades e conhecimentos para enfrentar os desafios e buscar prosperidade. Neste caso, não falamos apenas de capacitações técnicas, mas também de sociais (comunicação e liderança, por exemplo). Porém, se formos além, tende a melhorar a autoconfiança e autoestima, tornando-o mais confiante em suas próprias competências, levando, como consequência, a um melhor desempenho acadêmico e profissional”, explica a executiva.
Nesse sentido, os docentes também são imprescindíveis para criar uma esfera mais acolhedora e se beneficiar disso para uma aprendizagem socioemocional. “O papel do professor na vida do aluno vai além de apenas ensinar o conteúdo acadêmico, ele passa a ser um exemplo, um líder inspirador, levando os discentes a serem autoconfiantes e encantados com a busca constante de conhecimento. Ele pode apresentar as infinitas oportunidades oferecidas pelo, ensiná-los a ter uma visão positiva e otimista da vida”, comenta Virginia.
É fundamental destacar, todavia, como a pandemia também impactou negativamente a esfera estudantil e, embora o controle do vírus tenha sido alcançado, os desafios causados ainda estão presentes. Pensado em superá-los, a CEO lista quatro principais tópicos em alta:
- Acesso à tecnologia: em um mundo cada vez mais conectado, os acadêmicos precisam ter aproximação com dispositivos e Internet;
- Novas formas de aprendizagem: as escolas podem explorar ensino on-line e híbrido. Aprendemos muito com a pandemia e podemos seguir com os pontos de sucesso;
- Suporte emocional: o coronavírus pode ter deixado marcas significativas para aqueles os quais enfrentaram perdas ou incertezas;
- Comunicação entre família e escola reforçada: este canal pode não só ajudar o próprio discente, mas ser importante para informações relevantes chegarem até em casa.
Abra os olhos e atente-se ao Burnout
Quando falamos sobre essa indisposição, é fundamental os responsáveis estarem atentos e darem suporte aos filhos, ajudando-os a encontrar um equilíbrio saudável entre trabalho, estudos e lazer. "Os pais devem ficar atentos a qualquer mudança significativa no comportamento, como um isolamento maior, diminuição do desempenho, perda de interesse em atividades antes tidas como prazerosas, assim como alterações de humor frequentes e intensas, entre outros sinais", alerta Mendanha.
Assim como todo mal estar psicológico, a cura para esse mal tende a ser um processo complicado e, muitas vezes, difícil. "Um estágio posterior ao cansaço e anterior ao adoecimento, cujo tratamento, então, passa por dois aspectos. Primeiro, o organizacional: a instituição precisa rever seu modus operandi no sentido de haver promoção da saúde, e não destruição dela. Evitando a fadiga, evita-se o Burnout e transtornos advindos do estresse crônico no trabalho", esclarece o médico.
Contudo, esse é um procedimento longo e depende muito do paciente. "Segundo aspecto, individual: é necessário o próprio trabalhador, maior interessado em seu bem estar, se cuidar. Por exemplo: dormindo e alimentando-se melhor, praticando atividades físicas, cultivando vínculos sociais reais e alegradores, tendo uma boa espiritualidade, e o autoconhecimento, por exemplo”, finaliza o doutor.
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