Em uma sociedade cada vez mais consciente da importância do bem-estar dos colaboradores, emerge o dever incontestável dos líderes na proteção psicológica de suas equipes. Reconhecendo o fato do sucesso de uma empresa ir além dos resultados financeiros, a atenção à saúde mental do time torna-se um compromisso crucial para gestores visionários. Sendo assim, entenda como a pauta também impacta a experiência de estagiários e jovens aprendizes no meio laboral.
As movimentações no mercado de trabalho
Desde a pandemia, a discussão em torno da saúde mental ganhou destaque. Não obstante, diretorias empresariais são chamadas a desencadear uma mudança significativa no paradigma corporativo. A responsabilidade com a segurança psique não é apenas uma responsabilidade ética, mas também uma estratégia eficaz para cultivar setores saudáveis e produtivos.
Dessa forma, programas de suporte emocional, treinamento de controle de estresse e a promoção de uma filosofia voltada para comunicação aberta e a empatia são algumas das condutas em ascensão. “Há um movimento das empresas de estarem mais preocupadas com o bem-estar de seus colaboradores. Isso faz bem a eles, e à empresa, pois diminui o turnover (rotatividade) e aumenta a fidelidade (do funcionário para com a organização)”, pontua Maria Eugenia Mapelli, head de Operações da SalaryFits.
Fortaleça a proteção mental
Conforme resultados da pesquisa BetterWork: a radiografia do comprometimento e engajamento organizacional, conduzida pela startup de proteção com benefícios e impacto social, Betterfly, em parceria com a Critéria, 60% dos colaboradores avaliados expressaram insatisfação com o clima organizacional no qual estão inseridos. Além disso, indicadores relacionados ao bem-estar revelam como 60% dos entrevistados não percebem equilíbrio ou harmonia entre suas horas pessoais e profissionais. Pensando nisso, elencamos cinco dicas para as lideranças fortalecerem a proteção mental do quadro. Confira!
Desenvolver habilidades mediante treinamento: essa é uma estratégia fundamental para impulsionar o crescimento profissional. A partir de programas de capacitação, os envolvidos têm a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, aprimorar suas competências e manterem-se alinhados com as evoluções do mercado, resultando em equipes mais preparadas e resilientes.
Demonstrar receptividade para feedbacks: a prática em questão fortalece a comunicação e promove a melhoria contínua. Ao acolher críticas construtivas e sugestões, as pessoas não apenas contribuem para seu próprio desenvolvimento, mas também incentivam um ambiente aberto à inovação e ao progresso coletivo.
Fomentar o aprendizado com erros: é uma abordagem valiosa na promoção da renovação e do pensamento criativo. Encorajar os indivíduos a experimentarem, mesmo no caso de equívocos, contribui para uma cultura organizacional em prol da aprendizagem e resiliência diante dos desafios. “Além de um ambiente amistoso, um local com segurança psicológica precisa de confiança, empatia, abertura para vulnerabilidades e lideranças humanizadas”, conclui Carolina.
Praticar a escuta ativa: isso é essencial para a construção de relações interpessoais saudáveis e eficazes. Logo, ao dedicar atenção genuína às mensagens dos colegas, os profissionais fortalecem os laços de confiança, evitam mal-entendidos e propiciam um local onde as ideias são valorizadas e respeitadas.
Praticar a escuta ativa: no geral, essa é uma dimensão crucial para o sucesso laboral. Investindo no fortalecimento das conexões sociais entre o time, cria-se um espaço mais harmonioso, colaborativo e propício ao compartilhamento de ideias, estimulando a produtividade. “Às vezes, você muda a cultura e visão da empresa, mas as pessoas ainda se sentem acanhadas. É preciso trabalhar para mostrar essas mudanças, convidar pra fazer parte, insistir”, comenta Carolina Pedrini, psicóloga do Zen App.
Por fim, o dever dos líderes na proteção psique não apenas transforma os escritórios, mas também reflete uma visão mais holística do sucesso corporativo. Ao assumirem esse compromisso, os gestores não somente cuidam do capital humano, mas também moldam um futuro no qual a prosperidade esteja ligada ao bem-estar psicológico do coletivo.
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