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Como manter times de alta performance? 

Notícia | 11/01/2023

Laura Pereira

Contar com ideias plurais, soluções mais amplas e insights de diferentes mentes, com certeza é um diferencial das empresas de sucesso. Isso porque a diversidade há muito tem se consagrado no mundo corporativo como uma estratégia para alcançar melhores resultados. Dessa forma, entenda como investir nesse quesito é essencial para quem quer crescer, se consolidar no mercado e ter propostas mais competitivas. 

Investir em diversidade é um diferencial competitivo das empresas de sucesso! 

Um estudo, realizado entre 2010 e 2019, pelo Instituto Identidades do Brasil, mediu o impacto desse conceito no mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, para cada 10% de aumento na diversidade étnico-racial, houve um crescimento de quase 4% na produtividade das companhias. Ainda, para cada 10% de elevação da diversidade de gênero, houve um acréscimo de quase 5% no rendimento. 

Consoante a mestre em Liderança pela Universidade de Atlanta, Tathiane Deândhela, ao implementar políticas desse nicho, é possível aprimorar o bem-estar dos funcionários. “O clima organizacional da empresa melhora e consequentemente a performance dos colaboradores também, a rotatividade diminui. As empresas conseguem atrair profissionais com habilidades variadas, além de também priorizar ambientes de trabalho mais inclusivos e menos hostis”, comenta. 

Dessa forma, eleva a possibilidade de construir equipes com competências mais diversificadas e confortáveis com seu posto laboral. “O estudo mostrou como mais diversidade nas organizações promove mais produtividade e, muitas vezes, isso reflete em um melhor desempenho financeiro. Porém, ampliar esse ponto não deve estar no radar apenas por isso, porque essas ações também fazem uma grande diferença no mundo e ajudam a criar uma sociedade mais equitativa e justa”, explica Tathiane. 

Para corroborar, um relatório conduzido pela Lenovo e Intel revelou: 92% dos trabalhadores brasileiros acreditam na inclusão como crucial. “As organizações podem até não pensar em diversidade, mas será impossível avançar, crescer, escalar e ganhar relevância sem ter esse olhar. Isso também favorece a atração de mais investidores”, completa a mestre.

Fique por dentro: diversidade é crucial para o sucesso! 

As empresas estão preocupadas com a diversidade e inclusão em sua estrutura organizacional? 

Para Thatiane, quem estimula esse quesito consegue colher bons frutos. Afinal, com essa prática, ganha-se eficiência na decisão de problemas, se tornam mais atrativas e conseguem reter talentos com facilidade. “Infelizmente, o óbvio precisa ser dito. No Instituto Deândhela já tivemos colaboradores de todos os cantos do país, com diferentes etnias, orientações sexuais e idades. Nós fazemos a escolha da equipe e das promoções com base em desempenho e histórico! Essa deveria ser uma postura corporativa geral, não só pelas questões financeiras”, comentou a especialista.

Isso porque, esse fator é agregador. Dessa forma, os cooperadores se sentem mais seguros, tratados de maneira justa e com oportunidades iguais para avançar. A especialista reforça como esse aspecto está ligado às ações de ESG (sigla em inglês para Ambiente, Sociedade e Governança), alinhadas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo um estudo realizado pelo Nube, o qual perguntou “as empresas estão preocupadas com diversidade e inclusão?” para 25.505 respondentes, 37,69% acreditam em ações positivas, mas ressaltam o quanto elas podem melhorar. Assim como 23,78% dos entrevistados, para eles esse conceito é muito perceptível em vários setores. Já para 27,01% depende da corporação. Enquanto 7,26% não confiam e destacam como está longe do ideal e, por fim, 4,15% salientam como a maioria não faz nada, apenas falam para manter uma boa postura. 

Entenda mais sobre o assunto em: diversidade nas empresas não é modismo, mas sim, fundamental. 

Infográfico sobre as três dimensões de Hackman para analisar um time

 

Afinal, como criar e manter times de alta performance? 

De acordo com Augusto Angelis, Head de Marketing, Produtos e Novos Negócios da CTC, todo gestor já se interrogou: “como faço para melhorar o engajamento da minha equipe?”. Isso porque essa interrogação é recorrente para aqueles com vontade de crescer e sempre motivar quem os cerca. Afinal, os desafios do dia a dia corporativo estão sempre presentes, proporcionando mudanças constantes e uma adaptação frequente. 

Para Angelis, existe muita história imprescindível. “J. Richard Hackman, um pioneiro nos estudos sobre comportamento humano, já havia nos dado uma luz sobre este tema, criando uma visão de como times eficientes necessitam não só de colaboração, atitude ou certos comportamentos, mas de alguns “habilitadores" (enabling conditions), essenciais para a prosperidade”, comenta. Assim, surgiu o "The Hackman Model". 

Em resumo, a proposta de Hackman traz um conjunto de conceitos para enfrentarmos não só a complexidade dos novos tempos, mas também criar condições capazes de habilitar os "superpoderes" dos conglomerados de alta performance. Confira as três dimensões: 

1) Compelling direction:

“As bases para engajar qualquer time de sucesso é: ter um direcionamento para orientar, energizar e motivar. Afinal, eles não podem estar inspirados se não atuam com objetivos explícitos”, comenta. Portanto, crie desafios possíveis de serem alcançados, atrelando-os a premiações, reconhecimento, promoções, reforçando o sentimento de satisfação e pertencimento.

2) Strong structure

Os conjuntos devem possuir participantes com diferentes “skills”, rico em diversidade de experiências e conhecimento, onde o foco está menos no processo e mais na criação de soluções e resolução de problemas. “Grupos com idades, gêneros, vivências diferentes tendem a ter visões mais criativas e menos ‘ortodoxas’. Isso pode trazer cenários mais engrandecedores na análise”, explica Angelis. 

3) Supportive context: 

Ter o suporte correto e consistente é a terceira condição para o êxito almejado. Desse modo, manter sistemas de recompensa, informações atualizadas e de fácil acesso, dados sobre os produtos, mercado, concorrentes, treinamento e principalmente atenção/orientação no momento certo pode ser decisivo para manter a eficiência. “A frase é clichê, mas vou repetir aqui: dados são o novo petróleo, mas o poço precisa estar acessível a todos”, pontua Head de Marketing, Produtos e Novos Negócios da CTC. 

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