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Como se comportar em videoconferências? 

Notícia | 26/07/2022

Giovanna Cavalli

Frente à pandemia, a maioria das organizações adotaram novas estratégias de negócios e, da mesma forma, com a retomada das contratações, as entrevistas, reuniões e até os happy hours passaram a ser on-line. A implementação foi positiva e muitas delas pretendem manter o modelo em alguns casos. Nesse sentido, é preciso tomar alguns cuidados para manter uma comunicação assertiva mesmo a distância. Logo, estagiários e aprendizes, fiquem atentos.

Potencializando a tendência das reuniões remotas

Apesar de ter sido introduzida como uma necessidade durante o isolamento, as videoconferências tomaram espaço e devem permanecer. O formato é prático, pois não requer o deslocamento e acabou caindo no gosto de muitos, principalmente quando se trata de assuntos rápidos ou, especialmente, quando os participantes estão geograficamente distantes. A plataforma Zoom, por exemplo, aumentou em 30 vezes seu número de usuários desde 2020.

Mesmo com tamanha praticidade, os encontros por vídeo revelam uma nova maneira de se comunicar e isso pode ser desafiador para quem está acostumado com a troca de ideias olho no olho. Afinal, o virtual não traz a fluidez de uma conversa presencial, então, é necessária uma fase de adaptação, assim como certa dedicação para se aperfeiçoar.

Pensando nisso, a estrategista e especialista em comunicação, Fabiana Teixeira, elencou algumas dicas de como melhorar e praticar a comunicação com sucesso no mundo remoto. Veja:

Infográfico sobre como se comportar em videochamadas

Câmera ligada é importante

Pode não ser a coisa mais confortável inicialmente, mas quanto mais conferências fizermos com a câmera ligada, mais fácil fica. “Nesse ambiente, a linguagem corporal e a expressão facial são percebidas e fundamentais para um relacionamento assertivo. Quando nos mostramos presentes, mesmo em silêncio, trazemos mais da aproximação natural. Logo, sorrir, acenar com a cabeça e simplesmente ter reações criam esse cenário mais realista e não tão robótico”, salienta.

Preste atenção para as movimentações atrás de você

Busque apresentar um fundo adequado para quem te assiste, uma parede branca já serve. Por vezes, é melhor ter um plano neutro para não distrair quem está te observando. “Se não for possível, use as ferramentas à sua disposição, a maioria das plataformas oferece backgrounds digitais”, sugere a especialista.

Se apresente de maneira profissional

Pode ser apenas da cintura para cima, mas procure apresentar roupas e uma aparência apropriada para uma ocasião de trabalho, da mesma maneira como você gostaria de ser visto caso fosse presencial. Para Fabiana, além da boa impressão, estar bem arrumado aumenta a confiança e isso influencia positivamente o relacionamento, tanto na fala, quanto na atitude.

Democratize o tempo de fala

Um bate-papo físico é muito mais fluido porque por meio da nossa captação natural da expressão corporal e movimentação, podemos complementar ideias um do outro. Todavia, em vídeo, não é tão fácil pegar essas deixas, sendo assim, se dedique a prestar atenção nos seus companheiros de sala. “Apenas começar a falar sem uma entrada dá a impressão de interrupção e grosseria, assim como do outro lado podemos esquecer de pausar para outras interjeições”, adverte a estrategista.

Então, você pode usar a ferramenta de levantar a mão para deixar sua intenção clara e caso o discurso esteja com você, encerre o pensamento e dê vez ao próximo. “Incentivar o uso desse botãozinho, por vezes esquecido, é valioso nesse cenário digital”, complementa.

Demonstre interesse

Quando não se está prestando atenção na videochamada, fica nítido o olhar desfocado. Todos estão passando pela mesma conjuntura e entendem como é muito mais fácil se distrair, com e-mails e mensagens chegando a todo momento. “Contudo, coloque o celular no mudo, feche as abas e WhatsApp também para poder dar total atenção ao assunto”, continua a especialista em comunicação.

Considere se não está abusando da facilidade do on-line

Por fim, também vale a pena considerar se as chamadas estão sendo marcadas de maneira excessiva. “Com uma demanda desproporcional de reuniões, a mensagem pode ser enfraquecida e um desgaste pode acontecer entre os ouvintes, assim como uma redução de produtividade”, finaliza Fabiana.

Toda a companhia deve estar por dentro das práticas adotadas

Segundo o CEO da Revvo, Richard Uchoa, existem algumas táticas para acelerar a integração do pessoal, principalmente dos ingressantes, e melhorar a performance o mais rápido possível. “As empresas precisam proporcionar um espaço onde ele se sinta acolhido emocionalmente e seguro, além de garantir todo o essencial para entregar o melhor a nova atividade”, pontua.

Uma das principais vantagens do on-line é a padronização, garantindo a todos passarem pelas mesmas etapas e receberem as informações mais relevantes. Outra vantagem é oferecer a possibilidade de trazer pessoas chaves para participar de encontros pontuais. “Por exemplo, ao marcar as boas-vindas, é possível garantir um momento da diretoria com os iniciantes daquele mês. O CEO pode fazer a mesma coisa. Dessa forma, você ocupa apenas uma hora por mês do grupo e eles conseguem ter mais proximidade com a alta direção. Isso fica quase impossível para conciliar agendas e logística no presencial”, destaca o executivo.

Mais um grande benefício da modalidade é a possibilidade do desenvolvimento de soft skills. “Ofertar cursos on-line, como os de protagonismo, comunicação não violenta e diversidade, focados em uma aprendizagem prática e dinâmica, garantem a evolução profissional e pessoal de toda a companhia”, conta.

“Também é possível criar aulas personalizadas com outros temas proveitosos, como os valores da organização, código de ética e políticas internas, garantindo uma boa integração entre os colaboradores e a organização”, finaliza Uchoa. O Nube é um bom exemplo disso, os times têm acesso a uma universidade interna, virtual, na qual são dispostas diversas trilhas de conhecimento relevantes.

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