Você está pensando em trocar de posição ou mesmo mudar definitivamente de carreira em 2022? Se a resposta for sim, você não está sozinho: segundo levantamento realizado pelo LinkedIn em dezembro de 2021, com mais de mil entrevistados, 49% dos brasileiros estão considerando conquistar outra colocação em 2022. A porcentagem aumenta entre os jovens de 16 a 24 anos, passando para 61%. A mudança pode ser estimulada por diversos motivos e o anseio surgir em qualquer etapa da jornada: seja como aprendiz, estagiário ou funcionário efetivo, há sempre a possibilidade de buscar algo mais adequado com seus desejos.
Entre os principais motivos apontados pelos participantes da análise estão a busca por melhores pagamentos e o desejo por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Afinal, como essa alteração pode ser feita de forma adequada? “A primeira coisa a se considerar antes de dar o primeiro passo para a renovação é: o mundo se transformou rapidamente com a pandemia”, explica o consultor Carlos Coutinho, autor das obras “A Tríade da Competência” e “Resiliência ágil: aprenda as práticas ágeis (Scrum) para transformar seus projetos pessoais e profissionais”
Para Coutinho, é essencial estar atento às novidades. “Antes da transição, é necessário haver planejamento. Criar uma reserva financeira, se capacitar para o ramo pretendido e ampliar o networking são algumas das atitudes essenciais”, explica. Abaixo, o consultor deixa cinco dicas para quem planeja virar de direção em 2022, confira.
1) Pesquise sobre a nova profissão
A clássica máxima “a grama do vizinho sempre parece mais verde” pode ser aplicada em algumas situações, inclusive neste assunto. Muitas pessoas decidem trocar de ocupação e se dão bem, outras tantas acabam se decepcionando ao ver como aquela trajetória pretendida está bem longe da realidade imaginada. Um dos principais motivos é a falta de pesquisa. É imprescindível entender qual é a remuneração oferecida no setor e na posição buscada, quais são as habilidades exigidas, as tendências e novidades, entre outras informações.
2) Seja transparente nos processos seletivos
A motivação para esse câmbio de rumo deve ser clara para o candidato e para quem vai contratar. Explicar com honestidade o motivo da investida é crucial para o entrevistador entender exatamente os anseios do indivíduo, além de quais aspectos a empresa tem a oferecer e se os dois lados podem dar “match”.
3) Valorize o seu melhor
É comum ter pouca ou nenhuma experiência no novo nicho. Porém, muitos conhecimentos obtidos e desenvolvidos anteriormente podem ter ponto de contato com o novo cargo. Portanto, é crucial deixar claro isso nas seletivas, mostrando como a expertise já conquistada pode somar à colocação.
4) De sênior para júnior
Realizar essa mudança, quase sempre, significa ser preciso dar um passo para trás e, então, pegar impulso para o novo caminho. Quem já era sênior em sua antiga posição pode ficar apreensivo com a possibilidade de “começar de novo”, mas não há motivo para temer nesse sentido. No entanto, há chances de sofrer quedas na remuneração e por isso é preciso se planejar financeiramente para conseguir seguir com mais tranquilidade.
5) Atualizar os conhecimentos sempre
Para quem conseguiu sair da estaca zero e finalmente agir, a dica final é se manter sempre atualizado. Cursos, palestras, lives, podcasts: tudo capaz de somar conhecimento e trazer capacitação na nova área é muito bem-vindo.
Gabriela Costa, estudante de pedagogia, começou a sua experiência corporativa como jovem aprendiz na área administrativa e, embora tenha cogitado seguir carreira a partir daí, precisou contar com o autoconhecimento para entender suas aptidões. “Eu amo o empresarial, mas percebi não ser para mim”, conta.
A partir da definição de qual orientação seguir, fica mais fácil ter felicidade e satisfação. “Não sei se me sentiria contente se não tivesse parado para pensar sobre isso. Todos nós precisamos seguir nossas paixões, porque senão só vamos nos misturar com os milhões de cidadãos frustrados nesse sentido”, conclui.
