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O “aperfeiçoamento dos santos” é um dos grandes propósitos da Igreja (Efésios 4.12-16). Nós não nos reunimos somente para cantar louvores e ouvir pregações. O objetivo por trás de tudo isso é crescermos.

Com isso em mente, precisamos entender o motivo pelo qual os jovens cristãos muitas vezes perdem o interesse de frequentar os cultos. De acordo com dados divulgados pelo Barna Group, 59% da geração Y (pessoas que nasceram entre 1980 e 1990) criados em uma igreja desistiram de continuar frequentando.

A grande questão em relação a esses dados, diz respeito à maneira como podemos tratar com os jovens e motivá-los a permanecer na fé. Certamente esse é um dos maiores desafios das lideranças evangélicas.

Quando penso a respeito deste tema, logo me vem à mente o seguinte questionamento: Como deve agir um líder de inspirador? E a resposta pode ser encontrada em uma pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube) que, ainda que secular, aponta os anseios desta geração.

Segundo a pesquisa, para 77,71% dos jovens, o líder inspirador é aquele que consegue “ensinar e motivar”. A pesquisa também apontou que o líder deve ser “acessível e paciente”, como também a necessidade de maior preocupação com as pessoas.

Tenho dito sobre o quanto é importante formarmos novos líderes, principalmente por conta do momento em que vivemos, onde nossos jovens parecem estar desmotivados e com baixas perspectivas.

A verdade é que essa pesquisa corrobora muito em questões eclesiásticas relevantes para a manutenção do rol de membros das igrejas. Nos mostra como é importante transmitir as futuras gerações o que sabemos e motivá-las para permanecer na fé.

Sei que para muitos líderes isso é algo complicado, já que há um choque de gerações nas denominações, onde os mais novos não conseguem se sentir acolhidos e veem as tradições como algo negativo.

No entanto, é oportuno dizer aos mais velhos que cabe a nós tratar os mais novos com respeito e oportunizar formas de eles se integrarem a Obra de Deus. Devemos encontrar meios de mantê-los na fé.

Os líderes de jovens devem criar projetos que incentivem o desenvolvimento espiritual, emocional e intelectual daqueles que estão sob suas responsabilidades.

Albert Einstein disse certa vez: “Quando jovens, aprendemos. Quando velhos, entendemos”. É por isso que os mais velhos devem compartilhar seus conhecimentos e ensinar os mais jovens.

Já escrevi aqui que bons líderes são aqueles capazes de conduzir as pessoas para um objetivo que proporcionará o bem comum, através de boas práticas e de forma ética.

Aos jovens, devo repetir o conselho de Paulo, descrito em 1 Timóteo no capítulo 4 e versículo 12: “Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza”.

Que haja disposição dos líderes para ensinar e motivar. As futuras gerações precisam ver na Igreja um lugar de crescimento, amparo, amor, fé e futuro.

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