Como você enxerga o seu bem-estar no dia a dia do seu estágio ou programa de aprendizagem? Com a pandemia de Covid-19, as relações laborais foram amplamente transformadas. Para satisfazer a mudança, é essencial avaliar a maneira como você se sente, diante a nova rotina. O antigo cenário organizacional já não é mais aplicável. Pelo contrário, sua velocidade e devoção já foram perpassadas. Agora, em um estado pós-crise, percebe-se uma alteração, também, na mentalidade dos indivíduos, acerca das relações institucionais. Segundo pesquisa da Universidade de São Paulo, o Brasil lidera a América Latina em casos de ansiedade (63%) e depressão (59%). Quer descobrir como alcançar a felicidade no novo contexto? Acompanhe a matéria a seguir e confira!
Panorama de bem-estar nas equipes
Desde o início do isolamento social, tem havido um grande aumento no debate sobre a infelicidade no mercado. Isso se deve a uma mudança súbita na rotina das corporações em todo o planeta. O home office, antes tratado como uma exceção, tornou-se a regra. Com esse "novo normal", as horas de labuta se confundem com o tempo livre e as fronteiras entre o ambiente organizacional e o doméstico foram dissolvidas. Em geral, a imposição do remoto sobrecarregou a maioria dos funcionários. “É urgente cuidar dos colaboradores. A pandemia mostrou como as pessoas ficam frágeis diante de tantos desmoronamentos. Desde 2020, a procura por cuidados com a saúde mental cresceu mais de 1.700%”, pontua a terapeuta, Luciana Ross.
Essa combinação de fatores resultou em problemas de saúde, incluindo a síndrome de Burnout. Esse distúrbio, causado pelo esgotamento físico e mental, é uma indicação clara de como os empreendimentos precisam ajustar seus modelos de atuação. Com o teletrabalho, a prática de ficar disponível além do horário de expediente se tornou mais comum, pois já não há mais a necessidade de se deslocar do escritório para casa. Infelizmente, esse exercício, muitas vezes, só prejudica o funcionário. O excesso de horas trabalhadas pode acarretar distúrbios, como a própria exaustão. Por isso, é primordial lembrar dos perigos dessa rotina e como ela pode levar a sérios problemas de saúde mental e física.
Essa questão não afeta apenas os trabalhadores, mas também o desempenho das instituições. Ao não valorizar os seus colaboradores, naturalmente, o ecossistema proporciona uma menor produtividade e engajamento. Por outro lado, investir no bem-estar dos membros da equipe pode trazer grandes benefícios. Quem prioriza o bem-estar de seus contratados evita gastos futuros com doenças relacionadas ao estresse, por exemplo. Isso pode levar a uma redução significativa nos custos com planos de saúde, absenteísmo e baixa eficiência. No Brasil, os líderes dos estabelecimentos precisam estar, cada vez mais, conscientes da importância de se preocupar com o bem-estar dos seus subalternos. “Urge acentuar esse cenário, onde 58% dos empregadores não oferecem nenhum tipo de recurso emocional para as equipes ”, reforça Luciana.
Reencontre o seu bem-estar
Atingir a satisfação tem sido uma grande adversidade para muitos assalariados. Uma das consequências desse momento são as frustrações, capazes de afetar a confiança das pessoas. Não conseguir realizar um projeto, por exemplo, pode converter nesse sentimento. As mudanças drásticas na rotina também contribuíram para o aumento dos casos de depressão e ansiedade, deixando as emoções à flor da pele e prejudicando o equilíbrio emocional. “A vida fora do institucional sempre afetará o aspecto institucional – e as corporações precisam se preocupar com ambos. Além do mais, os benefícios do bem-estar corporativo ultrapassam as questões de ética e se traduzem em resultados”, salienta a psicóloga, Ines Hungerbühler. Por isso, confira abaixo algumas dicas para reencontrar a positividade:
Fortaleça os vínculos no trabalho: ter pessoas ao seu lado para compartilhar, não apenas o trabalho, mas também momentos de descontração, é essencial. Fortalecer os laços entre a equipe é uma ótima maneira de promover um ambiente mais engajado e feliz. Muitas vezes, devido à correria do cotidiano, as instituições deixam de lado o incentivo à criação de vínculos entre os colaboradores. Uma das formas de mudar essa situação é adotar programas que envolvam gamificação, saúde e socialização. Atividades físicas também podem ser um segredo para cultivar a positividade. Sem a necessidade de competição, promover eventos esportivos, por exemplo, é uma excelente maneira de unir o grupo e criar uma atmosfera agradável.
Pratique a gratidão: focar nas partes boas da vida e do labor, em vez de se concentrar nos problemas, pode ajudar a mudar a perspectiva e a promover um estado mental mais positivo. Uma forma de praticar a gratidão é escrever diariamente três coisas pelas quais se é grato em cada uma dessas esferas. Outra opção é expressar o reconhecimento a um colega ou superior por alguma realização feita por você ou pela equipe. O agradecimento pode ajudar a melhorar a autoestima, a resiliência e diminuir o stress.
Atente-se ao bem-estar físico e mental: cuidar do corpo é tão relevante quanto da mente, pois um depende do outro. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países mais sedentários da América Latina, onde quase metade da população (47%) não pratica exercícios com regularidade. Nesse sentido, incentivar a realização de esportes pode ser uma solução para melhorar a saúde física e mental das equipes. A falta de atividade pode levar a problemas de saúde, capazes de afetar negativamente o estado emocional e a qualidade de vida. Esse aspecto deve ser visto de forma integrada, além de um excelente aliado para promover o bem-estar geral.
Procure especialistas capacitados: por fim, é altamente recomendável buscar ajuda de especialistas capacitados, em casos de problemas relacionados à autoestima e saúde mental. A falta de autoconfiança pode levar a transtornos como ansiedade e depressão. Procurar um profissional da área pode auxiliar no processo de autoconhecimento do paciente, trazendo mais segurança e autonomia para a sua vida, além de fortalecer a autoconfiança e autoaceitação. “Não basta apenas incentivar um cotidiano mais saudável, precisamos oferecer as ferramentas e os recursos necessários para garantir esse ideal”, finaliza Ines.
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