Diversos comportamentos marcam um relacionamento abusivo. Dentre eles, a falta de apoio mútuo, críticas em excesso, julgamentos, competição, desrespeito e conflito são alguns exemplos, atingindo diretamente a autoestima dos estagiários e aprendizes. Essas ações, quando intencionais, ocorrem, muitas vezes, para o agressor se aproveitar da fragilidade e vulnerabilidade do outro e essa realidade também acontece com frequência no meio empresarial. Logo, saber lidar com isso é fundamental para atingir o sucesso. Aprenda mais sobre isso agora!
Conhecer o problema é a melhor maneira de evitá-lo
De um modo geral, a sociedade costuma associar esse tipo de ação ruins a apenas contatos amorosos, mas não é bem assim. “Ela pode estar presente nas relações familiares, de amizades ou até mesmo nas relações de trabalho”, explica Monique Stony, psicóloga, escritora e executiva de recursos humanos. Ademais, qualquer pessoa pode ser vítima nesse tipo de situação. “É independentemente de classe social, poder aquisitivo, nacionalidade ou campo de atuação. No entanto, é possível perceber como costuma acometer mais as mulheres antes os homens, um legado da sociedade patriarcal onde estamos inseridos e, por muitos anos, eles se viam em grau superior de poder em relação a elas”, comenta.
De acordo com a psicóloga, existem sinais de alerta indicando circunstâncias assim e é crucial conhecê-los para identificá-los e se libertar o quanto antes. “Normalmente as críticas e ofensas começam em tom de brincadeira e vão se acentuando com o passar do tempo. É muito comum também haver o controle, limitando a liberdade de ação, de ir e vir. Nos momentos de tensão ou desentendimento, podem ocorrer ações desrespeitosas e até mesmo violência verbal ou física”, afirma.
Pode ser difícil prestar atenção aos sinais porque, normalmente, há uma fragilização envolvida. Portanto existe uma dificuldade de identificar uma identificação com a violência psicológica. “Além disso, as ofensas são graduais. Assim, pode-se acabar tolerando, apesar do sofrimento. Os abusadores usam reforço positivo para confundir: uma hora a rebaixam, dizendo não ter valor, e outra a elogiam por algo feito”, analisa a especialista.
É preciso força e autoconhecimento para fugir disso
Para sair disso, a primeira coisa a se fazer é identificar os sinais de alerta e, depois, fazer um exame de consciência e reafirmar o autovalor, muitas vezes abalado. “É essencial não sentir vergonha e buscar forças para se afastar, rompendo com esse tipo de contato o quanto antes. Saber pedir ajuda de familiares e amigos ou mesmo de profissionais para conseguir restabelecer a saúde mental e emocional também é relevante!”, afirma Monique.
Segundo a psicóloga, normalmente, o sofredor se vê com o amor próprio, autovalor e autoconfiança abalados. Com isso, torna-se imprescindível tratar do bem estar psicológico. “A psicoterapia é muito indicada nesse caso ou mesmo a participação em grupos de apoio. Por meio desse procedimento, entende-se não ser por sua culpa estar preso nessa situação nociva, e sim do outro. Aprende a processar o luto com o fim, para encerrar esse ciclo e poder começar outra fase. Também começa a fortalecer sua autoestima e a não relativizar sinais de alertas em potenciais relações futuras”, conclui.
Um ambiente desagradável apresenta sintomas
Um levantamento realizado pela SafeSpace elegeu seis fatores a serem considerados ao analisar se a empresa preza por um local saudável. Fique por dentro deles:
- Competitividade excessiva: um lugar agradável é caracterizado pela ajuda mútua entre os membros para realizar uma tarefa. A disputa desenfreada por gerar conflito, isolamento e, consequentemente, a piora do clima.
- Desentendimentos constantes: relações ruins costumam partir da falta de confiança e compromete a capacidade de cooperação do time. Ela pode ser gerada excesso de concorrência e falta de canais de diálogo adequados.
- Má comunicação: uma conversa clara e objetiva é imprescindível para uma boa relação, seja ela qual for. Nos lugares tóxicos, ela tende a ser confusa e insuficiente. Alguns dos sinais desse problema são: pouca clareza sobre as tarefas e metas, contatos fora do expediente e abordagens diferentes entre colegas.
- Alta rotatividade: um turnover elevado pode indicar dificuldades estruturais. Conforme uma pesquisa da Korn Ferry, 32% dos indivíduos abandonam seus empregos para se livrar de culturas ruins.
- Bullying corporativo: a troca entre contratados é algo interessante na rotina laboral. Porém, se o bate-papo se transforma em fofoca, com boatos maldosos e invasivos, configura-se em intimidação.
- Líderes com má interferência: deve haver um cuidado para a cobrança por demandas seja realizada prezando uma convivência harmoniosa. O abuso da autoridade ou a fomentação de comportamentos nocivos influenciam negativamente o local.
O bem estar mental em cheque
Segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o 2° país com maior taxa de trabalhadores sofrendo de Burnout. A síndrome da exaustão extrema é resultado de excesso ou estresse ligado ao ofício. A vítima apresenta quadros de extremo cansaço físico e mental, perda da criatividade e tende a render menos. Em casos como esse é indicado o tratamento terapêutico.
Um bom começo para tratar do assunto no meio institucional é elaborar uma cultura bem definida. Desse modo, os funcionários e a organização se relacionam de maneira mais clara, estabelecendo padrões e limites. Assim, empresários podem buscar a ajuda de firmas especializadas nesse processo. Com um local laboral bem estruturado, fundado na base de respeito e colaboração, com gestores os quais suas histórias e missão, liderados passam a atuar de maneira mais engajada. “A alta performance de uma equipe só é sustentável quando as pessoas as quais a formam se sentem bem”, pontua Vanuza Xavier, Head de Processos da Umanse.
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