Assédio no ambiente de trabalho é um tema sensível. Contudo, é preciso falar sobre isso, primeiro, porque é crime. Segundo, pois é melhor criar um espaço positivo e confiável e uma cultura transparente. Um recinto “não-tóxico” gera mais engajamento e atrai os melhores talentos para aderir ao projeto organizacional.
Para o sócio da S2 Consultoria, Renato Santos, o passo inicial é focar no lugar. Depois, criar ferramentas para garantir uma esfera segura para todos os colaboradores. Nesse sentido, ele elencou algumas dicas. Veja:
Crie um canal de denúncia
Esse meio é uma das ações mais rápidas de implementar. No entanto, é preciso ser bem planejado. “Afinal, quando houver uma denúncia é necessário saber investigar o caso e seguir os procedimentos de forma sigilosa. Ao mesmo tempo, o cooperador precisa ter a segurança e confiança da apuração do caso, senão pode se sentir menosprezado e até sair da empresa. Inclusive, dando início a uma reclamatória trabalhista”, explica Santos.
Promova treinamentos constantes à equipe
Não basta apenas inserir um cartaz informativo sobre o canal de queixas ou sobre boas condutas. É preciso criar uma cultura ética e deixar esse tipo de assunto sempre em evidência. Uma ideia interessante é promover treinamentos constantes para a equipe, sendo uma ótima oportunidade para falar sobre os impactos do assédio sexual e moral dentro da organização. Além disso, é possível tirar as dúvidas, conscientizar a galera sobre os valores institucionais e estabelecer uma compliance.
Aplicar e acompanhar código de ética
Um bom código de ética é essencial para os funcionários terem, por escrito, todas as informações referente ao comportamento dentro do estabelecimento comercial. A empresa precisa deixar claro todas ações e reações. Ou seja, conscientizar o time.
Tenha um ótimo processo de recrutamento
O processo seletivo é muito importante e deve-se levar em conta a capacidade técnica do profissional e se o seu perfil se enquadra na cultura institucional em questão. Assim, “ao incluir mais um membro ao time é necessário delinear um funcionário ideal, com base nos valores, visão e missão da instituição. O segundo é traçar as competências e habilidades exigidas para o cargo. Tendo isso em mãos, está tudo certo para divulgar a vaga”, aconselha a head de direito do trabalho da RGL Advogados, Flávia Eadi de Castro, de Santana de Parnaíba (SP).
Por isso, “é fundamental ter um excelente recrutamento para o candidato se encaixar dentro da empresa. Além de melhorar o fluxo institucional, isso evita situações embaraçosas, constrangedoras e graves, como é o caso do assédio”, finaliza o executivo.
Dentre tudo isso, o ritual de integração com os novos contratados é essencial. Portanto, principalmente nesse tempo em home office, promova quantas reuniões forem necessárias para quem está chegando se sentir acolhido e parte da corporação. “Um onboarding bem feito, o qual realmente integre o novo cooperador, é uma das chaves para o sucesso da admissão e de toda a companhia. O distanciamento social nos obriga a sair do lugar comum, repensar e propor soluções”, analisa o head de Gente e Gestão da Wirecard Brasil, Michael Citadin.
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Como é a “campanha” anti assédio na sua entidade? Feliz 2021!