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Ao fim do ano, ao concluírem suas graduações, estagiários já experientes acabam abrindo vagas para quem ainda busca sua primeira oportunidade profissional — é o chamado período de sazonalidade. E na Bahia não poderia ser diferente: hoje, ao menos, 1.392 vagas de estágio estão abertas no estado, conforme levantamento feito pelo CORREIO. Responsável por boa parte delas, o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) estima uma oferta de 620 oportunidades para quem quer começar 2023 estagiando. 

Nesse caso, deve se dar melhor quem está matriculado nos cursos de graduação em direito, administração e pedagogia ou até no Ensino Médio. “É o momento de o estudante entrar de férias, mas ficar atento às vagas que a gente vai disponibilizar”, observa a superintendente Nacional de Operações e Atendimento do CIEE, Mônica Vargas. 

 

Durante coletiva de imprensa nessa terça-feira (6), o CIEE anunciou que, em todo o país, vai abrir 61 mil vagas de estágio e aprendizagem entre outubro deste ano e janeiro do ano que vem. Representa um crescimento de quase 12% em relação ao mesmo período em 2021, quando houve cerca de 55 mil vagas, e próximo aos níveis pré-pandemia. De acordo com a instituição, as vagas de estágio representam, ao menos, 83% das oportunidades totais nacionais. 

Outra intermediadora de estudantes com o mercado de trabalho, a Soul RH dispõe de 87 vagas abertas na Bahia para candidaturas de níveis médio e superior. Com bolsas de R$ 500 a um salário-mínimo, são contemplados segmentos como atendimento comercial, arquitetura e educação física. 

Capacitação, Inserção e Desenvolvimento (Cide) conta com 47 vagas para os níveis médio e superior, em áreas como segurança do trabalho, ciências contábeis, engenharia civil e tecnologia da informação (TI). As remunerações são a partir de R$ 500 para nível médio e a partir de R$ 650  para nível superior. 

 

No Nube Estagiários e Aprendizes, atualmente, são encontradas apenas seis vagas de estágio: engenharia (2), contábil (1), comercial (1), química (1) e finanças (1). As bolsas vão de R$ 1 mil a R$ 1.322,92. A reportagem também solicitou informações sobre vagas ao Instituto Euvaldo Lodi (IEL), mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. 

A plataforma Catho Online, que conecta empresas a candidatos, reúne 607 vagas de estágio na Bahia. O Abler agrega um número menor: 35. Já o Indeed oferece somente 11 oportunidades para estudantes no momento. Para se candidatar a qualquer uma das vagas, basta se cadastrar nos respectivos sites. Além disso, é importante ficar atento às oportunidades divulgadas por e-mail. 

Valor da bolsa varia 

 

O valor da bolsa de estágio não está previsto em lei e costuma girar em torno de R$ 800, porém pode chegar a até R$ 4 mil. “As empresas sempre buscam orientações de mercado, e o Ciee subsidia as empresas, conforme uma série de variáveis: o curso, a carga horária, as atividades”, explica Mônica Vargas. 

Vargas lembra que, se desejar, a empresa pode conceder benefícios ao estudante. “Quanto maior a complexidade [da atividade], é importante, sim, fazer um investimento na bolsa desse estudante, porque ele vai agregar ao dia a dia da organização”, diz ela. Isso, inclusive, pode se tornar um atrativo. “Hoje, muitas vezes, [o estudante] ele até acaba colocando a bolsa de estágio como um custeio também de despesas familiares”, acrescenta. 

Atrás da primeira oportunidade 

 

Sem dúvidas, a conquista de um espaço no mercado de trabalho é um dos momentos mais esperados por quem ingressa numa faculdade. Por esse motivo, em seu sexto semestre no curso de Psicologia, a estudante Luísa Mota, de 20 anos, tem usado todos os meios oferecidos pela internet para encontrar a primeira oportunidade. 

A jovem, no entanto, também recorre aos métodos convencionais. “Outra forma que tenho achado bastante promissora é a partir do próprio networking: o ‘boca a boca’ acaba ajudando bastante nesses momentos de recomendações”, conta ela, que busca vagas mais voltadas às áreas hospitalar e clínica. 

Como qualquer estudante, Luísa não vê a hora de colocar a mão na massa. “Fico bastante animada e ansiosa pra ter, de fato, as práticas, adquirir experiência e aplicar o que aprendo nas aulas teóricas”, revela a jovem. “Ao mesmo tempo, fico um pouco receosa, justamente por essa ser minha primeira vez encarando o mercado de trabalho."

 

Para Ananda Borges, 22, que cursa Produção em Comunicação e Cultura, a maior dificuldade encontrada foi outra. “Na minha área, existem poucas vagas e muita procura”, relata a estudante, que, assim como Luísa, buscou vagas em redes sociais e se cadastrou em plataformas on-line. 

Ananda fez, pelo menos, três entrevistas antes de ter conseguido a vaga de estágio atual, num bar em Salvador, há pouco mais de dois meses. Ela entende que a experiência é importante para entender a demanda do mercado de trabalho. “O tempo para produzir e as exigências são um pouco diferentes daquelas que encontramos na faculdade”, compartilha. 

A jovem também leva em conta a vivência com outras pessoas e a oportunidade de crescer não só profissional mas também pessoalmente. “Nem sempre temos experiências agradáveis. Mas é fundamental para aprendermos a lidar com frustrações, a receber críticas e a ter pulso firme ou se impor quando for preciso”, avalia. 

Que perfil tem interessado às empresas? 

Segundo a administradora e analista de gestão de pessoas Ana Valéria Nascimento, as empresas têm se interessado por estagiários que mostrem potencial para se desenvolver dentro do ambiente corporativo. “As empresas buscam, cada vez mais, profissionais que tenham potencial para desenvolvimento e crescimento, associados a competências comportamentais como adaptabilidade, autoconhecimento e resiliência”, aponta ela. 

“Colaboração para desenvolvimento de pessoas e trabalhos em equipe, alinhada à competência de inclusão, é outro elemento de grande relevância para os times hoje, que lidam com tanta variabilidade de cenário, possibilidades e perfis”, acrescenta Valéria, que recorda que não se exige experiência profissional para posições de estágio. “O que é levado em consideração são as trajetórias de vida, as motivações e a forma como os candidatos vivenciam os desafios”, ressalta a analista de gestão de pessoas. 

Para se sair bem num processo seletivo, Valéria considera importante: 

- Primeiro, avaliar a cultura empresarial e o negócio e ver eles se encaixam com seus estilos e anseios de vida e carreira; 

- Durante a entrevista, ser autêntico e explorar o tempo disponível com contexto e exemplos de vivências reais; 

- Administrar o ‘friozinho’ na barriga, natural de todo processo seletivo, para obter um melhor aproveitamento do processo. 

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