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As conversas entre adolescentes com menos de 18 anos sobre projetos de estudos, possíveis interesses amorosos e as séries do momento para maratonar ganharam, em tempos de pandemia, um novo questionamento: quando chegará o momento de tomar a vacina contra covid-19.

Três jovens da faixa etária relatam à reportagem, a partir das próprias buscas por informações relativas à vacina e no convívio com familiares, a espera ansiosa para estarem imunizados. Ao Otimista, a Secretaria de Saúde (Sesa) do Ceará estimou que o grupo deverá começar a ser contemplado no próximo mês, ainda sem data definida.

No Estado, pelo menos 386.377 mil pessoas entre 12 e 17 anos realizaram cadastro para receber imunizantes contra a doença. Os dados são referentes a levantamento realizado na última sexta-feira (20) pela pasta. O estudante João Weyne, 16, se cadastrou na plataforma no dia em que a possibilidae foi aberta a adolescentes.

“Até pouco tempo, imaginava que iria demorar mais algum tempo, mas, pelo menos aqui em Fortaleza, começou a acelerar e estou com a expectativa muito alta de receber a primeira dose [D1] em setembro ou no início de outubro.”

Também na última sexta, a Capital vacinou com D1 todas as pessoas com 18 anos ou mais cadastradas no Saúde Digital e iniciou mutirão daqueles que não compareceram no dia agendado. A vacinação em menores de 18 anos já é uma realidade em capitais como Rio Branco, Manaus, Boa Vista, Porto Alegre, Macapá e São Paulo. Até o momento, a única vacina aprovada para menores esse público no Brasil é a Pfizer.

Conssonância entre pares

A imunização é um assunto compartilhado entre a estudante Bárbara Giovanna Oliveira, 15, e os amigos. “A vacina quase sempre está presente nos nossos assuntos. Eles, assim como eu, compartilham do mesmo sentimento de querer logo estar imune.” Bárbara Giovanna já tem até um desejo para quando for permitido retomar certa normalidade: “sair sem máscara e aglomerar com os amigos.”

O que a também estudante Caroline Souza, 15, quer é abraçar sem ter medo. “Nunca fui muito de estar em aglomerações, mas sinto falta do abraço, do toque. Quero um pouco daquela convivência comum, onde tudo tinha parceria legal ou de estar em família”, resgata. Enquanto o momento não chega, pondera Weyne, os cuidados continuam sendo necessários. “Além de não estarmos vacinados, muitas pessoas não estão totalmente imunizadas. É necessário manter os protocolos”, reforça.

Em consonância, os três afirmam que as doses vão além da imunidade conferida contra a doença e representam um misto de emoções. “Representa uma vitória da ciência. Mesmo com várias tentativas de sabotagem, os pesquisadores não desistiram e trouxeram uma forma muito eficaz de combater essa doença”, celebra Bárbara Giovanna. “Junto com a imunização, vem uma sensação maior de alívio e segurança”, acrescenta Weyne.

Dor da perda conta

Contudo, os adolescentes lembram também dos desfechos fatais envolvendo aqueles que se foram antes que os imunobiológicos fossem aprovados. “Ao mesmo tempo em que se comemora a eficácia das vacinas, também se lamenta pelo tanto de pessoas que queriam participar desse momento e não tiveram oportunidade”, reflete Bárbara Giovanna. Caroline diz ser um privilégio estar mais próxima de vivenciar o momento. “Vi amigos perderem parentes e, com certeza, será um privilégio poder receber essa vacina.”

O estudante relata também que a continuidade da vacinação e dos cuidados serão fundamentais para que ele mantenha algo que precisou abdicar por mais de um ano: o ensino presencial. “Retornei no esquema híbrido (presencial e remoto) e depois iniciei no 100% presencial”, detalha. Para Weyne, estar próximo dos amigos é um dos melhores acontecimentos propiciados pelo retorno. “Tem ainda a aprendizagem. Não é impossível aprender no formato virtual, mas se torna bem mais fácil quando estou presencialmente”, defende.

Xô Fake News

Pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), em 2019, apontou que mais de 75% dos jovens de 15 a 28 anos não caem em Fake News. Os adolescentes ouvidos pela reportagem se incluem nesse percentual ao comentar que receberam notícias falsas envolvendo os imunobiológicos, bem como as respectivas taxas de eficácia e efeitos colaterais inexistentes, mas dizem não se terem deixado enganar.

“Sempre acompanhei as notícias que informavam sobre reações e eficácia. Vi várias Fake News compartilhadas nas redes sociais, mas nenhuma me fez duvidar das vacinas”, frisa Bárbara Giovanna. Weyne foi buscar em meios digitais confiáveis as informações que julgou pertinentes para evitar cair em notícias falsas. “Recebi algumas por WhatsApp que eram meio óbvias de que não eram reais, mas consegui sanar minhas dúvidas também pelos meios digitais”, completa.

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