Contorne a desmotivação da sua equipe  

A desmotivação é um sentimento presente no mercado de trabalho 

Nem sempre o cenário corporativo será favorável. Dentro disso, a desmotivação é um sentimento negativo e presente nesse cotidiano. De acordo com um estudo realizado pela Gallup, 63% dos trabalhadores não se sentem engajados em seus empregos. Isso significa ausência de determinação, ou seja, são propensos a investir poucos esforços em metas ou resultados organizacionais.

Conforme outro levantamento, realizado pelo Instituto Locomotiva, 56% dos entrevistados formais estão insatisfeitos com sua posição laboral. O número corresponde a um grupo de 18,7 milhões de pessoas, as quais também trocariam de posto por mais alegria no cotidiano. No Brasil, essa intercorrência afeta as corporações  de todos os portes e setores. Segundo a consultoria de gestão Bain & Company, um funcionário nessas condições de baixa satisfação pode ser 125% menos produtivo quando comparado com aqueles engajados e inspirados.

Uma pessoa motivada com a posição consegue motivar as demais a sua volta 

A relação com os demais indivíduos da companhia é um recurso importante para combater a insatisfação. De acordo uma pesquisa do próprio Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios, feita com cerca de 26 mil participantes, conviver com pessoas motivadas influencia na produtividade dos respondentes. Segundo os dados 76,42% saem da zona de conforto e rendem muito mais! 12,53% procuram blindar-se para não serem afetados por quem está ao seu lado. Já 8,17% quando estão perto de personalidades com baixo astral, as atividades são prejudicadas. Por fim, 2,88% variam o humor, se estão bem, não tem importância, mas ao contrário, seguem ladeira abaixo. 

Veja as dicas e contorne a desmotivação da sua equipe para um quadro satisfeito 

A experiência do colaborador é uma preocupação cada vez mais presente nas instituições. Mantê-lo animado com o cargo, as funções e a cultura organizacional, de fato, faz parte de uma estratégia de employee experience. Nesse sentido, o autor Adriano Lima destaca cinco passos para reverter uma situação negativa no time. Veja: 

1 - Aceite o problema: “o primeiro passo é aceitar o problema e identificar na sua liderança como você pode trabalhar esse desafio”, explica Adriano. Para ele, essa etapa pode ser a de maior dificuldade. Isso porque os indivíduos em alta posição, presos em seu próprio ego ou limitações, tem objeção no instante de aceitar como a origem da desmotivação pode sim estar em uma gestão pouco eficiente.

“Um verdadeiro superior deve ser altruísta e reconhecer a responsabilidade sobre outras pessoas”, completa. Afinal, eles são verdadeiros ativadores de motivação, ou seja, criam impulso para aceitar desafios.

2 - Escute ativamente: saber sobre os pensamentos dos liderados por meio das conversas do dia a dia, ouvindo os problemas simples e considerações é o próximo dever. O executivo explica ser relevante não limitar a ação às pesquisas e feedbacks pontuais. “Um bom líder aprende a identificar a insatisfação da sua equipe no cotidiano, com um comentário sobre uma tarefa ou até mesmo as expressões e reações em uma conversa”, diz.
 

O termo “escuta ativa” é explicado quando o receptor das informações tem total interesse no conteúdo transmitido pelo outro. “Como gestor, o seu maior interesse deve ser o time, quais inovações as pessoas trazem e se são insights fundamentais de como está a sua liderança”, explica o business influencer.

3 - Planeje: “equipes mal-planejadas vão ser menos produtivas e os colaboradores sentem isso diretamente”, aponta Lima. O executivo faz uma metáfora, onde a equipe é exatamente como um time de futebol, você precisa entender a função de cada jogador e colocar ele nessa posição para ganhar a disputa. “Não adianta ter um bom atacante no gol, além de prejudicar a sua performance, ele vai se sentir desmotivado”, completa. Para isso é importante fazer estratégias de acordo com a estrutura do seu time, não só para divisão de tarefas diárias, mas também saber com quem contar quando precisar atingir objetivos específicos.

4 - Calibragem e valorização: periodicidade e clareza em feedbacks mudam a dinâmica de um time. “Esperar o seu colaborador entender em sinais ou mensagens na linha fina as suas expectativas sobre ele, tanto em performance quanto em melhora, nunca foi uma boa aposta”, analisa Adriano Lima. O especialista vê essa troca e a quantidade de vezes da aplicação uma das ferramentas mais poderosas de valorização. “Aproveitar para apresentar os planos de melhora, mas também mostrar, além de tudo, reconhecimento e atenção pelo trabalho dessa pessoa. Assim como, as oportunidades de aumento de salário podem e devem ser consideradas nesse espaço”, avalia.

5 - Pense no Employer Branding: não é só mais uma palavra da modernidade. “A sua marca empregadora é o resultado direto da satisfação do quadro de funcionários da instituição”, aponta Lima. Para o executivo, ter um nome forte diante da concorrência e do mercado de trabalho como um todo mantém as pessoas ainda mais motivadas. “É importante entender como esses passos levam a um time ainda mais feliz. Essas ações e não só os preserva na sua equipe, como atraí os melhores do mercado por ter uma exposição de ambiente positivo de crescimento e oportunidades de trabalho”, conclui o especialista.

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