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Setembro amarelo passou? Priorize a saúde mental o ano todo! 

Notícia | 10/10/2022

Carolina Amaral

Durante o último mês foi realizada a famosa campanha “Setembro Amarelo”. Todos os anos, o projeto propõe conscientizar cada vez mais pessoas sobre a prevenção do suicídio, bem como a importância de cuidar da saúde mental. Em 2022, o lema foi “A vida é a melhor escolha!" e efetivou eventos, palestras e diversas ações em instituições de ensino, entidades, locais públicos, etc com o intuito de falar sobre o assunto e gerar esclarecimentos. Contudo, é importante manter uma política voltada para esse cuidado durante todo o ano, não somente setembro. Entenda mais sobre a questão agora!

 

Por dentro da campanha Setembro Amarelo

No Brasil, há uma média de 12 mil suicídios registrados por ano, sendo mais de 1 milhão quando nos voltamos para uma escala mundial. De todos os casos, 96,8% têm relação com transtornos mentais não tratados corretamente, como depressão, ansiedade, abuso de substâncias e transtorno bipolar, conforme dito pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Os índices são crescentes nas últimas décadas, mostrando a necessidade de gerar um diálogo sobre o tema. Assim sendo, o Setembro Amarelo ganha cada vez mais relevância, principalmente por falar sobre como identificar sinais da idealização suicida, auxiliar ou buscar ajuda.

A origem do movimento começou com a história de Mike Emme, nos Estados Unidos. Em 1994, o jovem, conhecido pela marca registrada do seu Mustang amarelo, se matou, com apenas 17 anos. Infelizmente nem a família, nem os amigos, perceberam os sinais da sua pretensão de tirar a própria vida. No funeral, os colegas montaram uma cesta de cartões e fitas amarelas com a mensagem: “Se precisar, peça ajuda”. A ação ganhou grandes proporções e expandiu-se pelo país.

Diversas pessoas passaram a utilizar registros da mesma cor para requisitar socorro aos mais próximos. A fita amarela foi escolhida como símbolo do programa, incentivando aqueles com esses pensamentos a irem atrás de assistência. Assim, em 2003, a Organização Mundial da Saúde(OMS) instituiu o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. A cor do carro de Mike foi escolhida para representar essa campanha. 

No Brasil, a celebração foi instituída somente em 2015, um trabalho conjunto do CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com o objetivo de associar a cor ao mês marcado pelo Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A proposta é dar visibilidade à causa, algo a qual se expandiu ao longo dos últimos anos com o envolvimento em escolas, universidades, entidades do setor público e privado e a população de forma geral. Monumentos como o Cristo Redentor (RJ), o Congresso Nacional e o Palácio do Itamaraty (DF), o Estádio Beira Rio (RS) e o Elevador Lacerda (BA), também participam.  

 

A conjuntura no setor profissional

Durante a pandemia, houveram inúmeras mortes pelo mundo todo. Até 31 de dezembro de 2021, eram cerca de 22 milhões de casos confirmados e 600 mil mortes no Brasil. Esse cenário, somado à crise econômica, resulta em incertezas, medo, inseguranças e, consequentemente, estresse e cansaço mental. Um levantamento recente feito pela Pulses e a Vittude com 3 mil profissionais brasileiros, mostra 81% se sentindo esgotados no final do dia e 54% estão frustrados com o trabalho. A falta de paciência com os colegas e dificuldades para realizar as atividades atingem 51%. “O ambiente conta muito para o desenvolvimento de qualquer patologia. Assim, a legislação trabalhista contempla a insalubridade como um fator indenizatório. Com a saúde mental é a mesma coisa, o tipo de liderança e o clima organizacional podem sim contribuir positivamente com os colaboradores”, exemplifica a psicóloga clínica Carina Pirró, a respeito do papel dos estabelecimentos para evitar episódios ruins.

Além de trabalhar para que os gestores acolham seus liderados, seja presencial ou remotamente, as companhias também podem implementar outras medidas para manter o bem estar dos times. “Jornadas flexíveis com pausas no expediente quando necessário, ajudam a evitar picos de nervosismo e ansiedade quando a demanda é muito alta. É uma questão de organização interna bem simples a qual pode ser implantada rapidamente”, analisa a psicóloga.

Pensando em uma solução com previsão futura, no médio e longo prazo, o estímulo a atividades físicas e psíquicas podem trazer ganhos para a vida pessoal e profissional dos colaboradores. “A ginástica laboral serve exatamente para isso. Pensando em um ambiente de trabalho remoto, incentivar exercícios leves, como caminhada, combinados com meditação ou yoga, já representam muito. Além de liberar endorfina, o sujeito volta a respirar profundamente, facilitando a oxigenação do cérebro”, explica a especialista em neurociência. “Incentivar esse tipo de autocuidado faz as pessoas percebam como a companhia se importa com elas. Isso aumenta a produtividade, o engajamento em novos projetos e, claro, ajuda a manter os talentos em casa. Saúde mental é um assunto o qual deve estar no foco dos gestores em um ambiente corporativo o ano todo”, afirma Carina.

Assim sendo, o primeiro passo é gerar um local aberto para comunicar sobre o desafio. “É necessário falar, principalmente, sobre isso nas corporações, pois as lideranças precisam estar preparadas para identificar sinais de sofrimento emocional em seus funcionários, criar uma atmosfera de acolhimento e oferecer apoio especializado”, afirma Fátima Macedo, psicóloga especialista na implantação e gestão de programas de saúde mental, dependência química, violência contra a mulher e qualidade de vida em empresas.

É preciso entender a dimensão do tema. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), aproximadamente 38 pessoas, por dia, tiram suas próprias vidas no Brasil. Grande parte delas tem dificuldade de se expressar e correr atrás de amparo. A estimativa é de 50% a 60% dos indivíduos nunca se consultaram com um especialista da área, por exemplo. “Os especialistas atuantes no ambiente corporativo devem ser responsáveis por criar um clima de segurança e acolhimento aos trabalhadores e apresentar argumentos desmistificando os transtornos mentais, convidando o atingido a se tratar, como o faria se estivesse com outro tipo de doença”, sinaliza Fátima.

 

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