A comunicação humanizada, ou não violenta, é uma técnica desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg e pode ajudar qualquer pessoa, mesmo em situações cheias de conflito como a guerra, a se expressar de modo mais eficaz e com empatia. Isso potencializa a motivação e o engajamento entre os indivíduos.
A boa comunicação é indispensável
A habilidade tem sido cada vez mais necessária no ambiente corporativo. Afinal, espaços com maior abertura ao diálogo, propiciam um caminho conciliador e promovem maior conexão das equipes. “Além disso, melhoram e preservam a saúde mental dos colaboradores e, consequentemente, impactam os resultados”, analisa a empresária e headhunter, Dani Verdugo.
Essa humanização auxilia no exercício de entendimento quanto às emoções por trás das falas, produzindo reflexões e reações mais tranquilas. “Quando adotada dentro de uma corporação, ela favorece a manifestação de todos, pois cria um ambiente acolhedor. Isso não significa o fim dos debates ou discussões, mas será mais fácil chegar a um consenso”, complementa a especialista.
Estruturada por quatro pilares, sendo eles consciência, linguagem, comunicação e influência, não é facilmente implementada. Todavia, se exercitada constantemente, acaba se tornando cultural e passa a integrar a cultura organizacional. Nesse sentido, Dani listou alguns exercícios para se tornar um agente de transformação. Veja:
- Evite pré-julgamentos sobre o “certo” ou “errado”;
- Não se compare, nem confronte os demais;
- Abandone o tom acusatório, pois ele causa reações defensivas;
- Explique suas necessidades com clareza;
- Se coloque no lugar do outro;
- Expresse seus pontos vulneráveis, caso se sinta confortável;
- Antes de responder a uma ofensa ou ataque, pense com calma e exercite sua empatia. Não responda no mesmo tom.
Respeito mútuo é a base
Se não tratado desde o início, as situações podem virar até difamação. No trabalho isso acontece quando uma pessoa sofre (ou realiza) uma conduta ofensiva à reputação de outra. Além de prejudicial à imagem da empresa, é crime. Pensando nisso, o especialista em compliance e sócio da S2 Consultoria, Renato Santos, nos ajudou com mais alguns pontos relevantes. Confira:
Melhore o clima organizacional - recomenda-se a aplicação de pesquisas de satisfação para avaliar o clima institucional. “É sempre importante identificar os pensamentos dos trabalhadores para criar programas para melhorar o clima e fortalecer os relacionamentos, tais como: aumento de bônus, eventos internos, confraternizações, gamificação, palestras motivacionais, etc”, expõe o empresário.
Incentive a comunicação - é fundamental ter bons canais e fazer reuniões periódicas com o time. “Os gestores devem incentivar o respeito, a ética, a transparência e dar sempre o exemplo. É preciso mostrar, na prática, a compostura por todos e a falta de preconceitos”, afirma Santos.
Crie políticas claras - é fundamental ter princípios estabelecidos sobre o comportamento ideal dentro da entidade. Isso ajuda a nortear as atitudes internas e são uma forma de conduzir (e até mesmo punir) quem não se adequar às normas. “Assim, é indispensável ter um bom código de ética e aplicar testes de integridade para promover uma gestão segura e de acordo com a cultura”, finaliza.
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