Instituições de ensino têm papel fundamental na formação profissional dos jovens
O caminho do mercado de trabalho é cheio de obstáculos, possui alguns atalhos, mas, na maioria das vezes, parece uma estrada sem fim. O jovem profissional deve investir em seu marketing pessoal e aprendizado constante para estar um passo à frente de muitos profissionais. Instituições governamentais e entidades privadas auxiliam e investem em programas para a contratação de estudantes dos níveis superior e técnico, assim como de recém-formados. Com isso, cria-se uma oportunidade para o jovem expandir o seu desenvolvimento.
As instituições de ensino também apresentam um papel muito importante no desenvolvimento curricular do jovem. Para o psicoterapeuta e professor Leo Fraiman, acreditar que a faculdade não faz o aluno, é uma mentira. Segundo o professor, está comprovado que apenas 1% das universidades oferecem recursos aos jovens para um bom desenvolvimento profissional. As outras 99% não favorecem em nada a empregabilidade do estudante.
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Já para a psicóloga Marisa da Silva, as escolas devem ensinar o jovem a pensar, refletir, desenvolver o espírito crítico e curiosidade para novas aprendizagens. Poderiam ajudar a relacionar matérias teóricas com a prática, com a realidade do mercado e do mundo em que vivemos afirma Marisa. Nesse caso, as instituições auxiliariam o jovem a ter consciência do seu papel na sociedade, a buscar formas para canalizar suas potencialidades e enfrentar os obstáculos da vida. |
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MARISA DA SILVA
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Outro fator importante para a carreira profissional é o currículo. Segundo Marisa, no caso de jovens com pouca experiência, ele influencia no conteúdo das informações. Desta forma, realizar algum tipo de trabalho acadêmico, mesmo sem vínculo empregatício, pode ser um diferencial competitivo. O aprendizado de outra língua e o domínio de algumas ferramentas de informática contribuem para seu destaque, complementa a psicóloga.
Em um processo seletivo o que mais conta são as habilidades e competências do candidato. Quando uma empresa percebe que o jovem tem curiosidade, gosta de aprender, é comprometido e tem indícios de amadurecimento, tais fatores podem compensar a falta de experiência. Não adianta alguém ter muitos conhecimentos se não conseguir levar um trabalho a sério, afirma Marisa.
Para Leo Fraiman, é importante compreender a diferença entre emprego e trabalho. O primeiro é a formalização de uma atividade. Já o trabalho envolve o conhecimento específico de alguma área. Hoje, em todo o mundo se fala da escassez de emprego. Por isso, as pessoas - principalmente os jovens - devem buscar a melhoria da sua empregabilidade.
Segundo Marisa, essa é a chave para abrir as portas do trabalho. Cada vez mais profissionais que trabalham com orientação de carreira falam em empreendedorismo, seja exercendo atividade própria ou empreendendo dentro de uma empresa. No segundo caso, o profissional se envolve com o negócio e cria oportunidades para o seu crescimento e da organização na qual está inserido. Com o trabalho é possível ter seu negócio próprio, atuar como profissional liberal, em consultoria, atividade acadêmica, militar ou religiosa, ressalta a psicóloga.
Além disso, com o fenômeno da globalização a tecnologia se torna presente, tanto para facilitar e agilizar processos como para inseri-los em um mercado mais competitivo. De acordo com Marisa, atualmente é comum ela tomar o lugar das pessoas nas organizações. Desta forma, para aumentar a empregabilidade os profissionais também devem acompanhar a evolução tecnológica através de cursos e da busca por mais informações sobre o mercado de trabalho.
Carlos Henrique Mencaci, diretor de TI do NUBE Núcleo Brasileiro de Estágios, por exemplo, destaca que muitas empresas esperam que o aumento de receita venha do marketing, qualidade de produtos e serviços, além dos preços. Reduzir despesas com a tecnologia é reduzir o tempo gasto em processos que podem ser automatizados, afirma. No cenário atual todos precisam de informações rápidas, precisas e seguras.
Fraiman ainda ressalta que a principal característica para o crescimento da empregabilidade é a autodeterminação, porém ela é apenas um ponto de partida. Segundo ele, esse espírito deve existir por toda vida. A empresa busca um jovem que traga soluções, finaliza o professor.
