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Uma pesquisa feita pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostra que apenas 14,87% dos jovens que se formaram entre 2019 e 2020 conseguiram empregos em suas respectivas áreas de formação. O último levantamento havia sido divulgado em 2019, tomando como base os graduados de 2014 a 2018. Na época, 27,02% haviam conseguido ingressar no mercado em menos de 3 meses, o que indica uma redução de 44,96%.

A gerente de recrutamento e seleção Helenice Resende conta que, mesmo antes da pandemia, o país já passava por uma situação delicada no que se refere à empregabilidade. “O desemprego já atingia níveis altos. As causas são complexas e estão relacionadas a questões econômicas, políticas e sociais. Nos últimos anos cresceu o número de pessoas formadas no ensino superior, enquanto a quantidade de postos de trabalho diminuiu”.

No entanto, ao que tudo indica, a pandemia agravou o quadro. “Isso ocorreu devido à incerteza da economia e o fechamento de vagas. Algumas empresas que se mantiveram, ficaram com receio de abrir novas posições nesse momento de instabilidade e, com isso, os mais jovens foram as maiores vítimas da alta do desemprego no país”.

Para Helenice, o cenário pode começar a melhorar no segundo semestre. “As expectativas são boas, principalmente pelo avanço da imunização. Porém, com a atual instabilidade econômica, é provável que não tenhamos uma redução considerável na taxa de desemprego”.

A especialista acrescenta que a vacinação poderá abrir novas oportunidades e, assim, os inativos voltarão a procurar emprego. “Isso pode equiparar os números, entretanto, para aumentar a taxa de empregabilidade dos recém-formados, é importante criar postos de trabalho voltado para esse público, uma vez que a crise de empregabilidade entre os jovens é um problema antigo”.

É possível se destacar?

A especialista em gestão de pessoas, Helianna Lourenço, afirma que enxerga um cenário onde é fundamental que o recém-formado esteja apto às novas oportunidades que estão por vir. “Se destacar no mercado é primordial para a sustentabilidade da carreira escolhida. Sendo assim, é importante desenvolver networking, principalmente, com os colegas de turma, professores ou com antigos e atuais colegas de trabalho. Além disso, mantenha uma constante atualização na área escolhida como cursos livres e de extensão, leitura de textos de referências na área, pós-graduação, etc”.

A especialista ainda indica que as redes sociais podem e devem ser usadas, mas da forma correta. “A pessoa deve fazer uma exposição positiva de si nas redes, principalmente no LinkedIn, que já é voltado para isso. Outra coisa importante é ter uma postura adequada em entrevistas de emprego, expressões formais e trajes próprios à vaga pleiteada”.

Formada desde o primeiro semestre de 2020, a publicitária Julia Mercarini não conseguiu uma vaga em sua área. “Fiz dois estágios enquanto estudava, mas eles terminaram em 2019 e não fui contratada. Atualmente, trabalho como atendente. Tento não desanimar, pois sei que o mercado está difícil e tem muita gente enfrentando uma barra. Pode não ser o emprego dos meus sonhos, mas pelo menos tenho um”.

Para não perder o pique, ela segue estudando e se atualizando. “Na internet tem muita coisa. Só fica parado quem quer. Já fiz vários cursos on-line desde que a pandemia começou, sendo pelo menos 80% deles de forma gratuita. Vejo isso como um investimento para a futura carreira que sei que vou conseguir”, conclui.

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