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Encarar uma oportunidade profissional além das fronteiras é o sonho de muitos, mas também vem com algumas aventuras. A adaptação cultural e até mesmo as diferenças na forma de se expressar exigem resiliência, flexibilidade e jogo de cintura. Veja algumas dicas para facilitar essa transição, neste Minuto Carreira.
Barreiras linguísticas: além de falar, se expressar bem
“Para mim, existem dois principais desafios para trabalhar fora do país. O primeiro, obviamente, é atuar em uma língua diferente da sua. Então, são muitas nuances do dia a dia onde as pessoas têm muita dificuldade. Você pode conduzir uma conversa em português, mas e liderar uma reunião, falar sobre a sua área, desafiar, discutir? Como argumentar algo em outro idioma? Então, eu tive essa dificuldade no começo”, aponta Vinícius Zamperlini, especialista em expatriação e fundador do programa W.A.R. Para ter fluência é preciso compreender expressões, variações regionais e, principalmente, comunicar ideias de maneira assertiva. O desenvolvimento dessas habilidades demanda tempo e prática contínua e, nesse ponto, a maioria enfrenta inseguranças.
Segundo um levantamento da EF English Proficiency Index, o Brasil ocupa apenas a 81ª posição entre 116 países no ranking de proficiência em inglês, caindo 21 posições em relação a 2023. Apesar de ser uma tendência global, considerando a queda de 60% dos analisados, isso pode pesar no ambiente corporativo, especialmente em reuniões de alto nível ou apresentações técnicas.
Diferenças culturais no ambiente de trabalho
Dividir um escritório com colegas de personalidades diferentes já é desafiador, imagine se cada uma das pessoas vem de um lugar e possui costumes totalmente distintos. Esse é outro obstáculo mencionado pelo especialista, mas é importante salientar: talvez seja a parte mais interessante!
“O principal desafio nosso, como brasileiro, é lidar com os costumes. Por exemplo, eu estou aqui na Holanda, mas trabalho com gente do mundo inteiro. Então, quando se abre essa porta, você trabalha com os holandeses, eles são muito diretos; os britânicos, já são menos. Vai atuar com o pessoal da Ásia, com uma outra cultura”, exemplifica o especialista, a respeito das particularidades das nacionalidades.
O choque cultural é uma realidade para quem atua fora do país. A Hofstede Insights mostra: o Brasil tem pontuações bem díspares da Holanda em fatores como individualismo, 36 contra 100 pontos, respectivamente; aversão à incerteza (76 contra 53) e motivação (49 contra 14). Isso se traduz em diversas situações práticas na rotina: desde como dar e receber feedback até o ritmo de produtividade e a estrutura das decisões.
Nos países baixos, por exemplo, a comunicação geralmente é direta e pragmática, enquanto por aqui a propensão é suavizar críticas e adotar uma postura relacional. Já os asiáticos valorizam a hierarquia e a coletividade, exigindo sensibilidade e empatia para a convivência ser harmoniosa e produtiva. “Existe a nuance cultural e da linguagem, mas essas duas questões acopladas eram exatamente o meu objetivo, eu queria passar por isso. Quem busca uma posição internacional também vai enfrentar isso, mas é gostoso de lidar e faz sentido para uma carreira em outro lugar, senão, você pode ficar no Brasil e ter os obstáculos dentro do nosso país”, conclui Zamperlini.
Apesar das dificuldades, diversos profissionais buscam experiências internacionais para crescimento pessoal e profissional. Morar no exterior proporciona o aprimoramento de soft skills, habilidades linguísticas, networking global e maior valorização no mercado. Segundo pesquisa do PageGroup, os salários lá fora são até 30% maiores, sobretudo em áreas como tecnologia, finanças e gestão.
Preparação é essencial para vencer as barreiras
Para seguir esse caminho, é preciso se preparar com antecedência. Além de investir no domínio da língua, é imprescindível estudar as especificidades culturais, desenvolver inteligência emocional e estar aberto a novas formas de pensar e operar.
- Faça cursos de idiomas com foco em conversação e negócios;
- Participe de comunidades e grupos on-line com expatriados;
- Consuma conteúdos sobre o seu destino (filmes, podcasts, notícias);
Estar em outras terras envolve dificuldades reais, mas também abre portas para oportunidades transformadoras. Ao entender e encarar essas barreiras com planejamento, curiosidade e coragem, é possível construir uma trajetória rica em aprendizados e conquistas. Quem encara isso de frente colhe os frutos de uma experiência verdadeiramente universal.
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