Atualmente, a Geração Z está adentrando o mercado de trabalho e enfrenta certos desafios - sobretudo pela denominação “nem-nem”, a qual se refere a quem não estuda e nem trabalha. No entanto, é preciso olhar com cuidado para essas pessoas e não generalizar as características negativas, pois também são reconhecidas pela criatividade e conhecimento diversificado. Portanto, quais benefícios eles podem oferecer?
É comum para as gerações mais velhas enxergar as anteriores como imaturas e indecisas. Em outro momento, os Millennials já foram considerados muito difíceis de lidar, chamada de “Me Me Me Generation” pela revista Times, em 2013, referenciando o perfil narcisista desses profissionais. O estigma passou e hoje é direcionado a quem nasceu entre a década de 90 e 2010. Porém, é necessário vencer essa questão. “Eu vejo muitas vantagens em trazer jovens para compor o quadro. A primeira delas é a oportunidade de ter uma visão nova, completamente diferente, sobre os processos e situações. Isso representa, para o gestor, uma grande chance de aprimorar as habilidades de desenvolvimento”, aponta Leila Santos, coach e especialista em comportamento.
Segundo um estudo da Flash, em parceria com Fundação Getúlio Vargas e o grupo Talenses, o índice de engajamento de quem estava nessa faixa etária era de 48%. Cabe às empresas compreenderem como o mundo corporativo deve se adaptar às demandas de seus novos membros: eles valorizavam a adaptabilidade, pluralidade e bem-estar. Ainda conforme a pesquisa, 59% se motivavam pelo vislumbre de crescimento e 57% por boas práticas na gestão. “É uma ótima ocasião para aprimorar a capacidade de liderança dos mais experientes, quem pode mentorá-los na sua trajetória profissional”, completa Leila.
“Alguns pontos são muito importantes como, por exemplo, uma comunicação clara e transparente, promovendo vários feedbacks durante o ano daquele colaborador. Também, uma jornada flexível para trabalhar de forma híbrida ou remota. Algo essencial é poderem se desenvolver pessoal e profissionalmente, por meio de cursos, mentorias e workshops. Seguindo essas três dicas, os gestores certamente cativarão essas pessoas”, orienta Priscila Lopes, gerente de talentos e cultura no Banco Mercantil. Não obstante, a perspectiva de evolução foi prioridade para 59% dos indivíduos, junto da versatilidade (48%), saúde mental e bem estar (42%) e inclusão (26%).
As prioridades mudaram e a esfera laboral precisa ser um fator confortável para os futuros trabalhadores. Além de um ambiente benigno, eles almejam motivação e possibilidade de impacto, proporcionando a sensação de serem, realmente, relevantes em suas posições. “Os candidatos de hoje em dia buscam esse propósito de pertencerem a algo maior. Eles se adequam muito mais à cultura da diversidade e flexibilidade. Quando esses aspectos estão conectados à sua nova equipe, eles produzem melhores resultados”, conclui Alexandre Slivnik, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD).
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