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Quando falamos sobre diversidade e inclusão (D&I), precisamos entender primeiro o conceito de multiculturalismo. É a relação de inúmeras culturas em um mesmo espaço, sendo causada pela globalização e dinâmicas sociais atuais. É sobre misturar diferentes povos e criar uma espaço mais abrangente, miscigenado e ainda mais completo.

Lembrando da infância

Uma das nossas brincadeiras favoritas de infância é “queimada” (ou queimado, dependendo da sua região), mas quando o nosso time é composto por apenas pessoas rápidas para fugir da bola, não conseguimos acertar o adversário. Por isso, precisamos de um jogador forte para acertar o alvo, um com boa mira para atingir o inimigo e assim por diante. Na vida e no mundo corporativo as coisas também funcionam dessa forma, ou pelo menos, deveriam. Experiências distintas amplificam o nosso desempenho.

Agora, já entendemos a importância de uma equipe mista, porém a pauta não é sobre potência ou rapidez. No mundo real e adulto, nossas diferenças são maiores e nem sempre respeitadas. Racismo, homofobia, machismo, intolerância religiosa, discriminação de pessoas com deficiência, transfobia, gordofobia, xenofobia e antissemitismo são alguns exemplos de preconceitos mais comuns.

Múltiplas perspectivas

Para Cris Kerr, CEO da CKZ Diversidade, “quando a gente traz pessoas plurais, são novas perspectivas e ideias diferentes. Isso vai fazer a tomada de decisão ser melhor. Conseguimos mais inovação e resultados positivos.” Assim, as instituições e seus colaboradores precisam entender o valor do acolhimento e aceitação para conseguirem enxergar essas vantagens e transformarem seus produtos ou serviços.

Dados e mais dados

A consultoria global McKinsey realizou um estudo chamado “A diversidade como alavanca de performance”, originalmente de 2014 e refeito em 2017, sendo realizado em mais de mil entidades em 12 países. A pesquisa confirmou: firmas com maior variação étnica e de gênero são 33% mais propensas a uma melhor performance. Outros dados do estudo referem-se às organizações com D&I de gênero entre seus executivos. Sendo 21% mais favorável a ter uma rentabilidade acima da média. Dessa forma, é possível ver a dimensão dos benefícios.

Na voz da especialista

Letícia Nascimento, autora do livro Transfeminismo, falou um pouco sobre isso e declarou: “mulheres, pessoas LGBTQIA+, travestis e transexuais passam por exclusões, impedindo-os de terem o melhor currículo. Assim, eles acabam perdendo uma vaga de emprego. Esses colaboradores vão chegar com deficiências na nossa empresa, mas nós queremos D&I, então vamos criar um programa de acompanhamento orientando-os a crescer.” A especialista ainda complementa reforçando sobre o poder de programas educativos, palestras e formações para todos os funcionários, visando estruturar uma cultura organizacional.

Experiência e vivência

Ao ser questionado sobre como se sente em trabalhar em um local acolhedor, Lucas Guimarães, estudante de jornalismo da Universidade Federal de São João del-Rei e jovem com baixa visão, refletiu sobre as dificuldades vividas por pessoas com deficiência. Ele falou sobre a questão dos espaços não serem preparados. Ainda citou o quão desgastante isso é. “Se o ambiente se propõe a ser esse espaço acolhedor, quando se toma essa iniciativa, para a gente é um peso e um desgaste a menos.” complementou.

Não dá para perder mais tempo


Os prós são infinitos e as estatísticas apenas reforçam isso. A necessidade da indústria abraçar essa causa é urgente. Os seres humanos precisam ser respeitados, vistos, valorizados e desejados pelo mercado, não sendo relevantes os fatores externos ao seu desempenho. Já passou da hora de nos integrarmos. As companhias precisam criar campanhas de acolhimento, programas de integração, investir em palestras e sessões educativas. Ninguém é igual a ninguém, todos temos nossas particularidades e essa questão deve ser aceita.


Quer mais dicas de como mudar seu time? Assista esta matéria e garanta uma nova visão!


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