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Quantas vezes você se encontra nesse ciclo interminável de autocrítica e de reavaliação constante? Quantas vezes se pega refletindo sobre cada detalhe, cada mínimo deslize, cada imperfeição?

Você se identifica com essas características? Questiona-se se pode ser um perfeccionista? Se sim, saiba que não está sozinho. Muitos compartilham desse traço de personalidade, às vezes moldado desde a infância por expectativas irreais ou padrões inatingíveis impostos por pais, professores ou mesmo pela sociedade.

Como resultado, na vida adulta, a pessoa pode se tornar excessivamente crítica consigo mesma, incapaz de aceitar qualquer coisa que não seja a perfeição. Inclusive o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) fez uma pesquisa e perguntou: “você é perfeccionista?”.

Como resposta, 43,95% dos quase 50 mil entrevistados apontou que faz de tudo para concluir suas tarefas sem nenhum erro. Um levantamento semelhante foi feito pela Fundação Getúlio Vargas e 73% dos profissionais brasileiros relataram ter traços perfeccionistas.

No entanto, o perfeccionismo, apesar de muitas vezes ser visto como uma qualidade, pode ser um poderoso sabotador, tanto na vida pessoal quanto profissional. Estudos como os realizados pela Universidade de Chicago alertam para os perigos do perfeccionismo, associando-o a um maior risco de desenvolver depressão e ansiedade, especialmente entre aqueles que são autocríticos.

E se isso não bastasse, uma pesquisa da Universidade de York revela uma ligação preocupante entre o perfeccionismo e a procrastinação, além de um impacto negativo na autoestima.

Até mesmo no ambiente profissional, conforme apontado pela Universidade da Califórnia, o perfeccionismo pode levar ao Burnout, especialmente quando combinado com altos padrões e uma crença inabalável no sucesso baseado apenas no esforço pessoal.

Essas descobertas fazem refletir sobre o impacto negativo do perfeccionismo. Quando uma pessoa se torna refém desse padrão elevado e irrealista, acaba se distanciando dela mesma e de seus objetivos. Deixa de agir, de arriscar, de se permitir falhar e aprender com os próprios erros.

O perfeccionismo paralisa. Impede de avançar, de crescer, de se tornar quem realmente se quer ser. Fica fácil se sentir preso em um ciclo vicioso de auto exigência, buscando incessantemente a perfeição em tudo que se faz, mas nunca se sentindo satisfeito e bom o suficiente.

Então, o que é possível ser feito para lidar com esse sabotador do perfeccionismo? Primeiro, é importante se auto-observar, identificar em quais áreas da vida o perfeccionismo está fora de controle. O segundo passo é aprender a delegar tarefas que não dependem exclusivamente da própria pessoa, permitindo que outros assumam responsabilidades e ajudem a soltar o controle.

Além disso, é fundamental cultivar uma mentalidade de aceitação e resiliência, aprendendo a valorizar o progresso em vez da perfeição absoluta. O segredo é se permitir cometer erros, aprender com eles e seguir em frente. E, acima de tudo, praticar a autocompaixão, substituindo o diálogo interno crítico por pensamentos positivos e construtivos.

Lidar com o perfeccionismo não é fácil – inclusive, essa é uma das características de quem sofre com a Síndrome do Impostor – mas é essencial para a saúde mental e bem-estar. Reconhecer suas armadilhas e aprender a lidar com elas pode ser a chave para uma vida mais equilibrada e realizada, livre das amarras do ideal inatingível da perfeição.

Precisamos aprender a abraçar nossa imperfeição, reconhecendo que é justamente ela que nos torna humanos, que nos faz crescer e evoluir. E, ao fazer isso, podemos finalmente nos libertar das amarras do perfeccionismo e viver uma vida mais autêntica, mais plena e mais feliz.

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