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Além de afetar a economia e a renda dos trabalhadores brasileiros, a pandemia também impactou o mercado de estágio para os estudantes universitários no país. Um levantamento feito pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostra que a oferta de vagas foi bruscamente impactada no primeiro trimestre da pandemia em 2020, com quedas de 92% em abril, 83% em maio e 63% em junho, em relação aos mesmos períodos de 2019.

Após um ano de Covid-19, com um cenário mais otimista de recuperação das empresas, essa redução chegou a 7% em março deste ano. Em Minas Gerais, essa queda foi de 35% em 2020 e 15% em 2021, conforme dados do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Segundo Rejaine Cristina de Almeida, gerente de Educação Executiva e hub de carreiras do IEL-MG, o principal motivo dessa queda na oferta de vagas foi a incerteza das organizações sobre os rumos da pandemia.

“No primeiro trimestre do ano passado, houve uma incerteza diante daquele cenário, que causou pânico, e as empresas paralisaram mesmo. Naquele momento, a prioridade era no sentido organizacional do negócio, de continuar atendendo seus clientes, suas operações com várias restrições e verificar como a empresa iria zelar pela segurança dos seus funcionários. Então, os programas de estágios ficaram muito prejudicados e, por questão de prioridade, os estagiários passaram a ficar em segundo plano”, diz.

Segundo o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), atualmente o Brasil tem 1,5 milhão de jovens aguardando uma oportunidade de estágio, diante de 161 mil vagas abertas no país até março deste ano. Em Minas, o IEL tem cerca de 7.200 estudantes cadastrados com 1.100 ofertas de estágio disponíveis até o momento.

Para Rejaine de Almeida, o mercado de estágio no Estado sofreu, mas está sendo retomado aos poucos. “Avalio o mercado de estágio como um reflexo imediato do mercado de trabalho. É natural que, com o mercado de trabalho sendo impactado, há também um impacto grande nas ofertas de estágio. Depois que as empresas voltam a se organizar, há até um aumento (nas vagas), porque elas acabam vendo esse tipo de vínculo como um benefício para todas as partes”, diz.

Um exemplo da retomada na oferta de oportunidades de estágio é o caso da estudante de designer gráfico Isabela Miranda de Aguiar, 22. Cursando o primeiro período do curso de tecnólogo, ela foi contratada como estagiária em uma agência de comunicação e marketing de BH, em maio, após decidir que precisava buscar experiência.

“Eu saí na cara e na coragem do emprego onde eu trabalhava e fui buscar uma vaga de estágio na área de criação. Considero-me sortuda porque vejo o pessoal da minha sala com dificuldade de conseguir estágio”, conta Isabela, que executa as atividades em home office.

Maioria em regime presencial

Uma pesquisa feita pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) mostra que, durante o primeiro ano de pandemia, 54% dos estagiários continuaram exercendo as atividades presencialmente, dentro dos protocolos de segurança, enquanto 46% executaram suas funções em trabalho remoto.

Essa é a realidade da estudante de publicidade e propaganda Nicole Marques, 22, que está no sexto período do curso e desde junho do ano passado faz estágio na área de marketing em uma loja especializada em assistência de celulares. “No começo da pandemia, quando as coisas começaram a fechar, no mês de março, eu fazia estágio em um shopping e fui desligada. Comecei a procurar outra oportunidade, mandei bastante currículo e tive sucesso aqui”, conta.

Segundo o levantamento do CIEE, 93% dos estudantes acreditam que o estágio é fundamental para o desenvolvimento profissional e, 92% dizem que a experiência é importante para a obtenção de um bom emprego. “Estou tendo oportunidades que muitas pessoas da minha sala não têm. No estágio eu tenho contato com o mercado de trabalho, isso é grandioso”, afirma Nicole.

A pesquisa foi feita pelo Ibope Inteligência de 3 de dezembro de 2020 a 4 de abril de 2021. Foram entrevistados pela internet 6.634 estagiários, de 538 organizações.

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