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A língua portuguesa ainda elimina centenas de candidatos na hora de um processo seletivo para o mercado de trabalho. Uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) aponta essa degradação. A pesquisa mostra que quatro em cada 10 candidatos não consegue a vaga por causa de erro no português. Os estudantes que apresentaram mais erros foram dos cursos de Design (73,50%) e Sistemas de Informação e Computação (53%). Os cursos de Turismo (96,70%), Economia (82,93) e Direito (82,60%) apresentaram bom desenvolvimento na língua portuguesa.

O teste foi aplicado na forma de ditado, com 30 palavras do cotidiano, como “exceção”, “textura”, “artificial”, “autorizar”, “licença”, “desperdício” e “sucesso”. Era considerado reprovado quem cometesse mais de sete erros. No total, 3.111 candidatos (37,9%) foram eliminados. De acordo com coordenador de seleção do Nube, Erick Sperduti, o acesso à tecnologia e as correções automáticas de textos, dificulta a boa lingüística.

“Com o fácil acesso à tecnologia e condições de correções automáticas de texto, pesquisar informações resumidas sem a necessidade de fazer uma busca integral sobre determinado assunto, dificulta o enriquecimento do vocabulário e a organização linguística. Assim, alguns se condicionam muito com esse tipo de 'escrita encurtada' e acabam por cometer erros, tanto na elaboração de algum texto, quanto no envio de um simples e-mail profissional”, disse.

Para Erick, o grande problema está na mentalidade do brasileiro em não praticar o hábito da leitura. “Afinal, existem incentivos, tanto do governo como do próprio mercado. Durante a seleção, por exemplo,  sempre orientamos a explorarem diferentes títulos como forma de demonstrar interesse e domínio por conhecimentos gerais, além de melhorar os resultados em testes ortográficos e redações”, analisa o especialista.

Segundo o coordenador, para essa realidade mudar é preciso de compreensão de limitações educacionais por parte dos estudantes. “Uma maior conscientização das pessoas com relação às suas reais limitações. Além disso, programas de incentivo à leitura em todos os níveis sejam no ensino básico, médio ou superior. Pois, sem isso, o jovem acaba sendo o maior prejudicado ao tentar ingressar no mercado de trabalho”, comentou.

 

Melhor desempenho

Um recorte da pesquisa traz as mulheres com melhor desempenho, porém ainda longe do ideal: 34,52% não passaram. Já entre os homens, o número foi maior: 41,34%. Na sequência, um dado merece atenção: os mais novos, com idade entre 14 e 18 anos, apresentaram o pior resultado, com 60,16% de desclassificados. O índice também é alto nas outras faixas, entre 19 e 25 anos (37,27%), de 26 a 30 anos (40,61%) e acima de 30 anos (39,53%).

 

A pesquisa foi realizada durante o ano passado e 8.208 candidatos participaram desse teste.

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