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O Nube realizou uma pesquisa, entre janeiro e dezembro de 2013, para saber quais as principais competências exigidas pelas empresas no momento da seleção de seus estagiários. Foram analisados 13.647 candidatos, para 913 vagas diferentes em todo o país.

O estudo englobou diversas carreiras e oportunidades de todos os níveis. Estudantes de ensino médio foram convocados para 4,3% desses processos seletivos, técnico (4,7%), superior e tecnólogo (91%). Comunicação e Trabalho em Equipe são as aptidões mais consideradas durante uma dinâmica de grupo.

Português, comprometimento e postura foram apontados como as características cobradas por 100% das organizações. “Ou seja, quem não tem domínio da língua nativa, não se comporta da maneira esperada pelo mercado de trabalho e mostra desinteresse, já nem passa para as demais etapas”, afirmou Erick Sperduti, coordenador de recrutamento e seleção do Nube.
Quem alcança o resultado positivo nos três itens é então avaliado, principalmente, por suas competências, solicitadas por 87,6% das corporações em vagas para universitários. As mais avaliadas: trabalho em equipe (67,9%), iniciativa (63,7%) e comunicação (54,5%).

“Essas são habilidades essenciais. Os colaboradores são o principal cartão de visitas em uma empresa. Por isso, comunicar-se bem é imprescindível. Ser proativo e saber ouvir a opinião dos demais, bem como conseguir executar suas tarefas em congruência com o grupo é o grande diferencial de um time eficiente ou não”, explica Sperduti.

Já dos alunos de nível médio e médio técnico, espera-se além de comunicação (58,3% e 54,3% respectivamente) e trabalho em equipe (37,5% e 51,4%), muita orientação para análise (mais de 70% para ambos). Ou seja, saber lidar com dados e detalhes.
Em seguida, vem as exigências por informática. Ao todo, 67% das vagas pedem, pelo menos, o pacote Office para graduandos, 39,5% solicitam o mesmo para os estudantes de médio técnico e 38,5% para quem está no ensino médio.

Idiomas entram na lista para candidatos do nível superior e técnico. Inglês é o principal e é cobrado por 57,2% das organizações em busca de universitários. Porém, 6,7% delas também pedem conhecimentos em espanhol. Já estudantes do técnico, devem desenvolver a língua inglesa, se quiserem ter as portas abertas em mais de 23,3% das corporações.

“O domínio das plataformas tecnológicas e dos idiomas não é surpresa. Vivemos em um mundo globalizado e procuramos cada vez mais avanços. Por isso, quem quiser sair na frente dos demais, precisa se preocupar em cumprir esses requisitos desde cedo. Afinal, quanto antes o aprendizado for adquirido, mais fácil será de trabalhá-lo no mundo corporativo”, analisa o coordenador.

A pesquisa mapeou o índice de ausências nas seleções. “As faltas alcançaram 39% no ano, ou seja, 8.892 candidatos deixaram de comparecer, demonstrando um alto índice de desinteresse. Isso é negativo para quem quer uma colocação no mercado”, conclui Sperduti.

Atualmente, o número de estudantes aptos a estagiar no Brasil é de 16,3 milhões, segundo o último censo do Inep/MEC. Contudo, apenas 1 milhão conquista uma colocação, segundo pesquisa da Abres - Associação Brasileira de Estágios. A grande concorrência demanda candidatos mais dedicados e capacitados para ter sucesso em processos seletivos.

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