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Redução, que era creditada à nova lei do estágio, agora é atribuída à recessão

A crise econômica já mostra seu impacto sobre os estágios. O sonho de colocar a teoria em prática e se preparar para o mercado de trabalho torna-se realidade para um número cada vez menor de pessoas. Segundo dados da Associação Brasileira de Estagiários (Abres), só em Minas Gerais, o total de vagas disponíveis no primeiro trimestre de 2009 caiu 31% com relação ao mesmo trimestre do ano passado. Essa redução, que a princípio foi vista como consequência das novas regras nos estágios, já é apontada pelos especialistas como mais um resultado negativo da recessão econômica.

O primeiro trimestre, classificado pela Abres como "a" temporada dos estágios por ser a melhor época para se conseguir um, foi afetado. Em Minas Gerais, o número de vagas disponíveis no primeiro trimestre de 2008 era de 28,1 mil, sendo 19 mil para o ensino superior e 9.100 para o ensino médio. Agora, para o nível superior estão disponíveis 13 mil vagas e 6.230 no nível médio. Já no Brasil, o número de estágios para todos os níveis no primeiro trimestre de 2009 era de 150 mil, enquanto no ano anterior era de 220 mil.

O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) é uma das instituições que está sentindo na pele essa redução de vagas. Desde setembro, quando as vagas começaram a diminuir, a empresa de colocação profissional sofreu uma mudança na distribuição dos estagiários.

O número de vagas para o ensino médio caiu 60%, as de ensino superior reduziram 14% e, para nível médio técnico, subiram 52%. O movimento mostra que os técnicos estão substituindo os demais estudantes nas vagas de estágio. O presidente do Nube, Carlos Henrique Nencaci, explica que essa forte redução no nível médio foi por causa da determinação da nova lei de estágios, de reduzir o número máximo desses estagiários por empresa.

Já as oportunidades para estudantes de nível superior foram cortadas pela crise. "A nova lei de estágios não tem responsabilidade nisso agora porque, depois que saiu a cartilha explicando como ela seria, os empresários perderam o medo de contratar", explica.

O superintendente do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE-MG), Sebastião Alvino Colomarte, explica que, no início havia um receio por parte dos empresários quanto às mudanças ocorridas na legislação, mas agora esse medo foi superado. Com a recessão, ninguém está investindo, nem contratando. Quando a empresa tem que mandar alguém embora, o primeiro a ir é o estagiário", afirma Sebastião Colomarte.

Profissional liberal ainda teme a lei

Mesmo podendo contratar estagiários desde a instituição da nova lei de estágios, os profissionais liberais ainda não estão utilizando essa mão- de-obra.

O presidente do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), Carlos Henrique Nencaci, conta que nada mudou. Para ele, a principal causa disso é a falta de informação.

“Falta divulgação, as pessoas não sabem se podem ou não contratar. Temos que fazer um marketing dirigido para mudar o hábito dos profissionais liberais”, afirma.

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