Fofocas disfarçadas de comentários inocentes, indiretas em reuniões e competições prejudiciais são situações comuns no ambiente profissional. No entanto, a falta de limites pode comprometer o desempenho e o bem-estar emocional. Então veja, nesta matéria, como lidar com esses desafios.
Existem colegas tóxicos no trabalho?
Segundo pesquisa realizada pela plataforma Kickresume, 85% dos profissionais já tiveram colegas inconvenientes. Entre eles, 58% relataram queda na produtividade como consequência direta desse tipo de convivência. Já em um estudo da consultoria Fellipelli, em parceria com a OPP, os brasileiros gastam, em média, 1,9 hora por semana apenas resolvendo conflitos, isso equivale a cerca de 11 dias úteis por ano perdidos em desgastes interpessoais.
Como lidar com pessoas tóxicas no ambiente de trabalho?
Em uma pesquisa realizada pelo Nube - Estagiários e Aprendizes, os participantes mostraram como lidam com pessoas difíceis no ambiente corporativo. Segundo os resultados, 62,05% mantinham respeito, mesmo sem ter afinidade; 33,81% tentavam compreender o outro se seus motivos; 3,63% evitavam ao máximo ter contato e somente 0,51% batem de frente e mostram insatisfação.
Diante desse cenário, desenvolver inteligência emocional e habilidades para lidar com conflitos é essencial para maturidade, preservar a saúde mental e crescer na carreira. Dessa maneira, o psicólogo Wanderley Cintra Jr., especialista em comportamento no ambiente de trabalho, compartilha seis estratégias práticas para lidar com isso. Confira:
1.Foque em soluções, não em culpados
No caso de um conflito, é mais produtivo buscar alternativas para resolver a situação em vez de alimentar o embate. Quando o foco muda da crítica para a solução, o ambiente se torna mais colaborativo.“O erro é insistir em quem tem razão. O profissional maduro busca resolver e seguir em frente. Focar na solução fortalece a imagem de alguém cooperativo”, observa Wanderley.
2.Controle as emoções
Foque no seu comportamento. Quando alguém anda espalhando comentários negativos ao seu respeito, não entre em conflito, mas reforce, com consistência, como aquilo não combina com quem você é. “Falar mal dos outros infelizmente é comum no ambiente profissional. Porém, o importante é seguir mostrando o contrário com as suas atitudes. Ao agir com ética, respeito e entrega, quem importa, ou seja, líderes, pares, clientes, vão perceber a diferença”, comenta o especialista.
3.Escuta ativa e empatia
Ouça de verdade. Muitas vezes, a outra pessoa só precisa se sentir ouvida para baixar a guarda. Escutar sem interromper, tentar entender o ponto de vista alheio e fazer perguntas para aprofundar o entendimento ajuda a construir pontes. “Empatia não significa concordar com tudo, mas compreender a lógica do outro. Muitas vezes, por trás de um comportamento difícil existe insegurança ou frustração. Quando a gente oferece atenção, a tensão tende a cair”, explica.
4.Evite conversas informais
Quando as dificuldades são constantes, ignorar não é viável e enfrentar o tempo todo pode ser exaustivo. Nesse caso, o melhor caminho é estabelecer uma rotina de convivência baseada em limites claros, documentação e foco nos objetivos em comum.“ Se a relação começa a afetar a produtividade e o clima da equipe, o ideal é manter a comunicação registrada e objetiva. Evite conversas informais sobre questões delicadas e opte por alinhamentos por e-mail ou em reuniões com a presença de mais pessoas. Isso protege você e ajuda a manter o foco no trabalho”, orienta Cintra Jr..
5.Comunicação clara e assertiva
A assertividade permite expressar opiniões e sentimentos sem passividade ou agressividade. “Dizer, por exemplo, ‘gostaria de concluir meu raciocínio antes de você iniciar a fala’, durante uma reunião é mais eficaz. Essa atitude protege seus limites sem gerar agressividade”, pontua o especialista.
6.Busque apoio quando for necessário
Nem todo conflito pode, ou deve, ser resolvido individualmente. Quando há ofensas, assédio ou reincidência, é hora de envolver a liderança ou o setor de Recursos Humanos. O profissional precisa reconhecer quando uma situação saiu do controle e precisa de mediação formal.
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