No mundo empresarial, a busca por métodos eficazes de treinamento de colaboradores é constante, e a gamificação tem se destacado como uma abordagem inovadora. Essa é uma metodologia a qual utiliza de determinados elementos e lógica em contextos indo além do entretenimento. Logo, por meio de uma atividade seguindo esse viés, é possível estimular os estagiários e aprendizes, com o intuito de atingir metas com impactos positivos concretos. Nesse cenário, é uma proposta flexível, a ser adotada em diferentes contextos, objetivos e públicos, com diversos propósitos, porém, agora falaremos mais no sentido da capacitação profissional. Entenda mais sobre o assunto!
A diversão dos jogos unida com o aprendizado laboral
Em 2022, segundo pesquisa da PagSeguro, a região da América Latina contava com 316 milhões de jogadores, movimentando U$8.4 bilhões em volume de vendas. Em 2021, o mercado de e-sports na América Latina representou US$7,2 bilhões. Trata-se de uma região a qual apresenta rápida expansão no setor, com uma taxa de crescimento anual composta de +19% entre 2020-2025 e um aumento acima da taxa global, apenas 13% para o período. O território é um importante player no cenário global, com um número crescente de equipes profissionais, além de torneios e jogadores.
Os jogos são particularmente interessantes na América Latina e estão permitindo a fácil monetização. A indústria está crescendo organicamente, impulsionada pelo aumento da aceitação de métodos de pagamento locais e com menor atrito nas operações, ajudando a reduzir o abandono do carrinho neste mercado. O Pix brasileiro é responsável por grande parte desse impulso, assim como as moedas digitais, um movimento gerado durante a crise da Covid-19.
Ciente disso e querendo aproveitar essas tendências, as empresas passaram a desenvolver formas de unir o amor da população pelos jogos com estratégias interessantes corporativamente. Dessa forma, nasceu uma nova maneira de causar interação, participação, envolvimento e animação com o serviço, no mesmo momento onde há uma aprimoração mútua. Assim, a gamificação surge como uma excelente alternativa de aproximação.
O que é gamificação?
Vindo do termo em inglês, gamification, o qual define o emprego de técnicas comuns aos jogos em situações fora deles, a expressão lida com características, normalmente, ligadas a games, porém adaptadas a um contexto distinto. Na maioria das vezes, tende a surgir com um potencial inovador, visando tornar uma tarefa mais prazerosa.
Comprovando como esse objetivo, de fato, pode ser alcançado com a estratégias, de acordo com um estudo da Deloitte, os programas de treinamento gamificados podem elevar a motivação dos funcionários em até 48%. Esse é um resultado o qual se traduz para um crescimento significativo, tanto na produtividade, quanto no desempenho.
Pode parecer algo completamente novo e distante do nosso cotidiano, mas, se pararmos para pensar, está enraizado na rotina hoje em dia. Isso porque, o conceito pode aparecer em programas de pontos de cartão de crédito, nas atividades do curso de educação a distância (EaD) e nas recompensas por metas alcançadas em departamentos de escritório. A partir de elementos como narrativa, desafios e prêmios, diferentes organizações aumentam o engajamento dos clientes internos e externos, elevando a fidelização e os lucros.
O potencial da estratégia no meio corporativo
Assim, entender o meio recreativo e usar de algumas das suas situações habitualmente pode ser um diferencial para gestores, empreendedores e lideranças com a meta de se aproximar do time. Da mesma forma, é uma excelente tática para potencializar ensinamentos dentro e fora das instituições.
“É notável o engajamento das equipes com os treinamentos, a automotivação dos colaboradores em aprender e a evolução dos conhecimentos técnicos quando falamos com os gestores. Estamos criando uma cultura de aprendizagem contínua e interativa”, comenta a coordenadora de business partner da Saint-Gobain, Tatiane Tung. Segundo a gestora, a firma decidiu implementar a proposta gamificada para equipes de todo o Brasil e teve os resultados positivos não somente quantitativos mas também qualitativos.
Com a expansão do home office, principalmente após a pandemia do coronavírus, as entidades se viram cara a cara com uma nova questão a ser tratada: como liderar um grupo com pessoas em todos os lugares do país e, até mesmo, no exterior? Se a missão é treinar os colaboradores em diversos estados, essa pode ser uma solução para aprimorar o desenvolvimento de ambos. “A iniciativa de implementar a gamificação nos treinamentos tem recebido feedback positivo por parte dos colaboradores, os quais valorizam a possibilidade de criar conteúdos específicos e personalizados de acordo com as necessidades”, esclarece Marcelo Sasaki, gerente de educação corporativa da Saint-Gobain Abrasivos.
O Metaverso ligado ao tema
A junção das duas estratégias pode fortalecer o ensino e as ações educacionais nos mais variados contextos, incluindo o organizacional. É possível seguir ambas com esse objetivo em comum, potencializando artimanhas. Ambas representam avanços na experiência dos usuários nas plataformas, oferecendo interfaces e atividades mais atraentes em comparação às soluções adotadas mais comumente. A variedade de recursos disponíveis nas disponibilizações eletrônicas enriqueceu os processos, permitindo às pessoas diversificarem os materiais e terem uma vivência mais dinâmica, em um formato de melhor agrado e assimilação das informações.
No contexto atual, o Metaverso tem ganhado destaque como uma realidade virtual compartilhada, onde os usuários podem interagir em ambientes imersivos e multidimensionais. Esse conceito, popularizado por empresas como Facebook e Epic Games, está se expandindo rapidamente e impactando diversos setores, desde jogos até educação e negócios.
A proposta é explorar como o metaverso, aliado à gamificação, está impulsionando uma nova forma de aprendizado, mais envolvente, lúdica e eficaz. Unidas, as ferramentas estão se entrelaçando para criar experiências de conhecimentos únicas, oportunizando formas de interação dos estudantes com conteúdos por meio de desafios virtuais, simulando situações do mundo real e desenvolvendo habilidades específicas de forma mais dinâmica e divertida.
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