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Como se capacitar para o mercado atual? 

Notícia | 07/06/2023

Rodrigo Barreto

Nos últimos anos, a sociedade enfrentou diversas transformações e, no mundo corporativo, não foi diferente. Surgiram novas tendências, demandas, soluções, profissões e habilidades valorizadas pelos líderes. Nesse contexto, muitos colaboradores passaram a se preocupar com a necessidade de se atualizar e, quem ainda busca ingressar no mercado, quer se preparar para estar capacitado e corresponder às expectativas das contratantes.

Muita gente está preocupada com o futuro da carreira

A nível mundial, a população em geral está temerosa em relação à possibilidade de perder seus empregos em um futuro próximo, devido às demissões em massa. De acordo com pesquisa da YouGov, quase metade dos entrevistados globais expressaram preocupação com o rumo de suas carreiras desde setembro de 2022.

Na América Latina, a situação é ainda mais crítica. Não apenas a taxa alcança 72%, superando a média global de 49%, mas a região já possuía a maior porcentagem de pessoas desempregadas antes mesmo da onda negativa. No entanto, a situação varia ligeiramente em cada um dos países. No Brasil, a proporção de trabalhadores em tempo integral é a segunda maior da região, atingindo 53% até janeiro de 2023.

A Colômbia está em uma posição semelhante, com 46%, na frente da Argentina, com 44%. "Em termos líquidos, essas nações possuem uma porcentagem menor de funcionários remunerados em relação aos demais", comenta o diretor-geral da YouGov na América Latina, David Eastman. Ainda, 12% dos remunerados afirmaram trabalhar no setor educacional. No entanto, hoje, apenas 9% de quem atua em tempo integral ou meio período mencionam essa área. Ou seja, as demissões superaram as contratações entre professores, docentes, gestores e outros cargos relacionados no último ano.

A boa comunicação é cada vez mais valorizada

Com a adoção do modelo híbrido e remoto por muitas empresas durante e após a pandemia, os integrantes do mundo corporativo precisaram se adaptar a novas formas de comunicação. Lives, chats e chamadas se tornaram parte da rotina de muitos, mas, embora a tecnologia tenha se tornado uma aliada do home office, também pode ter comprometido a conexão com a equipe. Isso é indicado por um estudo sobre Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho realizado pela The School of Life em parceria com a Robert Half. Conforme o levantamento, a habilidade de comunicação está em questão, sendo a competência com maior defasagem entre os subordinados, ausente em 32% deles.

Segundo a especialista em aceleração de carreira executiva, Patricia Agopian, manter uma conversa engajada e próxima com o time é essencial para os líderes e uma das principais habilidades buscadas atualmente, devido ao modelo remoto. “Isso é determinante para um líder mostrar ao grupo como é gratificante fazer parte desse ciclo, enfrentar os desafios e contribuir com seus talentos e habilidades. Destacar o valor de cada um é fundamental para manter essa conexão. A equipe precisa se sentir parte de um propósito e despertar a sensação de legado e pertencimento”.

Em 2022, quatro dos dez cursos mais populares no Linkedin Learning eram relacionados a esse tema: Fundamentos da Colaboração em Equipe, Comunicação Interpessoal, Como se Comunicar com Confiança e Vieses Inconscientes. Para Patricia, é possível aprender essa competência e estabelecer conexões não apenas com subordinados, mas também com colegas e altos executivos. Para isso, os líderes precisam estar dispostos a desenvolver e demonstrar empatia, confiança e, acima de tudo, habilidades de escuta. "Não adianta o líder usar o Teams para se comunicar com um colaborador e receber resposta pelo WhatsApp ou por e-mail. Todos devem estar alinhados e utilizar a mesma ferramenta. Além disso, o gestor precisa encontrar o equilíbrio certo, não pode ser excessivamente insistente, bombardeando a equipe com mensagens e reuniões o tempo todo, mas também não podem se ver apenas uma vez por semana", ressalta.

Chame a atenção no LinkedIn

Conhecida como a maior rede social profissional, o LinkedIn foi lançado em 2003 e se concentra em negócios e empregos, operando por meio de sites e aplicativos móveis. No entanto, a página tem crescido cada vez mais e muitos recrutadores agora utilizam exclusivamente o LinkedIn para contratações.

Por meio dela, é possível conhecer os candidatos e seus currículos. Além de facilitar a conexão entre as partes, também oferece as melhores práticas corporativas e permite a publicação de conteúdos relevantes. Se destacar em meio a tantos perfis pode trazer grandes benefícios e oportunidades, sendo algo essencial nos dias de hoje. Para ajudar a entender como se destacar, o economista e fundador da Eu Me Banco, Fábio Louzada, apresenta algumas dicas:

Crie uma newsletter: os usuários podem se inscrever para receber notificações e e-mails quando o autor publicar um novo artigo.

Realize enquetes: conecte-se com os assuntos em destaque. Isso ajuda a atrair mais pessoas para o seu perfil.

Crie textos e utilize tabelas como referência: quanto mais organizada e explicativa for a tabela, maior será o alcance. Além disso, se o conteúdo for valioso, isso ajuda a construir sua autoridade.

Publique suas certificações: incluir esses elementos é determinante para compartilhar com os demais todo o seu conhecimento e suas conquistas. Isso aumenta as chances de ser visto e encontrado.

Acesse as vagas disponíveis para entender as competências necessárias: caso possua essas virtudes, atualize seu cadastro para torná-lo adequado às vagas desejadas.

Fotos impactantes com reflexões: há uma boa aceitação de fotos de celebrações, momentos especiais e despedidas. Quando acompanhadas de uma explicação relevante, gera efeitos positivos.

Entretanto, vídeos geralmente têm baixo alcance na rede. Claro, há exceções, mas na maioria das vezes, os resultados não são satisfatórios. “Não ignore trabalhos antigos ou voluntários. É como um currículo, onde todas as experiências e atribuições são válidas e importantes. Portanto, você pode e deve incluir todas as suas vivências e realizações.

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