A conquista de uma oportunidade laboral é algo de extrema importância, seja ela em uma posição de jovem aprendiz, estágio ou no regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Assim, com os ganhos financeiros e intelectuais, o indivíduo mantém o desenvolvimento pessoal e corporativo. No entanto, a condição de competitividade do mercado de trabalho, preocupa o contratado em perder o seu cargo e consequentemente gera um desequilíbrio nas vertentes. Isso tende a prejudicar ambos lados, o colaborador e a companhia. Então veja, nesta matéria, a relevância e como estabelecer limites nas relações corporativas sem prejudicar a sua reputação.
Entenda a importância de gerir a vida profissional e pessoal
O cenário, geralmente procurado, é o lado empresarial não interferir nas relações particulares. No entanto, somos um só e essa divisão não consegue ser tão delimitada assim. Isso porque quando não estamos bem em questões privadas elas podem refletir em seu desempenho nas atividades solicitadas, como qualidade, produtividade e outros.
Por outro lado, na perspectiva contrária, dar atenção somente para os afazeres corporativos, também pode gerar algumas dificuldades para a saúde e bem-estar do aspirante. Afinal, essa vertente já exige grande parte do tempo e energia. Assim, quando não existe uma pausa para descansar e distrair das responsabilidades a condição de sobrecarregamento se insere no cotidiano.
Nesse sentido, essa é uma expectativa dos trabalhadores, em conciliar corretamente os dois lados. Segundo uma pesquisa feita pela consultoria de recursos humanos Randstad, 81% dos brasileiros querem manter a proporcionalidade sobre a vida dentro e fora das empresas. Esse resultado é bastante acima da média global, de 67%. Afinal, a desproporção de atenção, ocasiona em alguns problemas. Confira:
Estresse: essa condição é gerada por meio da predominância de uma só responsabilidade. Ou seja, os demais afazeres ficam de lado e, depois, fomentam sobrecarregamento e a necessidade de realizar tudo ao mesmo tempo. Um recente estudo promovido pela Isma (International Stress Management Association) apontou como 70% dos brasileiros sofrem dessa condição no ofício.
Falta de tempo: quando você dedica muito tempo em uma única vertente, como direcionar uma quantidade exagerada de horas extra no serviço, por exemplo; ou se habituar a procrastinação e não focar nas tarefas laborais, tudo parece extremamente corrido. Conforme a mesma instituição, Isma, 62% dos indivíduos sofrem com a falta de tempo no país.
Problemas de saúde: ao passar por altos níveis de nervosismo, pressão, autocobrança, exaustão, tanto a saúde mental quanto a física tendem a ser prejudicadas. Dentro disso, surge a possibilidade de atingir a Síndrome de Burnout. Para resumir, é o esgotamento laboral, resultado de situações desgastantes, estressantes e de grandes responsabilidades. Ainda, o Brasil é classificado como o 2° país com maior número de casos.
Os efeitos dessa doença, ou até mesmo, os sintomas antecedentes ao diagnóstico são: cansaço psíquico e corporal excessivo, dores musculares ou osteomusculares, distúrbios respiratórios, imunodeficiência, transtornos cardiovasculares entre outros.
Insatisfação: trabalhar e não reverter esse esforço em compensação, melhores condições de vida, entre outras oportunidades, passa a fazer o ofício não valer a pena. Assim, a obrigação torna o alcance da felicidade com a sua profissão algo cada vez mais distante. Por isso, a prestatividade deve ser em função de tornar o lado particular cada vez melhor e não ocupar essa parcela.
Baixa produtividade: diante das adversidades, as quais podem ser causadas pela própria rotina da companhia, ou em casa, o desempenho acaba não sendo o mesmo. Afinal, a ação de um ambiente acaba refletindo em seu comportamento no outro.
Entenda como controlar os limites laborais com as dicas de uma especialista
De fato, o ecossistema corporativo é visto como um local delicado quando se trata de impor limites. De acordo com o estudo, o The State of Work Life Balance in 2019, realizado pela RescueTime, pelo menos 26% das atribuições realizadas por colaboradores eram feitas fora do horário. Já 40% estendiam a jornada no computador até às 22h, enquanto 50% dos entrevistados faziam atividades aos finais de semana, mesmo em um período de uma hora. Esse cenário pode decorrer por inúmeros motivos, no entanto, para evitá-lo sem gerar conflitos, Kelly Evangelista, mentora de carreiras, junto com o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, deixa quatro truques. Confira:
- Anote seus pensamentos quando se sentir ansioso ou estressado. Use blocos de papel, cadernos pequenos para levar contigo, ou os próprios espaços no smartphone.
- Caso precise de algo do seu gestor, fale como se fosse uma oferta e não um pedido. Não tenha medo de compartilhar as suas dificuldades e necessidades com uma figura de liderança, eles podem compreender a auxiliar um melhor caminho.
- Fique em pé e ajuste a sua postura todos os dias quando chegar no seu local de trabalho, isso aumentará sua confiança. Essa atitude pode ajudar a focar o seu perfil empresarial, não se distrair e cumprir as demandas com mais assertividade.
- Ao aprender algo novo, ensine para algum colega. Isso te ajudará a reforçar o conhecimento adquirido. Logo, não será preciso estender o dia ou os finais de semana para executar a nova tarefa, basta prendê-la com mais atenção.
- Busque sempre o auxílio de um especialista, dentro e fora da sua companhia, como um psicólogo.
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