Recentemente, notícias sobre as demissões em massa protagonizadas pela Amazon, Microsoft, Google e Spotify voltaram os olhares para o mundo corporativo e os desdobramentos desses acontecimentos. Nesse cenário, os gestores enfrentam diariamente o desafio de passar segurança para os trabalhadores e lhes garantir um ambiente acolhedor. Sendo assim, é de suma importância as entidades anteciparem e investirem em ações para evitar ou reverter essa problemática.
O turnover pelo Brasil
De acordo com informações divulgadas pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a taxa de rotatividade cresceu 56% se comparado ao período pré-pandêmico, posicionando o Brasil como o país com o maior índice no mundo. Dentre as motivações para a saída de uma firma, podemos destacar a baixa qualidade do clima organizacional, falta de alinhamento de expectativas, além da ausência de reconhecimento e de um plano de carreira.
Nesse contexto, percebemos a indispensabilidade de se manter atento às tendências do mercado em prol de uma redução nos casos de turnover. “Algumas das iniciativas com resultados positivos e ajuda na obtenção e retenção de talentos é o investimento tanto no bem-estar e saúde dos colaboradores, com ações voltadas à integridade mental e lazer, quanto na sua qualificação, com a adoção de ferramentas, como o EaD auxiliadoras nos treinamentos corporativos e outras atividades com cunho educacional”, diz Samir Iásbeck, CEO e Fundador do Qranio.
A partir de uma postura acolhedora, percebe-se a diferença na hora das corporações se reestruturarem em períodos de crise e manter o time comprometido, atualizado e eficiente. “Ao oferecer atividades como essa e em formatos mais adaptáveis e facilmente incluídas na rotina, as organizações mostram para os times o interesse não apenas em mantê-los, como também no seu crescimento profissional e pessoal”, ressalta Iásbeck .
A educação corporativa no mercado tech
Conforme um levantamento da LANDtech, em parceria com a Alura, 78% dos mais de 3 mil entrevistados possuem interesse em migrar para o setor de TI. Fica nítido, portanto, o interesse coletivo em suprir essa demanda moderna por profissionais. Por essa razão, a especialização desses indivíduos tornou-se um ponto essencial para o ambiente corporativo. Pensando nisso, elencamos cinco dicas para sobreviver no atual mercado tech. Veja!
Upskilling e reskilling são as apostas da vez: como bem sabemos, a área tecnológica está superaquecida e as companhias estão focadas na capacitação de profissionais qualificados para enfrentar os desafios do negócio. Dessa maneira, tanto a aceleração do treinamento de pessoas iniciantes, quanto a mobilidade interna, são comuns no ambiente laboral. “Para quem já atua na área de TI, o objetivo é incentivar o aprendizado de novas linguagens e a atualização contínua dos times através do Upskilling. Já no caso de pessoas com conhecimento no negócio e cultura da organização enraizada, a expectativa é das companhias aproveitarem esse trunfo para desenvolvê-las no segmento, levando-as para os setores de produto e inovação”, comenta Adriano Almeida, COO da Alura.
O Cohort Based Learning está em alta: a flexibilização é uma temática muito debatida pela sociedade, principalmente depois da pandemia. Nesse cenário, o mundo corporativo tem apostado em dinâmicas com mais liberdade em prol de um impacto positivo no compromisso das pessoas com a finalização das tarefas. “A solução para corporações em busca de ensinamento flexível tem sido investir em projetos com prazos (deadlines), unindo indivíduos em um objetivo comum (cohort), gerando um comprometimento público (accountability) e incentivando o estabelecimento de trocas espontâneas de conhecimento entre as pessoas participantes”, complementa o especialista.
A comunidade corporativa deve estar ativa: essa foi uma grande tendência de 2022 na qual persiste em 2023. Isso porque o método de educação continua está em alta nessa conjuntura de diálogos mais abertos e compartilhamento de vivências. “Quando o time compartilha interesses em comum, não apenas as diferentes habilidades dos seus integrantes passam a ser difundidas naturalmente, como cria-se uma aproximação orgânica do quadro. Ou seja, mescla-se a evolução profissional com a pessoal, junção fundamental para um modelo escalável de negócios”, reforça.
A educação tecnológica ligada aos propósitos: quanto mais o staff compreende os valores empresariais , notamos mais claramente as competências necessárias para melhorar processos, cultura educacional alinhada com as ações da instituição, além da consolidação de capacitações mais assertivas. “As marcas querem funcionários para solucionarem problemas reais, tudo isso feito de forma orgânica e em comunidade. Desse modo, é uma habilidade não desenvolvida isoladamente em um time. Muito além disso, ela se posiciona como um movimento, uma mudança cultural na qual torna a educação corporativa contínua e direcionada”, pontua Almeida.
As digital skills são indispensáveis: o entendimento sobre as inovações favorece todas as carreiras e não apenas as relacionadas a esse ramo. Afinal, essa habilidade impulsiona a eficiência e a geração de valor constante em diversas estruturas da firma. “É um colaborador com o mínimo de entendimento possível sobre dados para analisar desempenho e performance da sua área de trabalho. Essa é só uma pequena amostra de como o aprimoramento de aptidões digitais trata-se de um caminho inevitável para o mercado”, conclui o COO da Alura.
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