Ao adentrar o mercado de trabalho, seja por uma vaga de aprendizagem, estágio extracurricular ou demais modalidades de ofício, uma coisa é certa, o acesso aos valores da remuneração. No entanto, o cenário econômico, no Brasil, não se apresenta como um dos mais favoráveis. Logo, o cuidado com os ganhos deve ser redobrado para evitar cair na porcentagem de endividados. Afinal, o consumo também é um hábito presente em nosso comportamento. Então veja, nesta matéria, como cuidar de suas finanças e tornar os seus lucros mais satisfatórios e proveitosos.
O endividamento da população pode ser resultado da ausência de educação financeira
Os níveis de endividamento podem gerar um fator comportamental denominado como estresse financeiro. Ele se caracteriza por preocupações excessivas acerca do dinheiro, seja pela ausência ou falta de planejamento com o montante recebido. Um levantamento on-line realizado com mais de dois mil e trezentas pessoas pela Provu, aponta como 93,8% dos respondentes já se sentiram tensos por conta de problemas financeiros. Além disso, mais da metade dos entrevistados (59,8%) afirmam já ter tido algum problema de saúde devido a essa preocupação.
A entidade ainda ponderou os motivos responsáveis por desencadear essa situação. As dívidas aparecem como principal razão para 61% dos participantes. As outras causas apontadas são despesas inesperadas (16,9%), desemprego (6,5%), ter sido vítima de um golpe financeiro (3,6%), uma pessoa próxima precisando de dinheiro (3%), não conseguir juntar ou investir (2,9), receber inferiormente (2,6%), investimentos mal planejados (2,1%) e, por fim, o consumo em excesso (1%).
Para encerrar a investigação, a entidade listou como essa sensação pode ser prontamente corrigida. De acordo com 97% dos pesquisados, uma boa noção e organização monetária podem ajudar a evitar esse estado. Para Marcelo Ramalho, CEO da companhia, gerir as finanças pode parecer simples, mas requer disciplina, método e muita organização. “Embora venha evoluindo, principalmente, com conteúdos na Internet, historicamente a população não tem um forte incentivo à educação financeira. No entanto, reconhecer o problema e buscar informações são fundamentais para gerar mudanças de comportamento, as quais trarão conquistas financeiras no futuro”, alerta.
O conhecimento financeiro e o controle dos recursos não é um bicho de sete cabeças. Veja as dicas de como se organizar:
Os ganhos do seu ofício podem ser direcionados para várias áreas, estudos, auxiliar a família, lazer, entre outras coisas. Às vezes, esse total pode não parecer o suficiente, mas como apontado anteriormente, é o resultado da falta de organização. Então, para ajudar nessa missão de colocar as suas notas para trabalharem também, Thaíne Clemente, executiva de estratégias e operações da Simplic, deixa cinco orientações para obter maior controle:
1- Crie uma planilha
O primeiro passo é criar uma planilha para ter o controle dos gastos mensais. É possível fazer no próprio Excel ou utilizar um modelo pronto on-line. Para quem prefere baixar e imprimir, para anotar no papel, é importante manter o quadro visível, para não esquecer de atualizá-lo. O importante é ter um formato funcional para a pessoa.
2- Organize seus gastos
Para ter uma visão da entrada e saída de dinheiro, quais são os principais gastos e qual será o saldo para começar o próximo mês, é essencial separar e organizar as contas. É possível dividir por contas fixas, como aluguel, condomínio, mensalidades de escola ou faculdade, água, energia, celular, além de despesas sazonais, como datas comemorativas, presentes, doações, entre outros.
O planejamento também pode ser organizado por categorias como moradia, alimentação e transporte. É imprescindível projetar também os custos anuais como IPVA, IPTU e rematrículas, para não ser pego de surpresa. Quanto mais detalhada, melhor o controle.
3- Preencha a planilha e conheça suas despesas
Com tudo pronto, é hora de preencher conforme os desembolsos no final do dia ou da semana. Conforme a planilha for complementada, será possível entender a sua situação financeira: quanto dinheiro está entrando e saindo, para onde vai, quando e quanto foi direcionado para cada coisa. Com esse mapeamento, você pode identificar alguns problemas, como os investimentos sem necessidade ou acima do normal.
4- Reduza custos e estabeleça limites
Após encarar as outras etapas, agora é a hora de reduzir gastos e estabelecer metas para ter a sua reserva financeira. Essa ação não é fácil e está atrelada a hábitos. Talvez seja necessário repensar algumas ‘necessidades’ e abrir mão de algumas coisas para conseguir economizar.
Contudo, essa diminuição é relevante para pagar as dívidas, preencher lacunas e montar a sua retenção. Outra indicação é: nunca gaste além do recebido no mês, considere a sua renda e também a situação econômica atual para estabelecer um limite.
5- Tenha metas para concluir a sua reserva
Com a organização financeira, entendimento do seu fluxo monetário, economia e limites, é possível retirar um valor delimitado por você todo o mês, sem prejudicar suas contas, para concluir ou até mesmo iniciar o seu acúmulo de acordo com as suas necessidades. Assim como, estar preparado para imprevistos ou emergências.
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