O ano de 2020 foi um divisor de águas. Com a chegada da pandemia, o mundo precisou se adaptar ao cenário conturbado nas mais variadas esferas da vida. Em meio às transformações, o trabalho remoto ganhou força devido ao distanciamento social, condição essa intensificadora da conexão entre profissionais de diferentes regiões. Com isso, a retenção de especialistas tornou-se um grande desafio entre os empregadores. Sendo assim, fique por dentro das dinâmicas do mercado de trabalho na atualidade.
Priorize a experiência do colaborador!
Conforme o relatório global da Pesquisa de Employer Brand 2022, 69% dos entrevistados acreditam na estabilidade no emprego como um fator significativo na retenção de talentos. Enquanto isso, 63% levam em consideração a reputação da entidade para permanecer em um determinado cargo, confirmando o ambiente de trabalho agradável como um diferencial.
Nesse sentido, para obter um bom posicionamento em meio a concorrência, é necessário apostar no Employer Branding e o Employer Experience. “Atualmente, nosso principal desafio é oferecer, de maneira equilibrada, uma cultura de segurança psicológica, e manter as pessoas boas nos lugares certos para se desenvolverem profissionalmente”, pontua Maria Ottilia Duarte, Head de Employee Experience e Desenvolvimento do Pravaler.
Além disso, é interessante investir em uma jornada bem estruturada do time desde o preboarding, pois o candidato pode analisar sua compatibilidade com a instituição antes mesmo de assinar o contrato. “Estar em um terreno fértil assim é fundamental para o trabalho de Gente e Gestão. Exatamente por isso, temos buscado proporcionar cada vez mais experiências positivas para os colaboradores”, reforça Maria.
Sete pontos relevantes para o engajamento!
De acordo com uma pesquisa realizada pela McKinsey, as empresas incentivadoras das melhores culturas dispõem de um retorno 60% maior se comparado àquelas não focadas nessa estratégia. Com o avanço de temas como a ESG, é indispensável disponibilizar um posicionamento a respeito da evolução digital, saúde mental, diversidade e inclusão, entre outros assuntos. Nessa conjuntura, elencamos sete pontos relevantes para o engajamento dos colaboradores. Veja:
A vantagem competitiva é benéfica: esse quesito pode ser um diferencial no mercado, seja por estratégias inteligentes, produtos superiores ou pessoas melhores. No entanto, nada disso funciona sem uma filosofia responsável por ditar o padrão comportamental, fator essencial para o sustento e crescimento ao longo do tempo. O fortalecimento dessa conduta proporciona um movimento cada vez mais acelerado de inovação em todos os setores da entidade, pois estar um passo à frente da concorrência é significativo para o capital intelectual e tecnológico. “Estamos diante do fato de soluções colocadas no mercado rapidamente perderem valor. Por isso, ter uma cultura organizacional saudável na qual se adapta rapidamente às mudanças, ajuda a companhia a encontrar novas maneiras de alcançar o sucesso”, comenta Carolyn Dewar, sócia da McKinsey.
Aposte no trabalho multifuncional: é extremamente vantajoso investir em departamentos funcionando de forma conectada, com troca de informações e divulgação de projetos. Por meio de um espaço cada vez mais tecnológico, a mão de obra humana deve assumir funções mais inteligentes e colaborativas. Não há mais lugar para hesitação quando o assunto é o compartilhamento de experiências, pois essa dinâmica é a principal responsável por fazer todos crescerem juntos.
A conquista de pessoas realizadas e produtivas: para desenvolver uma boa convivência, é necessário atrair indivíduos realizados e produtivos. Quando se tem um grupo engajado, testemunhamos uma parceria congruente, adaptável ao momento, condições adequadas de trabalho, proatividade para resolver problemas e princípios genuínos do ESG. “Conforme uma corporação perpetua ações ligadas a aspectos como estratégia, gestão de pessoas, liderança, sustentabilidade, inclusão, entre outros, deixa seu legado, tendo em seu time pessoas mais realizadas e produtivas de forma permanente”, afirma a especialista.
É preciso coragem para assumir riscos: segundo o levantamento citado, o receio de assumir medidas mais audaciosas é uma das principais barreiras para triunfar na era digital. Esse sempre foi um desafio entre as corporações, mas nos últimos anos foi intensificado pela aceleração tecnológica. Por isso, manter a conformidade das práticas internas é fundamental para enfrentar novas etapas. Enquanto a modernização exige a experimentação, muitas firmas se veem paralisadas com as exigências da atualidade. Com uma transparência maior, é possível se manter forte e se destacar frente à concorrência.
Os ambientes tóxicos e limitantes são deixados de lado: hoje em dia, percebemos como o clima de imposições é prejudicial. Logo, o incentivo é muito mais frutífero se comparado às cobranças constantes, tendo em vista como a autonomia ajuda nos rendimentos do coletivo. “Em um ambiente permeado por valores limitantes ou negativos, os funcionários atuam com insegurança. Medo de não encontrarem condições suficientes para exercer seu trabalho, não receberem reconhecimento por seus feitos e serem avaliados como insuficientes para exercer o seu cargo. Todos esses aspectos estão ligados ao receio de terem um mau desempenho e serem punidos”, complementa Carolyn.
A fomentação da experiência com foco no aprendizado: a nova geração de profissionais valoriza a inovação, autonomia, a possibilidade de aprender com os erros e o espaço aberto para o diálogo. Assim como colocar em prática as novas ideias e aprimorar suas habilidades. Acima de tudo, os executivos precisam entender como testar ajuda a impulsionar a formação de uma equipe mais bem preparada para lidar com as inovações e mudanças urgentes a cada momento.
Os times precisam ter acesso a dados pertinentes: ampliar o poder de decisões é uma estratégia interessante para desenvolver projetos mais plurais. Para isso, a disponibilização dos registros empresariais é fundamental para a criação conjunta de novas propostas. “No mundo digital, as áreas de uma firma precisam atuar em conjunto, e não cada uma por si para descobrir a mesma ideia. Para isso, as companhias precisam incutir em seus colaboradores um senso comum do objetivo e do propósito, e lastrear tudo isso a dados e evidências”, conclui a sócia da McKinsey.
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