Recentemente, mais um ano letivo teve início no Brasil. Milhões de crianças e adolescentes retornam às salas de aula para mais uma temporada acadêmica. Esse momento é repleto de alegria e felicidade pelo reencontro com amigos e professores após um longo período distantes fisicamente. No entanto, seja na escola ou universidade, alguns aspectos devem ser levados em consideração em 2023 para obter um bom desempenho e alcançar os objetivos traçados. Por isso, fique ligado e entenda mais sobre o assunto.
A saúde mental dos estudantes é uma preocupação
Mesmo após o fim da pandemia, a volta às aulas presenciais ainda é um tema delicado entre os estudantes. A saúde mental é o principal ponto de atenção dentro da rotina. Estudos feitos em todo o mundo apontam uma série de fatores no cotidiano letivo responsáveis por gerar estresse e provocar transtornos à sanidade dos jovens.
De acordo com um levantamento realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 2022, pelo menos metade dos entrevistados sentiram necessidade de pedir ajuda relacionada ao emocional. Já em outra pesquisa, feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 25% dos respondentes sofreram de ansiedade ou depressão no retorno pós-pandemia.
Ainda, segundo a USP, foi possível observar os alunos precisando de ambientes seguros, adeptos à discussão e a troca de seus traumas e inseguranças. “Compartilhar problemas, dúvidas e experiências é sempre uma boa maneira de se desenvolver. Toda atenção é necessária quando se trata desse tema. Sabemos do efeito direto das emoções nos processos de aprendizagem e também no crescimento pessoal e profissional de qualquer ser humano”, afirma o COO da Share, Ewerton Camarano.
Voltar à vivência em uma instituição de ensino é um período de grande pressão externa e do próprio indivíduo. “Ele se vê dando um passo importante, com impactos em toda a sua vida adulta. Nesse sentido, o cuidado psicológico se torna um forte aliado para os discentes passarem por esse desafio de um modo mais leve e sem desgaste”, afirma a psicóloga e CEO da Rede Psicoterapia, Rozane Fialho.
Não cometa os principais erros na hora de estudar
No começo do ano, a organização faz toda a diferença para os meses seguintes, facilitando o dia a dia e resultando em boas notas e aprovações em vestibulares. É fundamental elaborar o planejamento com muito cuidado, pois um cronograma mal feito pode se tornar um empecilho para a absorção dos conteúdos.
Para o professor de Química da Plataforma Professor Ferretto, Michel Arthaud, uma das melhores formas para não se perder, é colocar as metas a alcançar no papel e estruturar sua própria preparação, de forma bem definida e clara. “Nessa etapa, é imprescindível se atentar aos pontos necessários para cada objetivo. Todas as matérias são essenciais e devem ser contempladas. Não existe disciplina mais ou menos relevante”, alerta.
Pensando em ajudar os estudantes a não cometerem erros habituais, o docente lista algumas falhas comuns:
Deixar para se preparar “de última hora”: os estudos devem ser iniciados o quanto antes, para o aprendizado acontecer de maneira constante e gradual. “Deixar para última hora é, sem dúvida, um dos maiores erros. Afinal, ninguém aprende e passa a dominar um determinado tópico de um dia para o outro. É um processo, por isso exige tempo e dedicação”, alerta Arthaud.
Sendo assim, se o estudante pretende se matricular em um curso preparatório focado no Exame Nacional do Ensino Médio - Enem e vestibulares, deve fazer isso desde já. “Muitas vezes o candidato tem a falsa impressão de faltar muito tempo para o dia da prova e isso prejudica a evolução. Por isso, é fundamental se antecipar e não procrastinar”, diz.
Estudar o tempo todo: por outro lado, o seu dia não deve ser totalmente ocupado pelas aulas e livros. O exagero faz mal. “O principal é estabelecer uma rotina fixa e equilibrada. A cada duas ou três horas, é necessário fazer uma breve pausa de, para um café ou um intervalo breve. Isso ajuda a manter a concentração e não se cansar excessivamente”, recomenda.
Deixar disciplinas de lado: cada pessoa tem mais facilidade em determinadas vertentes e, com isso, podem cometer o equívoco de se dedicar 100% às mesmas e não dar tanta importância para as demais. “É imprescindível promover um revezamento para englobar todas as áreas”, orienta Arthaud.
Não se permitir descansar ou ter lazer: reservar momentos de descanso e lazer é crucial para não ficar sobrecarregado. “Ninguém vive apenas de estudar. É preciso aceitar a necessidade de dedicar tempo a outras atividades do cotidiano, para relaxar e favorecer a saúde física e mental”, lembra o especialista.
Limitar-se a conteúdos em texto: o modelo tradicional, onde se utilizava exclusivamente livros e apostilas de exercícios, vem ganhando cada vez mais recursos. “Recomendo buscar videoaulas, filmes, séries, documentários e podcasts para absorver o conhecimento de forma simples e didática. Isso ajuda bastante a compreender e relembrar os conteúdos. Hoje, existem muitas alternativas multimídia à disposição. Elas podem e devem ser exploradas. Variar os formatos auxilia a manter-se concentrado, pois o processo não fica tão maçante e repetitivo”, finaliza.
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