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A saúde mental não deve ficar de lado!  

Notícia | 29/03/2023

Larissa Almeida

No mundo corporativo existem vários fatores responsáveis por promover o sucesso de um nome. Entre eles, é impossível descartar o desempenho do quadro de colaboradores. Afinal, a equipe é responsável por movimentar as ações e entregar os resultados como ninguém. No entanto, não podemos esquecer, esse fator é humano e sofre de adversidades. Sendo assim, é essencial às organizações promoverem uma atmosfera saudável para a contribuição, seja para jovens aprendizes, estagiários, efetivos e demais cargos. Então veja, nesta matéria, como manter um ambiente positivo e acolhedor para o time. 

A falta de saúde mental no meio laboral pode se caracterizar como Síndrome de Burnout 

Esse estado também é reconhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional. Ela representa um instante de cansaço psicológico gerado dentro do ecossistema corporativo. O relatório Saúde Mental pela Perspectiva das Pessoas Colaboradoras, produzido pela Talenses Group em parceria com a plataforma Wellz, aponta quais atitudes, dentro de uma empresa, têm a capacidade de piorar essa vertente entre o desenvolvimento de seus funcionários. Com 572 respondentes, o resultado foi: 43% dos entrevistados citaram o excesso de tarefas como “gatilho” de crises, seguido por pressão por resultados e metas (31%) e o sentimento de precisar estar disponível o tempo todo (30%).  

Recentemente, ela foi classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma doença ocupacional. Ou seja, uma condição diretamente atrelada ao dia a dia de trabalho. Em suma, os efeitos são responsáveis por ocasionar estresse, ansiedade, doenças cardíacas e até mesmo um quadro de depressão. Apesar de ter sido reconhecida oficialmente apenas no início do ano passado, ela já aflige os brasileiros. Segundo a pesquisa Pebmed, um em cada três trabalhadores sofrem com a patologia, assim ela afeta mais de 30 milhões de pessoas no país.

A dinâmica de contribuição deve ser organizada para evitar essas intercorrências ao longo da jornada 

Em um cenário de instabilidade econômica e competitividade no mercado, se manter na posição é uma atitude de grande zelo por muitos. No entanto, essa situação coloca ainda mais estresse e pressão sobre as atribuições, as quais, na verdade, podem ser simples de resolver. Dentro disso, alguns profissionais também se encarregam de demandas extras e demais responsabilidades para demonstrar participação. Porém, essas maneiras de agir podem se reverter em algo negativo. Nesse sentido, veja quatro dicas para manter o equilíbrio em uma rotina profissional: 

Cumpra sempre seus horários: essencialmente para as pessoas inseridas em cargos de aprendizagem e estágio, a realização de hora extra é proibida por lei. Afinal, essa ação tende a atrapalhar o desempenho acadêmico. Então, tanto para os gestores quanto para os aspirantes é imprescindível ficar atento a esse ponto. Mesmo assim, em um panorama geral, evite ir além do estipulado quando não for expressamente necessário. 

Organize as suas tarefas: para o cotidiano corporativo e também para as obrigações pessoais ser organizado faz toda a diferença. Logo, adotar uma agenda ou um aplicativo de check list conseguem ajudar nessa missão. A partir disso, é possível mensurar a quantidade de pendências, as urgências, quais estão em andamento e quando precisam ser concluídas. Em suma, escrever seus deveres passam a imensidão de pensamentos para o papel e evitam o sentimento de ansiedade e falta de controle. 

Considere manter hábitos saudáveis: o cuidado pessoal tem o poder de interferir na relação com as demais coisas de nossa vida. Então, olhar para os seus próprios comportamentos é uma atitude essencial quando se trata de bem-estar. Sendo assim, alguns pontos merecem mais precaução, como um sono regrado, a alimentação saudável, prática de exercícios físicos e o acompanhamento com especialistas. 

O repouso após o expediente corrido fica em segundo plano para a população. Afinal, cerca de 66% dos brasileiros dormem mal, aponta uma pesquisa publicada na revista Sleep Epidemiology (Epidemiologia do Sono, em tradução do inglês). “Dormir bem é fundamental para a saúde de todos, mas para os empresários, é especialmente relevante. Isso porque, eles estão dando ao seu corpo e a sua mente o descanso necessário para funcionarem ao máximo de suas capacidades. Isso os ajuda a tomar decisões acertadas, a serem mais produtivos e também criativos”, analisa o especialista em performance, Lincoln Nunes. 

Busque o auxílio de um especialista: ao sentir os efeitos de uma má disposição em procedimentos comuns, não descarte a busca por uma consulta com quem realmente entende do assunto, como psicólogos, por exemplo. Compartilhar os sentimentos é essencial para alcançar uma melhoria e receber o auxílio correto de várias vias, empresa, família, instituições de ensino, amigos, entre outras. 

As companhias devem aumentar o suporte para evitar casos de Burnout e indisposições no time! 

Para Luciene Bandeira, psicóloga e diretora de saúde mental da Conexa, o Burnout, ter se tornado oficialmente uma doença do trabalho, despertou nas empresas um olhar mais direcionado para o tema com a busca ativa de soluções, além de uma maior consciência e cuidado pela população em geral. “Com isso, mais organizações passaram a oferecer auxílio psicológico aos colaboradores e, consequentemente, mais indivíduos têm acesso a cuidados de saúde mental. Esse movimento foi reforçado com o início da pandemia e tem se intensificado a cada dia”, diz. 

Contudo, além desse auxílio, outros aspectos devem ser promovidos pelos contratantes. Entres eles estão: um ambiente diverso, valorização dos serviços, remunerações compatíveis com o mercado, oportunidade de crescimento, reconhecimento, benefícios como auxílio saúde, alimentação e outras iniciativas. 

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