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Metas: incentivam ou prejudicam? 

Notícia | 22/03/2023

Larissa Almeida

As metas têm um papel fundamental para a gestão de inúmeras áreas. Sendo assim, essa dinâmica é extremamente presente no mundo corporativo. Isso porque, elas criam uma atmosfera de planejamento e metrificação de resultados. Por outro lado, também são vistas como geradoras de engajamento para a equipe e, quando aplicadas corretamente, tendem a aumentar a performance da companhia. Portanto, para quem está inserido nesse meio, seja em um cargo de aprendizagem, estágio, efetivo ou até mesmo, de liderança, é normal encontrá-las ao longo da trajetória. Então veja, nesta matéria, como lidar com esse processo e estabelecê-las corretamente. 

As metas podem ser adicionadas em inúmeras posições e até mesmo, na vida pessoal 

Esse recurso pode ser incluído em uma rotina com o intuito de organização. Por isso, elas conseguem fazer parte tanto da vida pessoal quanto da profissional.  No início do ano, por exemplo, é um momento utilizado para definir mudanças, as quais são estipuladas a partir desse procedimento. Coisas como guardar mais dinheiro, ser saudável, cuidar da saúde mental e física, ingressar nos estudos, entre outras viram juras para realizar a passagem para o período seguinte. 

Já no cenário empresarial, geralmente, surgem como etapas para definir o caminho até a finalização de uma proposta. Assim, fica mais simples enxergar o progresso e se as metodologias aplicadas estão, realmente, funcionando. Os motivos para usar esse recurso são inúmeros. “As corporações utilizam-se delas, para alcançar os patamares com a pretensão de chegar, seja de crescimento de vendas, aumento de clientes, financeiro, funcionamento, entre outros”, explica Pedro Signorelli, especialista em gestão. 

A definição de objetivos dentro das organizações são essenciais para uma boa gestão de tarefas e desempenho 

Existem várias formas de definir essa dinâmica. Porém, independentemente da metodologia aplicada, elas têm um resultado semelhante nas ações: 

Aumento de produtividade: quando cada integrante de uma equipe tem plena noção do seu papel em um projeto e os seus impactos, a sua contribuição consegue ser mais assertiva. 

Organização: atribuir missões para e definir pontos de alcance são essenciais para guiar o quadro, do quanto eles devem se dedicar e as datas de entrega de cada uma das partes compositoras do todo. 

Visualização da progressão do projeto: com certas definições é possível mensurar o tempo gasto em cada tarefa, o desenvolvimento antes do resultado final, também avaliar erros e divergências, as quais podem surgir.

Simplifica a avaliação: a partir disso, também existe a chance de o gestor observar melhor a performance de cada colaborador envolvido no programa. Logo, os destaques da operação conseguem ser identificados e justamente reconhecidos e bonificados. Assim como, quem não demonstra interesse em seus afazeres pode ser corrigido e receber um feedback de acordo. 

Motiva os colaboradores: a motivação da equipe tem sido vista como um fator essencial de sucesso para qualquer companhia. Segundo a Gallup, as empresas com um grupo nessa circunstância são até 22% mais lucrativas quando comparadas às concorrentes, as quais têm um nível baixo de empenho. 

Então, mostrar os avanços com transparência e como fizeram a companhia se fortalecer tem uma grande influência para construir essa cultura de engajamento. 

Afinal, o que considerar antes de estipular as metas? 

Em primeiro lugar, é importante definir o objetivo, afinal representa onde se quer chegar e, as metas podem ser consideradas o caminho até ele. Um exemplo para representar bem a relação entre esses tópicos, são os pontos de segurança em um jogo de videogame. Eles salvam o trajeto já feito antes de chegar ao desafio final. Além disso, outras vertentes devem ser considerados: 

Estabelecer metas dentro de possibilidades reais: a definição das métricas devem ser feitas dentro de um panorama real. “Existem diversos motivos para se atingir, um dos mais comuns, é quando se definem as famosas “metas irrealistas”. Com elas, logo as pessoas largam a mão no início, isso porque não depende exatamente delas para alcançá-las por ser um número maluco, etc. Outro problema recorrente, especialmente para a cultura comum entre nós, brasileiros, é o de deixar tudo para a última hora, pois aí, é claro, fica "tarde demais" para ser realizada.

Portanto, vale frisar como não existe apenas o lado positivo nessa situação. Afinal, se o aspirante não conseguir  superá-la os resultados se transformam em prejuízo. “É cada vez mais frequente o número de ações trabalhistas envolvendo casos de assédio moral sobre esse tipo de exigência. Nesses processos os colaboradores alegam ter contraído doenças ocupacionais como a síndrome de Burnout, por exemplo, refletindo em outros problemas físicos e psicológicos de difícil reparação”, revela a advogada Mariana Schaun. 

Bonificar os profissionais: quando a pessoa atinge além do esperado, ela deve ser reconhecida e, muitas vezes, bonificada. As companhias com essa cultura atrelada às atribuições costumam ter um sistema de recompensa, seja como um valor extra, um prêmio, ou até mesmo troféus. 

Deve partir de um valor extra e não a única renda: fundar esse modo de atuação deve contar também com um valor fixo. Apesar de ser permitido o pagamento da remuneração apenas por comissão, essa segurança é essencial para valorizar o seu time e contar efetivamente com eles. Afinal, a ausência de uma predefinição salarial pode gerar ainda mais estresse e pressão sobre as medidas. 

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