Assim como em qualquer vertente, o mercado de trabalho passa por transformações e muda as suas prioridades. Apesar da competitividade permanecer, ficar atento às suas exigências garante mais vantagem para quem quer se inserir no meio. Atualmente, ele tem demonstrado mais interesse em habilidades comportamentais, afinal os aspectos técnicos podem ser desenvolvidos com mais facilidade. Nesse sentido, os interessados em ingressar em uma posição como a de aprendizagem e estágio devem incluir algumas perspectivas em seu perfil. Então veja, nesta matéria, quais os componentes de um profissional além das experiências.
O que são as soft skills?
Esse termo, apesar de estrangeiro, tem aparecido com frequência no meio corporativo. Ele faz referência às competências ligadas à conduta de um colaborador. Além desse, existem outras maneiras de classificar as aptidões de um aspirante no meio empresarial. Ao contrário da primeira, as hard skills são os conhecimentos técnicos, ou seja, aqueles voltados para o desenvolvimento de uma área específica, como o conteúdo aplicado na universidade, por exemplo. Por fim, as power skills são uma nova forma de representar a junção dos outros dois itens para ser um colaborador de alta performance.
Elas são um aspecto extremamente relevante para se manter no mercado de trabalho
De acordo com uma pesquisa da Page Group Internacional, 91% das pessoas são desligadas das empresas por problemas comportamentais. Em suma, elas não desenvolveram ao longo da sua jornada laboral outras condutas fundamentais para o convívio dentro desse ecossistema. Sendo assim, o foco foi voltado apenas para o lado empírico. "Quando temos essas questões aprimoradas conseguimos, por exemplo, vender muito melhor as ideias, nos comunicar com clareza, gerenciar emoções quando praticamos a empatia. Além disso, ser resilientes para lidar com problemas, superar obstáculos, assim como nos adaptar às mudanças e resistir à pressão. Por fim, trabalhar em equipe, tomar iniciativa, ter motivação, entre diversas outras características”, elenca Lucedile Antunes, palestrante, coach e mentora de carreiras.
Afinal, como identificá-las em nosso perfil?
Segunda a especialista, Lucedile, esses itens destacam um currículo dentre todos os tópicos a serem considerados. Ao ponderar essa importância, nem sempre precisamos busca-lás do zero, pois algumas aparecem ao longo da vida. Nesse sentido, ela dá algumas instruções, por meio de perguntas, para auxiliar no autoconhecimento e descobrir quais delas já estão presentes em sua representação:
- Quem é você?
- Quais transformações você provocou nas empresas por onde passou?
- Qual foi a jornada profissional construída por você?
- Quais desafios você assumiu?
- Em quais projetos você empreendeu por onde passou?
Com isso, os selecionadores conseguem avaliar se você é um candidato com mindset de empreendedor, um visionário, obtém resiliência, assume riscos, é engajado, entre outras possibilidades a serem consideradas.
Entre várias soft skills, o mercado já possui as suas favoritas
A psicóloga Mara Lemes Martins, explica como encontrar esses tópicos têm sido um desafio. “Mesmo com vagas disponíveis, são procurados indivíduos com o mindset e as skills semelhantes aos valores da companhia. Isso, de acordo com o Guia Salarial da consultoria de recrutamento Robert Half, é uma constante preocupação para 84% das marcas”, diz. Para ajudar os interessados acrescentarem as novidades em sua representação, a profissional lista quais são as expectativas para os colaboradores:
- Comunicação: ela é certamente uma das mais requisitadas para qualquer um. Em função de entender a sua importância, uma pesquisa feita pela Project Management Institute Brasil mostrou como em 6% das 300 grandes empresas definiram a dificuldade na comunicação no local de trabalho como o principal motivo para o fracasso de atividades. “Desenvolver propriedades comunicacionais é algo possível desde a infância. A partir disso, pode ser desenvolvido ininterruptamente durante a vida. A busca das companhias são por candidatos com clareza sobre o status de suas atividades, e capacidade para coordenar com diversos setores e evitar eventuais perdas”, completa.
- Liderança: o papel de líder não deve ser exercido apenas pelos superiores de um setor. Essa atitude precisa ser internalizada em todos participantes do time. Um exemplo disso é a capacidade de motivar seus colegas. O leadership em quem trabalha para uma corporação, consegue potencializar os resultados de toda uma rede, dando mais independência e autonomia para as atribuições serem realizadas com mais agilidade e qualidade.
- Adaptabilidade: muitas missões estão repletas de fatores inesperados e muitas vezes imprevisíveis, os quais devem ser respondidos com prontidão. Dessa forma, se adaptar requer muito know how de seu campo de cognição para ficar preparado para tudo em qualquer momento. Ter alguém com essa destreza na equipe, traz confiabilidade para todos, afimal, ele capaz de lidar com as diferentes intempéries do cotidiano.
- Trabalho em equipe: ninguém atua sozinho, por isso, várias práticas convergem para saber lidar com um grupo. Assim, enfrentar as fases de um projeto como um conjunto. Também, saber compartilhar insights, manter relacionamentos, dar e receber conselhos, são algumas das características mais esperadas por essa vertente. O conceito de “dividir para multiplicar” está muito presente nesse tópico, compartilhando as funções para multiplicar os resultados.
- Empatia: respeitar o próximo não é essencial apenas para o trabalho mas também para a vida, ter consciência de seus atos e suas consequências, podem definir a diferença entre profissionais de confiança. Ser empático é uma característica a qual deve ser aplicada em qualquer lugar de nossas vivências. No mundo dos negócios, ela facilita a conexão, com colegas de ofício, superiores e clientes, possibilitando um ambiente cada vez mais frutífero, plural e eficiente.
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