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Demissão silenciosa: evite em sua empresa!  

Notícia | 25/10/2022

Laura Pereira

Segundo uma pesquisa, feita pela LCA Consultores, o Brasil bateu recorde de pedidos de demissão nos últimos 12 meses, totalizando 6.175.088 de trabalhadores com carteira assinada, deixando seus empregos entre junho de 2021 e maio de 2022. Esse valor superou o recorde anterior, de 5.838.788 pedidos registrados em março de 2014. Com tantas possibilidades abertas, o mercado passou a oferecer mais oportunidades para efetivos. A boa notícia para estagiários e aprendizes é um aumento de 38% na oferta de vagas em relação a 2021.  Portanto, entenda mais sobre o assunto e fique por dentro! 

Conheça mais sobre o conceito de quit quitting e como isso pode afetar a sua empresa 

Consoante a Pedro Signorelli, especialista em implementação do método OKR (Objectives and Key Results ou Objetivos e Resultados-Chave em português) e fundador da Pragmática Consultoria em Gestão, o quit quitting já acontece há muito tempo. “Diversas razões podem iniciar um processo como esse, mas, no fundo, é uma questão individual. A pessoa não analisa se o nível de desemprego está alto ou não, ela está olhando somente para ela. Deu de ombros para o ambiente onde está, assumindo o risco de perceberem e virar uma demissão de fato”, afirma. 

É preciso ressaltar: os gestores podem contribuir para a chegada de um cenário como este, contudo, não podemos terceirizar a culpa. “As pessoas precisam ser líderes de si mesmas. Obviamente, existem situações diversas, mas quem é arrimo de família, não vai se dar ao luxo de fazer isso, vai continuar entregando o seu melhor porque precisa da ocupação”, explica Signorelli. 

Grande parte dos colaboradores chegam nesse nível devido a grandes frustrações, sobrecarga de atividades e, consequentemente, exaustão. Isso, de certa forma, pode ser causado pela hierarquia organizacional. Assim, o mesmo estudo da LCA Consultores, trouxe outros dados pertinentes, como o início do processo de normalização do mercado de trabalho após o isolamento social. 

Afinal, muitas pessoas aceitaram possibilidades com uma remuneração menor durante a crise sanitária e agora voltaram para posições mais condizentes com suas habilidades. “Com o retorno do presencial em muitas empresas, vejo muitos profissionais repensando esse modelo após a experiência do home office - muitos não querem gastar mais tempo com deslocamento, trânsito, transporte público, etc”, ressalta o especialista. 

Entenda como os OKRs podem contribuir para gerar um ambiente de trabalho mais motivado e engajado 

Para Signorelli, os OKRs são um antídoto para alguns desses problemas, inclusive a esta alienação na qual o próprio cooperador se coloca ou é instruído por um processo de definição de prioridades e distribuição de tarefas. Ou seja, ele passa a não se importar se a meta dada não foi cumprida, por falta de apoio, ferramentas, ou outros pontos. “Isso porque os OKRs tem como premissa envolver a todos na definição de um plano de execução da estratégia, trazendo clareza de direção e propósito para aquilo ser feito naquele momento”, explica. 

Por intermédio desse método, é possível determinar alvos, resultados e acompanhar de perto, tudo em conjunto com o time. “Sendo assim, se cria um ambiente no qual se pode evidenciar a contribuição de cada um. Então, os feedbacks ficam mais construtivos para melhorar a performance de cada indivíduo e, por fim, a equipe”, destaca o fundador da Pragmática Consultoria em Gestão. 

Para essa metodologia funcionar bem é preciso disciplina neste acompanhamento e envolvimento de todos, contribuindo um espaço de confiança, com cada um sabendo como contribuir para a tática da corporação, tendo possibilidade de pedir ajuda, evitando desapontamentos e antevendo sobrepeso de demandas. “Obviamente isso não acontece da noite para o dia, mas é um caminho perfeitamente possível de se trilhar e, naturalmente, uma rota acertada para se reduzir o número de demissões silenciosas e profissionais desiludidos com o trabalho”, evidencia Signorelli. 

Assim, juntamente com a ferramenta, o expert aconselha as organizações a adotarem a prática das devolutivas contínuas. “Na ausência disso é quase impossível apoiar o desempenho do colaborador, pois, por exemplo, no primeiro trimestre ele tenha tido ótimos resultados, mas no restante do ano decaiu. Então, quando chegar no final do ciclo de avaliação, ele receberá um retorno não assertivo, pois será baseado naquilo visto apenas nos últimos meses e não um panorama geral do ano”. 

Dessa forma, ao registrar essa assistência constantemente, o staff consegue ter um medidor assertivo de suas entregas, identificando os pontos de melhorias para aplicar nos meses seguintes. Como consequência, alcança ainda mais evolução profissional. 

Quit quitting: impactos da demissão silenciosa no trabalho 

De acordo com Paulo Sergio João, advogado e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, “trata-se de comportamento localizado especialmente nas gerações Z e millennial”, pontua. A expressão incentiva o exercício mínimo de suas obrigações contratuais a fim de priorizar o bem-estar e a saúde mental.

“O trabalho não é a sua vida e seu valor não pode ser determinado em relação à sua produtividade. Ou seja, não significa o abandono, mas sim uma redução de suas tarefas aos limites do acordo de contrato, sem se envolver em dinâmicas de altas performances”, analisa o docente.  

Segundo Maria Kordowicz, professora adjunta de comportamento das organizações da Universidade de Nottingham, o quiet quitting está ligado à insatisfação crescente e ao Covid-19, na qual houve tomada de consciência da própria mortalidade, com questionamentos relevantes quanto ao significado do expediente realizado e qual efetivamente seu valor. “A pergunta feita é para saber se esse movimento será capaz de transformar as relações trabalhistas e o Direito do Trabalho ou, ainda, qual o aprendizado a partir disso”, avalia o mestre. 

Para ele, a primeira interpretação diz respeito a transformar o diálogo empresarial pelo aspecto primordial de cuidado e preservação da saúde mental, procurando limitar o tempo empregado na resolução de pendências corporativas enquanto equilibra com os prazeres fora do escritório. Em segundo plano, coloca a indagação quanto aos modelos tradicionais de competição interna nos empreendimentos, com uma busca de maior produtividade, muitas vezes causadores de doenças mentais. 

Enfim, a esperança é uma mudança nos valores das entidades pelo mundo, beneficiando a qualidade de vida de todos os envolvidos. Por fim, para ficar por dentro das tendências corporativas e não perder nenhuma novidade, o Nube é seu aliado! Não se esqueça: conte sempre conosco para alcançar o sucesso e turbinar seus resultados.

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