Quem vai prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou mesmo outros vestibulares já percebeu como é essencial ter um hábito de estudos. Afinal, só assim é possível fazer um planejamento e conseguir revisar todo o conteúdo. Em geral, essas provas preocupam os alunos, pois além da necessidade de ir bem na nota, existe toda uma pressão social para a aprovação. Nesse sentido, descubra dicas para desenvolver o costume da aprendizagem constante!
A melhor forma de alcançar o sucesso, tanto acadêmico quanto profissional, é pelo estudo!
Para Christiane Zanin, coordenadora do Ensino Fundamental II do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré, existem diversos fatores para atrapalhar nessa prática diária. “Diante do panorama atual, no qual a oferta de atividades de lazer, em sua maioria, é proporcionada pela tecnologia, como games, Instagram, Whatsapp, Tiktok, entre outros, observamos como as crianças e adolescentes passam um grande período conectadas, deixando de lado suas obrigações escolares”, afirma.
Essa conectividade influencia diretamente nesse objetivo, pois só construímos uma rotina quando há disciplina e, normalmente, isso se desenvolve desde cedo, quando pequeno. “A falta de organização do tempo e dos afazeres causa um acúmulo de atividades e, consequentemente, gera grande ansiedade e um sentimento de incapacidade por não dar conta da demanda, provocando também uma baixa autoestima com a comprovação de notas baixas no boletim”, explica Christiane.
Sendo assim, como melhorar essa questão? Primeiramente, é preciso ter determinação e comprometimento. Ao aliar essas características com esforço, você consegue criar um cotidiano para aprender constantemente todas as informações. “Sabemos como o prazer da tecnologia é imediato, mas a satisfação de alcançar seus objetivos, mesmo os pequenos, provocará uma maior motivação para os próximos desafios durante toda a sua vida”, expõe a coordenadora.
O que é necessário para criar um hábito de estudos? Conheça dicas!
Lembre-se: não existe regra e isso pode variar de indivíduo para indivíduo. “Devemos fazer o estudante entender a importância de criar uma rotina, observando suas individualidades. Deve-se levar em conta qual a sua disponibilidade de tempo e assim criar o próprio plano”, ensina Christiane. Com um bom planejamento, é possível conquistar qualquer objetivo.
Para auxiliar nessa trajetória, a especialista elencou algumas dicas. Confira:
- Construa um cronograma detalhado:
“Ao montar um plano, o aluno deve estabelecer, no início, metas de curto prazo. É mais fácil de conseguir alcançá-las e isso trará maior motivação para seguir em frente. Fazer um quadro onde pode marcar cada atividade concluída simplificará a visualização do progresso”, expõe Christiane. Ou seja, criar uma tabela ou um planner semanal com horários, é uma ótima ideia e ajudará você a chegar no final do dia com a sensação de dever cumprido.
- Tenha disciplina para cumprir as metas estabelecidas:
Não inicie essa prática com um tempo impossível de cumprir. “É melhor começar com trinta minutos por dia e ir aumentando gradativamente”, recomenda a educadora. Também é importante fazer pausas, pois esses intervalos tornam tudo menos cansativo e motiva o cérebro a continuar.
- Prepare um local adequado para estudar e fique longe das distrações:
Para corroborar, é essencial escolher um local adequado, longe do smartphone, computador, barulhos desnecessários, entre outros sons. “Esses são os maiores ‘sabotadores’ das horas e ajudam muito a desviar o foco. Deixar o celular desligado ou silencioso para não ver as notificações é uma boa estratégia”, indica Christiane.
Além disso, facilite sua vida! Coloque os utensílios sempre à mão e guarde-os em um único espaço, para evitar deslocamentos quando precisar de um lápis, por exemplo. Outra boa recomendação é alternar as matérias estudadas, para não ficar cansativo. Inclusive, fazemos isso na academia para não esgotar os músculos, por exemplo.
- Desenvolva seu próprio método de aprendizagem:
Construir o seu próprio método ajudará a ter bons resultados acadêmicos, afinal, quando algo funciona para você, é preciso logo colocar em prática. Faça resumos, anotações com caneta colorida no livro, esquemas para sintetizar informações em sequência, enfim, existem inúmeras maneiras.
“Lembre-se de rever a matéria dada durante a aula. De acordo com a teoria da ‘Curva do esquecimento’ do filósofo alemão Ebbinghaus, após estudar um conteúdo, o cérebro vai desarmazenando os conteúdos aprendidos. Por isso é muito importante rever as referências periodicamente”, explica a coordenadora. Um bom exemplo são as lições de casa, elas são meios de relembrar os dados para ajudar em sua fixação.
- Organize seu tempo para equilibrar com outras demandas:
Ao estabelecer suas listas de atividades a serem cumpridas, mantenha o foco para realizá-las. Se priorizar a diversão ou as redes sociais, o aprendizado não será eficiente. Não adianta passar a tarde fazendo exercícios se está preocupado com a festa do final de semana, por exemplo. Portanto, tenha atenção! Afinal, se distrair também é essencial e não pode ser deixado de lado.
Como perder o medo de estudar? Inclusive, das matérias mais temidas, como química?
Existe um receio entre os discentes quanto a algumas disciplinas específicas, como física e redação. Segundo a última edição do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2018, 43,2% dos alunos brasileiros tiveram pontuação baixa nas disciplinas avaliadas, sendo a matemática a responsável pelo pior desempenho.
Conforme o docente de química da plataforma Professor Ferretto, Michel Arthaud, parte desse temor vem de um desinteresse por disciplinas consideradas "difíceis", na qual “o professor é como o detentor único do saber, mas isso não prende a atenção”, avalia. Para ele, um ponto central quando você encontra questões desse nicho, é ter calma.
“Identifique o ponto mais importante, pois a interpretação ajuda a ir bem em 70% da prova. Outro tópico muito fundamental, mesmo com dificuldade para entender, é rever os nossos erros. As pessoas não gostam de falhar, porém, é como podemos perceber onde é necessário focar mais”, recomenda Arthaud. Logo, refaça avaliações antigas, de anos anteriores, para se habituar ao modelo de perguntas, características dos exercícios, entre outros aspectos.
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