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Liderança feminina: uma crescente! 

Notícia | 17/05/2022

Laura Pereira

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, apenas 37,4% das posições gerenciais no Brasil são ocupadas por mulheres. Entretanto, nos últimos anos, nas empresas de médio porte, o perfil feminino conquistou mais cargos de gestão e passou a representar 39% dos executivos com o poder de decisão, conforme o relatório Women in Business 2021, levantamento anual da Grant Thornton. Nesse cenário, elas dominam cada vez mais espaços, por isso, entenda como estão as tendências corporativas e descubra dicas valiosas. 

Os desafios e oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho

Mesmo com essa crescente, elas ainda enfrentam desafios no mundo empresarial. Consoante à Katia Bianchi, gestora de projeto na Avante Assessoria Empresarial, “nós estamos ganhando cada vez mais destaque no mercado justamente por conseguir imprimir características fortes, tais como liderança genuína, resiliência, intuição aguçada, criatividade e capacidade de fazer mais com menos, escuta e multitasking”, afirma. 

Ademais, segundo o IBGE, o percentual de domicílios chefiados por mulheres no país dobrou nos últimos 25 anos, saltando de 25% em 1995 para 50% em 2020. Isso é, justamente, resultado direto da ampliação de acessos, antes não permitidos para elas. Todavia, essa estatística abre uma lacuna. “O fato de metade dos lares, hoje, serem mantidos por elas reforça a necessidade urgente de se encontrar soluções quanto a divisão das tarefas domésticas, pela quebra de paradigmas sociais e garantia de mais segurança”, ressalta Katia. 

Contudo, investir para ampliar essa posição também é benéfico para as corporações. Conforme um estudo da McKinsey, em 2018, as companhias com mulheres na liderança lucram, em média, 21% a mais e têm resultados operacionais 48% maiores em comparação com a média da indústria. 

Isso porque elas costumam se preparar mais para serem admitidas corporativamente. Segundo a edição de 2019 do Índice de Desenvolvimento de Gênero (IDG), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), as mulheres têm 15,8 anos esperados de escolaridade e a média é de 8,1 anos de aprendizado, enquanto os homens possuem 15 anos e 7,6 anos, respectivamente. 

Dicas para as mulheres se destacarem ainda mais na dimensão corporativa 

Pensando nesses números, Katia elenca algumas dicas para as mulheres se destacarem ainda mais no mercado. Confira: 

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  • Se posicione sem medo: 

 “Use e abuse da sua intuição, visão agregadora e empatia”, destaca Katia. Logo, se posicione sem medo, dizer “não” também faz parte de quem sabe onde quer chegar. 

  • Faça amigos:

“No retorno do ‘novo normal’, encontre aliados, se conecte com a sua comunidade”, recomenda Katia. Conforme estudo da Universidade Harvard, quem tem um amigo no trabalho se sente sete vezes mais envolvido com suas funções, é 50% mais satisfeito e até duas vezes mais contente com seu pagamento. 

  • Revise seus planos:

“Busque entender quais pontos fazem sentido para você e para seus desafios pessoais”, expõe Katia. É essencial ter autoconhecimento, não se compare e nem se cobre quando não há nexo. 

  • Empreendedorismo e liderança é para você:

Para ocupar um cargo de liderança ou empreender, é preciso força e autenticidade. “Olhe para dentro e depois de achar as respostas não tenha medo de mostrá-las”, comenta Katia. 

  • Aproveite os desafios:

“É também em meio aos problemas e ‘caos’ onde surgem as melhores ideias e iniciativas. Ou seja, transforme as dificuldades em oportunidades reais”, salienta Katia. Muitas organizações se desenvolveram justamente ao perceberem lapsos advindos dos obstáculos da pandemia, logo, análise de outros ângulos. 

O segmento de tecnologia tem crescido e é palco para a liderança feminina 

Apesar de ainda ter desequilíbrio de gênero, uma nova geração de lideranças femininas busca fazer a diferença no mercado. No segmento de tecnologia, essa realidade não é diferente, pois o ambiente continua sendo predominantemente masculino. Afinal, fatores antecedentes e culturais influenciaram por anos e ainda impactam nas condições atuais. 

Todavia, agora o cenário  se mostra mais otimista e as mulheres estão alterando esses números. Além disso, com o aumento de cadeiras femininas nas instituições, essa admissão passa a ser estratégica, tanto para as companhias se tornarem socialmente mais bem vistas de acordo com a sua reputação e imagem, quanto sustentáveis e distantes desse estigma histórico. 

Para Thais Ischiara, head de marketing na Caravel X, estar nesse meio foi um diferencial para a sua vivência. “Sempre estive bastante inserida em espaços masculinizados, desde a minha primeira formação em engenharia ou no início da minha carreira profissional na área financeira e depois no campo automotivo, fui aprendendo a sobreviver. Engraçado como hoje percebo a minha personalidade desenvolvida, sem perceber, para ganhar voz dentro das corporações”, relata. 

Com essa média de ocupações se elevando, é essencial adaptar metodologias internas para abraçarem a chegada dessas mulheres. “Muitas vezes fui preenchida pelos questionamentos de propósito. Buscar levantar a bandeira da igualdade de gênero, constantemente, era uma resposta. Sempre propus transformar o espaço masculinizada em um lugar, ao menos, mais acolhedor em comparação com minha experiência”, explica Thais. 

No entanto, essa adaptação está sendo vista em todos os campos mercadológicos. O meio tech ainda é, majoritariamente, ocupado por homens, porém há um foco em reverter essa condição, principalmente ao levar em conta o déficit atual do mercado quanto ao número de experts. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a participação feminina no mercado tecnológico na nação cresceu 60% nos últimos cincos anos, passando de 27,9 mil para 44,5 mil profissionais em 2020. 

“Estou confiante: seremos capazes de construir um ambiente do futuro, como a tecnologia proposta aos nossos clientes. Sonho com esse pensamento para os nossos líderes, para sermos mais empáticos, não somente com essa causa, mas com tantas outras”, finaliza Thais. Inclusive, esse posicionamento favorável às iniciativas sociais é uma exigência do consumidor moderno. Sendo assim, é vital agradar quem movimenta o negócio. 

Por fim, para ficar por dentro das tendências corporativas e também turbinar seus conhecimentos a fim de ser destaque, o Nube é seu aliado! Diariamente, compartilhamos dicas e sugestões com a opinião de diversos especialistas, assim, você está sempre atualizado das novidades. Continue acompanhando nosso blog e conheça as redes sociais. Enfim, não se esqueça: conte sempre conosco! 

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