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O apagão na matemática brasileira 

Notícia | 27/12/2021

Laura Pereira

Anualmente, cerca de 20 milhões de estudantes brasileiros do ensino médio participam da Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas (OBMEP). Entretanto, o número positivo é ofuscado quando apenas 5% de quem sai da instituição no 3º ano do Ensino Médio, possui um bom aproveitamento. O apagão dessa qualificação coloca o país em apuros. Inclusive, a falta de domínio desta disciplina pode prejudicar quem busca uma vaga, seja ela de estágio ou jovem aprendiz, pois, em muitos testes, ela é necessária para conseguir uma oportunidade. 

Em números internacionais, a situação é mais alarmante: o Brasil está entre as últimas posições da avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), um sistema para aferir o desempenho dos países nas áreas de Português, Matemática e Ciências na educação básica, ocupando a 69º posição, de um total de 79 nações. 

Declare Independência - Como a matemática muda vidas no Brasil 

Esse recorte faz parte de um estudo inédito exposto pelo livro “Declare Independência - Como a matemática muda vidas no Brasil”. A publicação possui o objetivo de alertar a sociedade sobre o sério risco de “apagão” na mão de obra qualificada de exatas, caso políticas públicas não sejam revistas com urgência. 

Idealizado pelos empresários Tiago Piassum e Thales Nóbrega, a obra possui co-autoria do jornalista Leão Serva e diversas outras participações, como o economista Gesner Oliveira e a deputada federal Tábata Amaral. A ideia é trazer visões diferenciadas para cobrir mais partes da questão. 

A iniciativa partiu de uma necessidade da Marco Investimentos - startup onde Tiago e Thales são sócios fundadores - em contratar assessores financeiros. Ao perceberem a ausência de proveitos para a área, eles decidiram expor o problema e trazer possíveis soluções com a ajuda de convidados. 

“Há uma falta preocupante de profissionais com um mínimo de conhecimento lógico-matemático para suprir as vagas oferecidas hoje. Essa demanda existe nos mais diversos setores da sociedade brasileira. Um ponto crítico talvez seja o mais estratégico: a tecnologia. Basta observar quais são as dez empresas com maior valor em bolsa nos Estados Unidos e no Brasil. Lá, todas são desse segmento”, comenta Piassum. 

De acordo com o levantamento, além de TI, outros setores, como construção civil, mercado financeiro e até jornalismo (análise de dados) podem entrar em colapso na próxima década por causa dessa carência de estímulos. Para Vanessa Lopes Asevedo, graduanda em matemática pela Universidade Federal de São João del-Rei e suporte educacional para alunos realizarem a OBMEP, “quando abandonamos a matemática deixamos de conhecer outras ciências e coisas do mundo”. Ou seja, a matéria é imprescindível para o desenvolvimento de outros segmentos também. 

Entretanto, outro impasse é encontrado na prática. “Os educandos passam nas provas escolares, mas a maioria não alcança o objetivo proposto, de integrar o conteúdo da sala de aula com seu cotidiano. Ou seja, esquecem o aprendizado. Inclusive, isso é bem marcado no livro ‘Na vida dez, na escola zero’, de Terezinha Nunes, David Carraher e Ana Lúcia Schliemann”, comenta Vanessa. 

Existe solução para o apagão desses profissionais?

O livro sugere três passos essenciais: planejamento, conscientização e engajamento social mediante parcerias. O primeiro item requer o estabelecimento de metas de curto e médio prazos, visando a formação de experts com a qualificação necessária e adequada. Já o segundo passa por um sinal inequívoco para a população como um todo sobre onde o país precisa chegar. Tendo isso em vista, a valorização do ensino de todas as formas e a orientação desses jovens são fundamentais para o progresso. 

Por fim, o salto educacional não ocorrerá meramente pelo sistema convencional. É imprescindível a colaboração de toda a comunidade nesse esforço. Isso permite ampliar o número e variedade de potenciais talentos, bem como elaborar mecanismos de aprendizagem e detecção de especialistas, tudo isso com incentivos econômicos claros para a sua evolução. “Não é uma jornada fácil, mas é o único caminho para o desenvolvimento na era do conhecimento”, define Serva. 

“Não é exclusivo da matemática especificamente, o mal investimento na educação é geral e afeta todas as licenciaturas desde sempre”, aponta Vanessa. Por sua vez, para Serva, é possível reverter esse cenário, aparentemente cercado de caos e falta de perspectivas. Para isso, é preciso olhar o problema pelo ângulo de um caminho com solução. Ela inicia quando  a educação passa a ser uma prioridade. “Deve ser um anseio de cada um de nós. Algo para se dividir com os amigos e transmitir aos filhos. Devemos ter vergonha de nos omitir a respeito”, finaliza o co-autor.

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