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O perigo da Cultura do Cancelamento 

Notícia | 05/03/2021

Giovanna Cavalli

Com a popularização das redes sociais, as pessoas comuns e personalidades passaram a ter mais liberdade para expressar as suas opiniões. Assim, o racismo, bullying ou outros assuntos polêmicos foram combatidos, mas ao mesmo tempo podem ocasionar o linchamento virtual.

Tudo é questão de rótulo

Conhecida como “cultura do cancelamento”, teve início há alguns anos, para dar voz às reivindicações populares por meio das redes sociais, sejam para ações políticas, sociais, de empresas ou figuras públicas. É uma ferramenta poderosa da atualidade quando usada pelo bem coletivo. Contudo, essa forma de “banimento” frente a alguma atitude ou posicionamento considerado errado pode gerar prejuízos enormes às carreiras, companhias ou até mesmo para pessoas anônimas.

O jornalista, pesquisador e escritor brasileiro, Jacob Petry, comenta o perigo de rotular os usuários no universo digital: “esse processo de cancelamento é o mesmo de outros movimentos de violência coletiva, como a inquisição, o nazismo e outros sistemas autoritários. Primeiro, reduz-se o indivíduo a um conceito mental, um rótulo. Com isso, não lidamos mais com o ser, mas com o rótulo representado por ele. A partir de então, existe uma falsa noção de podermos fazer qualquer coisa com aquilo”, analisa.

Apesar da Internet ser positiva, pela democracia e o acesso às informações, simultaneamente pode tornar-se negativa pela rápida difusão de conteúdos e até pela propagação de fake news. Por isso, todo o cuidado é pouco. "Quando você estereotipa alguém, se separa dele, pois coloca-se um conceito entre vocês. Então, a partir dessa idealização não se reconhece mais o humano no outro. Se vê apenas a imagem criada e passa-se a habitar nessa realidade”, explica o pesquisador.

Isso faz mal para a saúde mental da vítima

Nas mídias sociais, por exemplo, quando alguém tem uma opinião diferente daquela de costume, muitas vezes, ela é conhecida como “hater” e, por conta disso, ela é bloqueada. Essa obstrução, embora seja um ato leve, é uma violência. Todavia, como o senso comum justifica essa ação? Por meio do rótulo.

Para Petry, qualquer atitude cruel se torna possível a partir de uma concepção estabelecida, porque de certo modo, aparentemente o sujeito deixa de ser uma pessoa. “Ele torna-se um hater, alguém tóxico e bloqueá-lo parece o certo. Logo, se reduz um ser humano a um conceito. Isso parece algo ingênuo, mas é um processo cuja escala não tem limites”, expõe.

Nesse sentido, os “opressores” anulam a sensibilidade e não se sentem mal pelas suas ações. Muitas vezes isso acontece como uma maneira de inconsciência coletiva, mas poderá ocasionar muitos prejuízos financeiros e psicológicos a quem sofre. “Por isso, uma dica importante é: tenha empatia para avaliar a situação. Todos erram, mas se for haver alguma crítica, seja construtiva e educativa, não para odiar ou destruir”, finaliza o jornalista.

O comportamento on-line

De acordo com a pesquisa da Cognizant, as pessoas nascidas no século passado tendem a se preocupar mais sobre como informações coletadas on-line podem ser usadas contra elas. Assim, 45% dos millennials e 46% da Geração X têm essa preocupação, frente a 37% da Z. Então, apesar de serem os mais conectados, esses jovens são os menos otimistas a respeito do impacto da Internet na sociedade: um em cada três acredita em influência mais negativa.

Para o presidente da Cognizant no Brasil, João Lúcio de Azevedo Filho, isso acontece “porque eles já presenciaram e, muitas vezes, até foram vítimas de cyberbullying ou de fake news na web”. Ainda mais com a cultura do cancelamento, esses grupos sentem ainda mais medo.

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