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O que fazer quando o ambiente de trabalho é nocivo e faz mal? 

Notícia | 17/12/2020

Gabriela Vasconcelos

O ditado popular “uma maçã podre pode estragar as demais em uma cesta” é conhecido em quase todos os países e continentes. A analogia também vale quando os seres humanos interagem em um mesmo grupo. Se um deles está feliz, a chance dos outros tornarem-se mais contentes aumenta consideravelmente. Porém, o contrário também é verdadeiro.

Segundo estudo da Harvard Business School, realizado com mais de 60 mil funcionários de corporações de todos os tamanhos e setores distintos, o ambiente ruim de trabalho desanima as equipes e afetam os resultados. Por isso, gestores devem se atentar para esse tema.

Características

Inúmeras situações indicam um meio danoso à saúde mental e física. Alguns deles são a falta de respeito entre colegas, a pressão ininterrupta por batimento de metas, o clima de tensão, gestores estimulando concorrência desleal, utilizando ironias e com o hábito de fazer críticas destrutivas.

“Com o passar do tempo, os comportamentos nocivos passam a fazer parte da cultura da empresa. Isso afeta diretamente as pessoas, a atmosfera organizacional e também os resultados. Só de observar a forma como os indivíduos se relacionam umas com as outras e o jeito como tratam seus liderados, colegas, clientes e fornecedores dá para ter uma ideia do grau de toxicidade de uma companhia”, relata a consultora e professora de cursos de pós-graduação Luciane Botto. Ela também é autora do livro Liderança Integral.

Íntimo, mas impessoal

Comumente encontrado, o espaço corporativo prejudicial costuma ter origem em gerentes e naqueles funcionários considerados super estrelas. São os empregados muito talentosos e produtivos no curto prazo, mas egocêntricos e sem consideração pelos outros.

Quem viveu nesse tipo de local por algum tempo sentiu os reflexos negativos dessa cultura organizacional. “A competitividade era absurda, precisava provar a todo momento ser boa o suficiente para estar naquela corporação e viver para o trabalho. O desgaste chegou ao ponto de 15% do meu salário ser usado só com remédios”, conta a executiva Márcia Souza – nome fictício, para garantia de sigilo. Ela atuou por sete anos em uma companhia de bens de consumo. 

Hoje ela atua em outra instituição do ramo de pesquisa e inovação, tem mais qualidade de vida e nota uma enorme diferença. “O clima interno é muito bom, as pessoas sentem-se melhor e querem ficar aqui”, completa.

Ficar ou sair?

De acordo com o psicólogo, mestre em Educação e professor do Unicuritiba, Dori Luiz Tibre Santos, a maioria dos indivíduos não percebe suas ações e o jeito como trata os demais. “Quem se sente prejudicado deve falar com o agressor, explicar seu ponto de vista e pedir mudança de comportamento. Também é importante relatar ao superior”, observa.

Se o coordenador não tomar atitudes, vale falar com os diretores da organização e, se for o caso, pedir afastamento. “Afinal, a maioria trabalha pela necessidade econômica e deixar uma organização não costuma ser uma escolha simples”, diz. Santos também recomenda buscar apoio psicoterápico.

Segundo o advogado especialista em Direito e Processo do Trabalho, Arno Bach Filho, as companhias devem ficar atentas, pois pela Constituição Brasileira, é um direito dos trabalhadores terem um ambiente seguro e de bom convívio.

“As empresas devem ter códigos de condutas e meios de comunicação para denúncias com garantia de sigilo. Se não tiverem isso e não averiguarem os fatos, correm o risco de perder o funcionário e terem de arcar com indenizações por danos moral e material. Em casos extremos - nos quais a pessoa desenvolva síndromes as quais a tornem inapta ao trabalho - podem ser condenadas a pagar pensão vitalícia”, explica.

Gente feliz produz mais

A boa notícia é: cada vez mais as pessoas se dão conta das saídas para essas situações. “Temos um ambiente saudável, colaborativo e inclusivo. Em uma das reuniões, a sugestão do estagiário era melhor em relação a do presidente, foi aceita e implementada naturalmente. O jovem ficou tão feliz, trouxe ainda mais ideias nas outras reuniões e todos ganharam juntos”, conta Rodrigo Alves, CEO da Fil Group Logística.

Não à toa, a instituição mantém crescimento durante toda pandemia, está em expansão e vai contratar mais três funcionários para as áreas de operações, vendas e financeiro. “Muitos colaboradores se dizem encantados com nossa filosofia e maneira de atuar. Alguns nem acreditam na atenção e cuidados recebidos”, completa a gestora de Cultura e Pessoas da companhia, Sandra Maurer.

Outro exemplo o qual demonstra ser possível cuidar do time e alcançar bons resultados acontece na Tintas Vergínia. Com 265 funcionários nas lojas de Curitiba, Região Metropolitana e Ponta Grossa, a corporação ouve constantemente as sugestões internas. As equipes compartilham ideias, geram boas soluções, ganham autonomia e ficam mais motivadas.

“Até pouco tempo, a entrega e descarga de material na loja era manual. Um funcionário sugeriu instalar uma rampa no caminhão. Com essa ideia simples, mas muito importante, economizamos tempo. Noutra ocasião, um colaborador recomendou terceirizar os serviços de motoboy e tivemos ganhos financeiros”, relata o gerente de Estratégia e Projetos, Eduardo Bathke.

Assim, vale lembrar: empresas são feitas de gente. As pessoas fazem a mudança acontecer. “Ambientes saudáveis têm mais chances de atrair, reter os melhores talentos e alcançar a alta performance. Além disso, cada vez mais a imagem e a reputação de uma companhia estarão ligadas ao modo como a equipe se trata. Essa humanização da gestão eleva o nível de engajamento, inovação e ajuda a preparar o ambiente para o futuro”, finaliza a consultora Luciane Botto.

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