Muitas empresas já tinham o home office como prática. Contudo, a necessidade de colocar todo o time para atuar a distância pegou algumas de surpresa. Assim, um dos principais desafios é a manutenção dos costumes e clima da corporação em meio à situação delicada da pandemia.
Presencialmente, é mais fácil acompanhar a produtividade do time e perceber se alguém precisa de motivação. Na visão de Marcos Guglielmi, coach empresarial, tudo isso fica muito mais difícil quando está cada um em sua casa. “O trabalho remoto, apesar de ser uma recomendação para esse momento, precisa de confiança e comprometimento mútuos entre gestores e colaboradores para dar certo, sem perdas ou atrasos significantes. Para isso, um elemento fundamental é a cultura organizacional”, explica.
O autoconhecimento corporativo transforma a maneira de enfrentar a concorrência e analisar os momentos adequados para fazer mudanças necessárias. “Essa rotina contribui para fortalecer a missão, visão e os valores dessa instituição”, avalia Luiza Ferraz, consultora de RH em Brasília (DF).
Ações conjuntas
A maneira de pensar e agir de todos os envolvidos em um negócio precisa ser unificada. “Isso diz respeito à postura de toda o staff, do CEO ao estagiário, e pode ter tanto premissas positivas, como o respeito à diversidade, quanto negativas, como não reconhecer os esforços da equipe. Tudo isso faz parte”, afirma Gugliemi.
Portanto, toda companhia precisa assumir o seu perfil. Afinal, com o dia a dia, isso acontecerá naturalmente. Porém, quando já existe uma ideia a ser passada, fica mais fácil identificar quem se adequa a essa linha de pensamento e quem não, gerando mais assertividade nos processos internos. “Se, por exemplo, uma organização tem o hábito de amparar a comunidade onde está localizada, todos os funcionários precisam estar cientes de suas responsabilidades”, continua o especialista.
Mantendo a cultura à distância
Para Gugliemi, nos momentos de adversidades, a cultura deve ser ainda mais praticada, encabeçada pelos líderes. Nesses períodos, também é possível identificar quem de fato “veste a camisa” e não mede esforços para ver a corporação prosperar. Assim, ele deixa algumas dicas:
Reuniões on-line: podem ser um pouco impessoais, mas, se bem feitas, são extremamente produtivas. No ambiente virtual, as pessoas tendem a ir direto ao ponto da discussão. Se o empresário aliar o encontro on-line com uma forma estruturada de fazer uma reunião, o resultado positivo é certo. Assim, precisa haver um mediador, um tempo pré-definido, uma agenda e pauta previamente divulgada, definição de próximos passos com prazos e responsáveis, e uma ata, a qual deve ser enviada a todos, inclusive a quem não compareceu ao encontro.
Garantir a todos os recursos necessários para trabalhar remotamente: e, se possível, manter conversas individuais. Pode ser por videoconferência, mensagem de texto, e-mail... Só tome cuidado para não parecer um fiscal, quando a ideia é justamente passar a mensagem: "estou aqui se precisar".
Foco nos resultados: ou seja, não importa onde você está, se presente ou remoto, mas o trabalho necessita ser feito. Sendo assim, o CEO deve liderar com base em KPIs (indicadores chave de performance), os quais carecem de ser claramente definidos e comunicados a cada um.
Com essas atitudes, é possível manter a cultura organizacional intacta mesmo durante o período de home office forçado. Fique sempre atento ao nosso blog, pois estamos produzindo diversos conteúdos sobre este tema. Conte com o Nube e boa sorte!