Na atualidade, muito tem se falado do sonho de ser dono de uma companhia e ser seu próprio chefe. Já nas faculdades, onde os alunos ingressam cada vez mais cedo, a disciplina já faz parte de muitos cursos da graduação. Entretanto, isso não garante o cenário de empreendedores de sucesso como repleto de quem começou os projetos cedo na vida.
Sucesso depois dos 20 anos
Segundo o professor e especialista em descomplicar a inovação, Marcelo Pimenta, essas afirmações são crenças errôneas, cristalizadas ao longo do tempo. “Há inúmeros cases de sucesso de negócios criados por pessoas de idade mais avançada. John Pemberton, por exemplo, inventou a Coca-cola aos 55 anos. Henri Nestlé criou a conhecida farinha láctea aos 52. A KFC, famosa rede de restaurantes de fast-food estadunidense foi criada por Harland Sanders quando tinha 62 anos. Logo, não há limitação etária para se começar um novo projeto”, argumenta.
Segundo Pimenta, a característica essencial do empreendedor é acreditar em si mesmo, se preparar, corrigir, aprender e continuar, mesmo sem experiências anteriores. Ele enfatiza especialmente o momento atual, pois há espaço para novos modelos de negócios, principalmente com o advento das tecnologias e as maneiras inéditas de criar instituições estão em ascensão. “Nunca é tarde para começar. Os recursos digitais e o estilo baseado nas startups nos mostram como é possível realizar um plano, de uma loja a uma horta comunitária”, explica.
Um mercado para os maduros
As pesquisas focadas em entender a longevidade e o inevitável envelhecimento populacional apontam algo nunca antes visto: uma média etária tão elevada e uma grande participação ativa dos experientes em relação ao total das populações. “As pessoas vivem mais e têm menos filhos. Isso ocorre em todos os países. No mundo do marketing, as simbologias priorizadas sempre foram relacionadas ao mito colorido da juventude: abrem-se muitas oportunidades para as corporações com a habilidade de se comunicar com esse público. Hoje, há nichos abrindo espaço para atuação dos maduros”, explica Alexander Correa Lima, professor da FGV e pesquisador.
Alexandre se prepara para publicação do seu segundo livro, esse com foco na Revolução Prateada, explicando o envelhecimento da população mundial e o aumento da expectativa de vida como consequência da busca por bem-estar. “Não se trata ter mais anos no planeta, mas, sobretudo de dar mais vitalidade à toda a sua experiência! Os indivíduos com maior maturidade têm buscado faculdades, casar, viajar e empreender. Esse é o cenário atual”, explica.
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Planos novos, mas longos
Fernanda Barros estuda medicina veterinária e sonha com o próprio consultório para realizar o atendimento de animais de pequeno porte, como cachorros e gatos. Entretanto, para ela, chegar lá vai demorar, porque sua intenção é, antes de perseguir esse sonho, adquirir estabilidade financeira. “Esse é um escopo de longo prazo, coisa para sair do papel daqui pelo menos uns 10, 15 anos. Vou focar em construir carreira por enquanto”, compartilha.
Portanto, os desafios serão ter paciência e perseverança para lidar com as adversidades de qualquer empreitada. Quer ver dicas? Então leia aqui. Conte sempre com o Nube!