Seja aos 18 ou aos 40 anos, quem nunca se questionou sobre sua vida: estou feliz no trabalho? Me relaciono com a pessoa certa? Quero ter filhos? Ao longo de milhares, talvez milhões de anos, a espécie humana adquiriu a capacidade de refletir sobre si e o ambiente ao seu redor, buscando respostas o tempo todo.
Segundo Alexandre Pedro, psicanalista pela Sociedade Internacional de Psicanálise de São Paulo e Master Practitioner de PNL filiado ao NLP Academy, de modo geral, os questionamentos encontram respostas tranquilizantes e o homem segue sua trajetória relativamente feliz consigo mesmo. “Porém, em algumas situações, as respostas não aparecem tão facilmente, exigindo uma avaliação mais profunda para decidir qual direção tomar. Muitas vezes, a escolha é dolorida”.
Crise existencial
Para o especialista, uma crise existencial não é considerada propriamente uma doença. Envolve uma situação-limite sobre algum aspecto essencial de sua existência. Difere claramente de uma crise situacional, como um divórcio, por exemplo, ou uma dor inerente às diversas etapas da vida (adolescência ou meia-idade).
As adversidades ocorrem de modo quase sempre imprevisível. Logo, a forma de lidar com isso dependerá, em boa parte, da resiliência, da capacidade de encarar mudanças e de tomar decisões. “Se o indivíduo já tem algum bloqueio emocional, transtorno de ansiedade ou dificuldade para sair da zona de conforto e se adaptar ao novo, ele precisará de ajuda profissional para evoluir e enfrentar os desafios”, enfatiza.
Modo de pensar
Adriana Lage é terapeuta licenciada para aplicação da Terapia de Transformação Rápida (RTT) no Brasil. De acordo com ela, tudo começa com um pensamento. “Se você vislumbrar um macaco cor de rosa sentado ao seu lado, ele poderá estar lá. Então, real é aquilo visto, tocado, provado e sentido. Seja bem claro com sua mente porque ela é altamente sugestionável”, sugere. Por isso, ela indica observar seu estado emocional com regularidade. “Conhecer-se e reconhecer quando a ansiedade começa a surgir é passo vital para evitar combates maiores pela mente”, finaliza.
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