Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, as mulheres têm mais frequência no ensino médio e maior proporção de formadas no nível superior. Contudo, a realidade se transforma no mercado de trabalho: elas ocupam apenas 37,8% dos cargos gerenciais nas empresas, enquanto os homens correspondem à 62,2%. Assim, evidencia-se em mais um aspecto a desigualdade de gênero do país. Como seria viver uma realidade diferente?
Na Aldeia Verde, localizada próximo ao município de Ladainha, no Vale do Mucuri (MG), as coisas são diferentes. O povo indígena Tikm’n ou Maxakali apresenta papeis fortes e poderosos para o sexo feminino. Elas são responsáveis, por exemplo, pela extração da casca da embaúba, além de separarem a fibra, produzirem a linha e objetos derivados. A importância desta atividade traduz-se nos rituais intermediários, os quais envolvem mediação e interação com espíritos, na crença da tribo.
“Algumas mulheres adquirem maior inteligência corporal, intelectual e espiritual. Elas dominam cantos, histórias, manipulação de substâncias e produção de artefatos e são capazes de intervir mais nos processos xamânicos e de cura”, explica a antropóloga Claudia Magnani, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No mundo empresarial, muitas vezes as profissionais ainda enfrentam o preconceito. Para Jhennifer Cardoso, estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as companhias precisam não apenas se atualizar, mas estar à frente nas transformações e inclusão de gênero. “Não basta contratar pessoas do sexo feminino. É preciso incentivá-las e garantir um ambiente livre de opressões e assédio, auxiliando o crescimento corporativo e pessoal delas”, opina a jovem.
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