O preconceito está entre os temas mais abordados ultimamente pela população. Seja na escola, rua ou web, o cuidado deve ser sempre redobrado para não julgar ou ofender os demais. No entanto, mesmo com tanta discussão, o ato ainda atinge milhões de pessoas, inclusive, no mercado de trabalho. Saiba mais!
De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Santo Caos, duas em cada três pessoas com deficiência (PcD) no Brasil sofrem discriminação no mundo corporativo. “Boa parte das empresas ainda enxerga esses indivíduos como incapazes de agregar valor às suas equipes, e, mesmo obrigados a cumprir a cota, recusam-se ou dizem não conseguir fazê-lo pela falta de profissionais capacitados”, explica Guilherme Françolin, sócio-diretor do Santo Caos.
Segundo o levantamento, 44,7% das PcDs realizam atividades ocupacionais, contudo, dessas, apenas 1,8% têm registro no Ministério do Trabalho. Num primeiro momento, 92% dos gestores se dizem prontos para gerenciar um funcionário com restrições, mas apenas 32% afirmam não ter problemas para lidar com suas limitações.
Para as PcDs, apenas um em cada três colegas está preparado para lidar com elas. Dentre as principais dificuldades de convivência estão: falta de acessibilidade; o relacionamento e a pouca compreensão com suas necessidades. “Para mudar o cenário de falta de integração, as organizações devem primeiro trabalhar sua cultura e marca empregadora, adequando seus costumes internos e o comportamento de suas equipes”, orienta Françolin.
Para Silvia Oliveira, coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Administração, do Unilasalle/RJ, “as corporações tradicionais precisam rever sua forma de atuação, para se adequar às transformações da sociedade e a uma maior responsabilidade social”.
Vale lembrar: todos têm espaço no ambiente corporativo. Basta cada um saber onde termina seu limite e, então, começa o do outro!
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