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Por que os jovens não querem ser líderes? 

Notícia | 20/03/2024

Rodrigo Barreto

O cenário empresarial está em constante transformação, com algumas mudanças previstas e outras inesperadas, como as causadas pela pandemia recentemente. Conceitos como "quiet quitting" (fazer apenas o mínimo) e "lazy girl job" (cargos flexíveis com bons salários) evidenciaram alterações marcantes nas perspectivas dos jovens em relação à carreira. Agora, a nova tendência é o "quiet ambition".

 

Infográfico de dados com os principais motivos para os jovens não quererem cargos de liderança

 

O que é quiet ambition?

 

É uma mudança de foco ou reconsideração das metas, especialmente entre a Geração Z (nascidos após 2001). Em vez de perseguirem incessantemente avanços na hierarquia ou promoções com aumentos salariais, os mais novos optam por evitar cargos gerenciais ou posições de liderança. Fora dos holofotes e da agitação, essas pessoas buscam seus objetivos de maneira resiliente, fundamentados na reflexão e na influência sutil.

Susan Cain, em "Silêncio: O Poder dos Quietos Num Mundo que Não Consegue Parar de Falar", questiona a cultura da extroversão, pois o sucesso pode ser alcançado de forma serena e ponderada. Junto a isso, está a busca pelo equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Indivíduos com essa inclinação priorizam o bem-estar e a saúde mental, muitas vezes declinando ofertas de status em favor da qualidade de vida.

Segundo o professor de Gestão de Pessoas na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - Fecap, Marcelo Treff, a Geração Z está reavaliando os paradigmas de trabalho e aguardando transformações culturais nas organizações. "Para muitos, os cargos executivos e de destaque ainda são considerados o auge, pois historicamente foram bastante almejados. Contudo, atualmente, as expectativas são bastante diversas", comenta.

De acordo com estudo realizado pela Visier, nos Estados Unidos, apenas 38% dos entrevistados demonstraram vontade de se tornarem comandantes em suas empresas atuais. A disparidade entre os gêneros é ainda mais evidente, com apenas 32% das mulheres expressando esse desejo. Entre os homens, esse número sobe para 44%. Sobre os obstáculos mencionados, destacam-se o aumento do estresse e da pressão (40%), o acréscimo da carga horária (39%) e a satisfação com o posto atual (37%). Por outro lado, a ambição não desapareceu, mas sim mudou de direção: prioridades como passar tempo com a família e amigos (67%), manter a saúde física e mental (64%) e viajar (58%) estão em destaque.

Conforme apontado pela Forbes, os três principais objetivos dos jovens são: desfrutar de momentos com a família e amigos (67%); manter um estado de saúde física e mental (64%); e explorar o mundo por meio de viagens (58%). Apenas 9% consideram prioritário liderar uma equipe e 4% querem integrar a alta cúpula de uma companhia. "Além dessas metas primordiais, é possível incluir a flexibilidade no horário, estabilidade financeira e reconhecimento pelo desempenho", complementa Treff.

 

Como solucionar o quiet ambition?

 

Essa realidade levanta questões sobre a possível escassez de gestores no futuro. Com a relutância em assumir responsabilidades gerenciais, as organizações enfrentam um desafio crítico em termos de sucessão. A solução envolve repensar estratégias, abrir o diálogo, evitar sobrecargas, oferecer remuneração atrativa e oportunidades de desenvolvimento contínuo.

Diante dessa realidade, surge a chance de aprofundar a compreensão e redefinir o significado de produtividade e influência no ambiente laboral. De acordo com o especialista, é desafiador definir um padrão para líderes, pois isso varia com base em diversos fatores, como o setor, tamanho do negócio e, especialmente, sua cultura organizacional. 

Entretanto, é cada vez mais crucial considerar a complexidade do mundo empresarial e concentrar em aspectos como habilidades interpessoais, competências cognitivas e a saúde mental. "Nem todos possuem o potencial para essa posição, pois isso depende do perfil de cada um. Além disso, como demonstra o quiet ambition, alguns não têm esse desejo", conclui o educador.

 

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